Capítulo Trinta e Sete.🌹

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Rose caminhou até a adega do Castelo, não se lembrava da última vez que estivera ali. Normalmente, quando queria alguma bebida, tudo o que precisava fazer era pedir e receberia sem demora, ela nunca ia buscar pessoalmente. Contudo, naquele momento, queria buscar. Queria ficar só, longe dos olhares dos empregados ou dos soldados. Algumas pessoas ainda a encaravam como se ela fosse quebrar. Sem entender que não se podia quebrar algo já muitas vezes partido. Sem perceber que ela estava quebrada.

Odiava saber que eles sentiam pena dela.

Tudo o que precisava agora era beber. Não costumava beber, apenas em datas específicas. Não bebia quando estava triste ou com raiva, especialmente quando estava as duas coisas. Não queria se acostumar a usar o álcool para ajudar a esquecer ou a lidar com determinada situação, então sempre se manteve sóbria.

Porém, naquele momento, tudo o que queria era fazer com que o álcool a levasse para um lugar em que ela não poderia ir fisicamente. Um lugar fora de sua cabeça, de seu corpo.

A adega era em um nível abaixo do Castelo e por isso estava escura, úmida e silenciosa. Não havia muitas bebidas sobrando como antes, o banquete consumira a maior parte delas, mas as prateleiras ainda permaneciam ocupadas. Barris estavam dispostos no chão, cheios com todos os tipos de bebidas existentes.

Rose caminhou para a prateleira mais isolada. Ali ficavam as bebidas mais antigas. Levou sua mão para as garrafas de vidro empoeiradas, escolhendo uma de uísque que lhe fora dado assim que se tornara a Rainha, por Edward – que disse que ela deveria bebe-la quando estivesse mais velha. Como era um presente exclusivo dela, mesmo que muitas das bebidas desaparecessem misteriosamente dali, essa não seria. Ninguém arriscaria levá-la e ter que explicar o sumiço para Rose posteriormente.

Pegou a bebida e saiu. Subiu as escadas, pegou um archote no caminho, seguiu pelos corredores que estavam ficando mais vazios à medida que a noite caía e saiu do Castelo. Caminhou pelos jardins, até chegar sob a árvore de cerejeira. Enfiou o archote no chão, iluminando minimamente o local e sentou-se.

Levou um tempo para conseguir abrir a garrafa, não tinha muita prática com isso. Levou o gargalo para seus lábios e deu um longo gole. Sentiu a bebida arder em sua garganta, descendo como fogo líquido. Era um uísque bem forte.

Deu um segundo gole e um terceiro. Em silêncio, olhando para a lapide de seu irmão. A noite ficou mais escura, ninguém a viu ali. Aquela parte dos jardins normalmente já era vazia, em relação às outras, e isso era uma boa coisa. Ninguém a incomodaria.

Quando chegou na metade da garrafa, já sentia os efeitos do álcool em seu corpo. Suas bochechas ardiam, sentia seu corpo mais leve e sua cabeça mais pesada, mas ainda estava sóbria demais. Bebeu mais.

– Os deuses não o ouviram, não é? – perguntou para a lápide, dando mais um longo gole. As palavras saíam aos tropeços de sua boca. – Eles nunca ouvem. Se ouvissem, você ainda estaria aqui... Por isso escolho não acreditar neles. Porque se eles existem, e permitem tanto sofrimento, então são apenas uns sádicos de merda. E por que alguém os seguiria? Por que os adorariam? Por mim, os deuses podem ir se ferrar! – gritou essa última parte na direção do céu, para garantir que eles, se fossem reais, a ouviriam.

O vento frio ameaçava apagar a chama do archote, mas Rose não se importou. O álcool em seu sangue a mantinha aquecida.

– Teria sido melhor se eu fosse a pessoa a morrer naquele dia. Tudo seria melhor.

Aos poucos, as luzes de dentro do Castelo começaram a se apagar, à medida que todos iam para seus aposentos buscando o merecido descanso. Tudo ficou silencioso, quieto e escuro. A única luz que havia era a do archote e da lua, que não iluminava o suficiente, pois densas nuvens de chuva a cobriam.

Algumas memórias voltaram em sua mente, a bebida parecia ajudar a lembrar de certas coisas que havia esquecido. As duas envolviam o Daehan. E nas duas sua mãe estava presente.

A primeira Rose devia estar perto dos cinco anos de idade. Estava sendo colocada na cama por sua mãe, cuja a enorme barriga de grávida restringia seus movimentos e a deixava mais lenta. A rainha estava radiante, no entanto. Mais radiante do que já era.

– Qual vai ser o nome dele, mamãe? – a pequena Rose perguntou, enquanto sua mãe arrumava o cobertor sobre ela.

– Estava esperando que você escolhesse. – Anna respondeu.

– Jura? – Rose exclamou surpresa.

– Sim, você sempre tem as melhores ideias. – Sua mãe aproximou-se e deu-lhe um beijo na testa. – Boa noite, meu amor.

– Boa noite, mamãe. – Rose respondeu. – Eu vou escolher um bom nome para o meu irmãozinho. – disse determinada.

Sua mãe sorriu, erguendo as sobrancelhas.

– Pode ser uma menina.

Rose negou com a cabeça.

– É um menino. – disse com tanta certeza que sua mãe não duvidou.

A segunda memória era de alguns anos mais tarde. Talvez uns dois, Rose não tinha certeza. Daehan já havia nascido, claro, mas ainda era pequenino demais.

Nessa memória, Rose havia fugido por um instante de sua aula de política que já durava horas e saído para o Pátio onde sua mãe passeava com Daehan nos braços. A rainha parecia um pouco cansada, talvez sua doença já tivesse aparecido nessa época, mas ainda tinha forças para brincar com seu filho ao ar livre.

Quando a viu, sua mãe não a repreendeu, ela nunca repreendia quando isso acontecia. Rose, então, começou a brincar com Daehan – que já sabia dar seus primeiros passos. Ela corria em volta dele, que ria alegre, enquanto sua mãe os observava feliz.

A felicidade, no entanto, não durou muito.

– O que está fazendo? – uma voz severa ecoou, fazendo com que cessasse toda a brincadeira em um segundo.

Rei Lucius se aproximou a passos firmes, com seu rosto sério e uma expressão mais severa que sua voz, a única expressão que ele parecia possuir.

– O que está fazendo aqui, Rose? – perguntou novamente. Rose não respondeu.

– Ela estava apenas passando... – Sua mãe interveio. Ela sempre tentava intervir.

– Por que não está em sua aula?

– Desculpe, Majestade. – Rose respondeu, de cabeça baixa. Sempre tinha que chamá-lo assim.

– Volte para lá agora mesmo. – ele ordenou. Virou-se para sua esposa e a deu um olhar furioso. – Por que a deixou ficar aqui?

– Eles estavam se divertindo. – Sua mãe respondeu.

– Ela possui obrigações. – Lucius retorquiu.

– Ela é uma criança.

– Não, ela é uma princesa. – corrigiu. – E se tornará uma rainha. Precisa aprender a agir como o esperado de alguém como ela. – foi até Rose e a pegou pelo braço, a puxando com severidade em direção ao Castelo. – Aja de acordo com a sua posição, Rose. Pare de tentar fugir de suas obrigações. Você será uma rainha!

– Sim, Majestade. – era tudo o que ela poderia dizer no momento. A mão de seu pai em volta de seu braço causava dor.

Rose riu com desdém ao recordar essa lembrança, essa não fora a primeira vez que algo assim tinha acontecido.

Idiota, praguejou mentalmente seu pai. Da mesma forma que havia pensado, diversas vezes, quando era criança, mas que nunca teve a coragem de dizer em voz alta.

– Idiota! – disse alto. – Seu grande idiota! Odeio você! Odeio por ter me feito assim!  Por ter me tornado essa pessoa! Está morto há tanto tempo, por que ainda me atormenta? Quando eu vou me livrar de você?

Riu mais uma vez, gargalhou. Por que subitamente tinha ficado emotiva? Principalmente, por que ficar emotiva em relação ao seu pai? Ela o odiava, sempre o odiou. Ele fez questão disso. Garantiu que raiva fosse a única coisa que ela pudesse sentir por ele, e Rose também não faria esforço para mudar isso. Talvez se ele a tivesse tratado melhor, Rose não o odiasse tanto. Se ele a tratasse como sua filha, se demonstrasse o mínimo de cuidado e proteção para com ela... Se ao menos tivesse pedido desculpas alguma vez.

Mas não o fez. Nunca fez. Nem mesmo em seu leito de morte.

“Vejo você no inferno.” Rose havia dito, enquanto assistia seu pai fechar os olhos pela última vez. O sentimento não havia mudado. Ela ainda sentia a mesma raiva de onze anos atrás, quando ele morreu. A mesma raiva de quinze, ou de vinte anos atrás. A mesma raiva que sempre sentiu, desde que aprendeu o que era se sentir assim.

A primeira pessoa que despertou os piores sentimentos em Rose fora seu pai. E ele quis fazer isso. Se empenhou em fazer.

Rose não soube por quanto tempo permaneceu ali sentada, perdida em pensamentos e lembranças. Terminou a bebida, agora realmente estava bêbada, mas não tentou se levantar. Apenas continuou onde estava, encarando fixamente as palavras gravadas na lápide de seu irmão.

                                    ***
Hames desceu de seu cavalo. Era madrugada e ele havia acabado de chegar no Castelo. Tinha cavalgado o dia inteiro sem pausa desde que saíra da fazenda dos pais de Thomas e sentia suas pernas levemente doloridas por ter passado tanto tempo sobre o cavalo. Ao menos tinha chegado com mais rapidez do que o esperado.

Todos já pareciam estar dormindo aquela hora, o que era de se imaginar. Ele guiou o cavalo para os estábulos escuros, deixando o animal para ter seu descanso. Seguiu para o Castelo, e como era tarde, deixaria para se encontrar com a Rainha pela manhã, para informá-la que havia retornado e para contar como foi a viagem. Passou pelos jardins vazios, mas sua atenção foi capturada por uma luz fraca algumas dezenas de metros dali. Pensou que deveria ser algum soldado, mas resolveu verificar de toda forma. Precaução nunca era de mais.

A luz vinha de um archote, ele percebeu isso. Também percebeu que o local de onde estava vindo a claridade era bem de baixo da árvore de cerejeira. Confuso e curioso, seguiu. Ao se aproximar um pouco mais, viu alguém caído. Correu até lá, e descobriu com ainda mais surpresa que a pessoa que estava caída era a Rose.

Deitada sobre a grama. Bem acima do túmulo do Príncipe. Encolhida, abraçando a si mesma. Ao seu lado, havia uma garrafa de bebida que, julgando pela situação, Hames acreditou que ela havia a ingerido.

Era uma madrugada muito fria, o inverno estava chegando e Hames se preocupou com a Rose deitada ao ar livre daquele jeito. Ela poderia pegar um resfriado. Isso sem mencionar que a chuva ameaçava cair a qualquer momento.

– Majestade? – chamou-a. Rose não respondeu. Ele abaixou-se perto dela, tocou-a gentilmente a balançando na tentativa de acorda-la. – Majestade?
Rose resmungou em protesto. Abriu minimamente os olhos nevoados e o viu.

– Hames? – O cheiro forte do uísque chegou às narinas do soldado. – Está de volta.

– Estou. O que faz aqui, Majestade? – sua pergunta não teve resposta. Rose voltou a fechar os olhos. – Não pode ficar aqui assim, está frio. Ficará doente.

Ela não o ouvia.

Hames colocou seus braços em volta da Rose e a ergueu, a pele dela estava fria. Rose murmurou mais uma vez, continuando a dormir. Hames imaginou que ela deveria estar sonhando.

Carregando Rose nos braços, seguiu para dentro do Castelo. As únicas pessoas que encontrou acordadas eram soldados, e eles pareceram um pouco confusos com a cena, mas Hames apenas garantiu que estava tudo bem. Continuou seu caminho para a Área da Rainha, com apenas os seus passos ecoando pelos corredores e algum som que, vez ou outra, Rose emitia. Passou pela entrada, cumprimentando rapidamente os soldados e subiu as escadas para os aposentos dela, Bryn não estava na porta, seu turno acabara, mas sim outros dois soldados que igualmente faziam a proteção diária da Rainha e eles a abriram para que Hames passasse.

– Vou colocá-la em sua cama, Majestade. – Hames sussurrou ao passar pela porta do quarto dela.

– Sim... mãe... eu cuidarei dele... – Rose murmurou em resposta, mas não para Hames. – Não... pai... eu não sou fraca... Eu sei... Eu serei a rainha...

Ele a encarou com a testa franzida, agora tendo a certeza de que ela estava de fato sonhando. Sonhando com os pais e com outras coisas que murmurou, mas que Hames não compreendeu.

Deitou Rose cuidadosamente em sua cama. Retirou seus sapatos e a envolveu com um cobertor. Colocou mais lenha na lareira, para que o quarto ficasse mais aquecido e confortável, e saiu prontamente sem fazer barulho. A chuva começava a cair lá fora.

Aquele era mais um acontecimento inédito para Hames envolvendo a Rainha, e ele não sabia muito como reagir. Pensou que o mais sábio e sensato a se fazer seria não tocar no assunto, Rose provavelmente nem se lembraria do que aconteceu. Contudo, quando ele se apresentou à ela no dia seguinte, fora Rose quem mencionou o ocorrido.

– Desculpe-me pelo transtorno dessa madrugada, Hames. – ela falou, quando ele acabara de contar tudo sobre a viagem com o Thomas. – Acreditei que ninguém me encontraria até os efeitos da bebida passar. Passei um pouco do limite, admito, era um uísque bem forte.

Hames riu.

– Sem problemas, Majestade. A trouxe para seus aposentos por temer por sua saúde, a madrugada estava muito fria. – ele se justificou.

– O plano não era adormecer lá, eu queria apenas espairecer um pouco. – ela confessou, um tanto desconfortável por ter sido encontrada naquele estado por um de seus guardas. – Mas obrigada por isso. Você sempre parece estar preocupado com a minha saúde. Acho que uma das melhores decisões que fiz foi escolher você como membro da minha guarda.

Hames sorriu largamente.

Depois que o soldado saiu, George apareceu e eles seguiram para a sala do Conselho, onde Normand e William os aguardavam para uma reunião.

– Acabaram de chegar dois corvos, Majestade. – George falou, quando todos sentaram-se à mesa. Ele entregou dois rolos de pergaminhos para Rose. – De Lowe e Seam.

Rose os pegou, os selos indicavam que eram dos Reis.

A primeira que abriu fora do Theodor, uma mensagem breve.

Cara Rose, soube de sua vitória no campo de batalha, e lhe parabenizo. Alguém tinha que matar Joseph em algum momento, e sabia que você conseguiria. Aceitarei de bom grado acomodar os exilados aqui em Seam, e pensarei em algo para manter suas mães ocupadas. Entretanto, receio que, infelizmente, não poderei designar meus homens para vigia-los, então terá que enviar os seus. Espero vê-la em breve. Minhas profundas condolências por seu irmão.

Abriu a de Edward logo em seguida.

Querida Rose, antes de tudo parabéns pela magnífica vitória na batalha, devo dizer que nunca duvidei que venceria. Oris definitivamente prosperará com você no comando.
Fico feliz em aceitar seu pedido de acolher os herdeiros de Joseph. Tenho trabalhos perfeitos para as antigas rainhas, e atualizarei você sempre que possível. Ficaria ainda mais feliz se você aceitasse o meu pedido de juntarmos nossos reinos e se tornar minha esposa e rainha, mas sei que não irá, então, mais uma vez, fico satisfeito em ser seu aliado como venho sendo há anos. Contudo, se algum dia mudar de ideia, sabe onde me encontrar.

Rose riu um pouco antes de continuar com a leitura.

Lamento por sua perda, seu irmão era um grande homem, e com certeza seria um grande rei.

Como ela já esperava, nenhum deles recusou seu pedido. Visitaria os reis em breve, ela tinha planos para Oris e precisaria tratar com eles pessoalmente. Porém, primeiramente, precisava voltar para o reino do Norte.

A carta que escrevera para Samuel, e que já tinha sido entregue ao Aron que naquele instante seguia para o Norte, dizia que ele deveria reunir os maiores produtores e fazendeiros de Oris para um encontro com a Rainha.

– Tudo correndo como o esperado. – ela anunciou para todos que esperavam informações sobre o que diziam as cartas. – Eles vão aceita-los. Providenciem a viagem deles o mais rápido possível, divida-os em grupos mande cada um para um dos reinos. Planejo voltar para Oris em algumas semanas, com Hal de volta às fronteiras e Samuel no Norte, você, George, ficará no comando em minha ausência.

George pareceu estar pensativo. Normand, aliviado.

– Não prefere que eu vá com você?

– De fato preferiria, mas alguém tem que ficar aqui para lidar com os nobres que diariamente vêm com novas ideias, problemas e propostas, e talvez o Normand não seja a melhor opção para tratar disso com eles. – ela explicou, percebendo Normand se remexer desconfortável em seu assento. – Os nobres gostam de você, George, então será melhor que permaneça em Ennord. Eu tenho que ir para Oris para me encontrar pessoalmente com os produtores. Eles precisam ver quem eu sou e que estou disposta a fazer o melhor para o reino em que vivem.

– O que você planeja tratar com eles? – William indagou curioso.

Ela havia pensado muito sobre o assunto.

– Farei uma proposta. De acordo com Vince, Joseph comprava tudo o que os fazendeiros produziam e exportava a seu próprio preço, o que talvez não fosse um problema tão grande se ele não estivesse lucrando a maior parte. Isso obviamente gerava o empobrecimento desses produtores e os desmotivava, uma vez que eles não viam retorno algum de seu trabalho árduo, mas pretendo fazer diferente. – explicou categoricamente. – Pretendo exportar uma parte para Lowe e Seam, comércio internacional é sempre uma boa opção, me encontrarei com Theodor e Edward eventualmente e lhes apresentarei a oferta. A outra parte ficará para alimentar a própria população de Oris, o que é o foco, evitando escassez, fome e possíveis revoltas. As maiores revoluções acontecem por necessidade, o que um povo faminto faria? É inadmissível um país cujo sua economia se dê exclusivamente à agricultura, permitir que sua população viva na fome. Pagaremos um preço justo pela produção de todos os alimentos, assim eles poderão lucrar o que for de seu direito e ao mesmo tempo contribuir para o enriquecimento do reino. Será igualmente vantajoso para todos.

– É uma excelente ideia. – disse George pouco impressionado, tinha certeza de que ela pensaria em algo inteligente e benefício. Ao invés de colocar em prática alguma das ideias dos nobres, ainda que muitas delas fossem, de fato, boas, ela usaria ao seu favor o que Oris já possuía, e o que sua população já era acostumada.

– Eu sei. – respondeu Rose com nenhuma modéstia, fazendo com que todos rissem. – Também desejo reabrir as estradas principais que ligam Ennord e Seam. As que originalmente eram, em parte, território de Oris. Estão terríveis há anos, é quase impossível viajar por elas de forma rápida e segura, temos que melhora-las, será muito mais prático para os negócios com elas em funcionamento. Antes era arriscado tentar por causa do Joseph, afinal, eu apenas ganhei metade das terras no duelo contra Farrow no torneio e ele poderia se aproveitar disso, tenho certeza de que se aproveitaria. Entretanto, como agora todas as terras são minhas, não há risco.

A Rainha de Ennord: O Confronto dos Grandes ReisOnde histórias criam vida. Descubra agora