Capítulo Quarenta. 🌹

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Thomas estava na Capital. De volta após um ano longe. Tinha voltado brevemente, seu pai precisava entregar alguns tecidos que foram encomendados para um dos nobres dali e ele, que já planejava voltar para fazer uma visita ao Mark e procurar exemplares de livros para sua loja, se propôs a ir.

O nobre morava bem no centro e Thomas – após realizar a entrega – pôde dar uma boa olhada na loja de livros que visitara nos dias que vivia no Castelo. Encontrou alguns livros interessantes e os comprou, apenas o suficiente para conseguir carregar sobre Snow, já que não havia levado carroça, pois não trouxera um carregamento grande de tecidos que fosse necessário o utilizo de uma.

Caminhou pelas ruas da Capital, com Snow ao seu lado, reconhecendo algumas pessoas de vista, outras o cumprimentando cordialmente, quando sentiu uma mão firme e pesada sobre um de seus ombros.

Virou-se tenso, quem diabos seria? Mas seu semblante tornou-se uma expressão de surpresa assim que viu quem o segurava: Hames.

– Não acredito! – Thomas exclamou. Claro que encontrar com Hames na Capital não era improvável de se acontecer, ele até queria encontrá-lo e havia decidido que mandaria uma mensagem para o soldado quando estivesse na casa do Mark.

– O que faz aqui? – Hames perguntou, também surpreso, e logo o puxou para um abraço demorado.

– Tinha negócios para resolver. – Thomas respondeu, não conseguia parar de sorrir, desde que Hames o acompanhou para casa, Thomas não o viu mais. – Estava indo para o Castelo?

– Vindo de lá, na verdade. – Hames contou. – Rose me mandou trazer um presente para uma mulher aqui no centro, ela trabalha na feira e se conheceram tem alguns meses. A senhora vive a convidando para jantar, querendo apresentar um de seus filhos como um pretendente.

Hames riu.

– Rose nega todas as vezes. – continuou o soldado. – A mulher sempre a manda frutas frescas e uma carta, trata Rose como fosse uma neta ou algo do tipo. A Rainha quis agradecer com um presente dessa vez. – Sacudiu em sua mão um embrulho bonito e elegante, provavelmente haveria algo de grande valor dentro dele.

– Quer almoçar comigo? – Thomas propôs esperançoso. – Para colocarmos as novidades em dia, você é vago demais em suas cartas.

Hames deu de ombros.

– Não gosto muito de escrever.

– E também não gosta de fazer visitas, aparentemente. – Thomas retrucou, Hames não havia o visitado nem uma vez.

– Eu não prometi que o visitaria. – Hames se defendeu, realmente não havia prometido. – Não tenho muito tempo para um almoço, mas podemos tomar uma bebida rápida. Mas você quem vai pagar.

– Vamos. – disse Thomas rindo.

Seguiram para um bar não muito longe, o mesmo que Thomas havia ido assim que chegara na cidade da primeira vez, quando ouviu homens conversarem sobre o Cavaleiro Mascarado. Pediram duas cervejas e sentaram-se em uma das mesas, o bar estava praticamente vazio. Thomas retirou a espada do cinto e a colocou em uma das cadeiras vagas. Era um incomodo ter que levá-la para todo lugar consigo.

Hames sentou na cadeira à sua frente.

– Quando chegou? – Hames perguntou.

– Há um pouco mais de uma hora, eu diria.

– Veio visitar seu irmão?

– Também, ele me deu um endereço, passarei lá mais tarde. Precisava realizar a entrega primeiro.

– Mark não está na Capital. – Hames informou, fazendo com que Thomas o encarasse confuso. – Foi mandado para a fronteira Oeste há duas semanas. Não sabia?

A Rainha de Ennord: O Confronto dos Grandes ReisOnde histórias criam vida. Descubra agora