Capítulo 5

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Viturino😈

Voltei pro quarto com o copo de água que ela pediu, mas quando abri a porta me deparei só com o vazio.

Malandra.

Tomei a água e segui pra fora do hospital indo até a Evoque que parei próximo daqui. Sem dúvida se ela mora no Vidigal algum contato meu conhece ela e eu vou atrás, a mina não mentiu o nome atoa e tem bagulho errado nisso aí.

Entrei no carro e fui pro apartamento onde meu coroa morava com minha irmã e a mãe dela. Meu pai não era da vida errada como eu e meu tio e por isso eu preferia que eles ficassem por aqui.

Iana é meiga, toda sentimental e caladinha na dela totalmente o oposto de mim. Eu e Iana somos irmãos somente por parte de pai, minha mãe sumiu quando eu tinha três meses e desde então meu pai se fechou muito pra esses bagulho de se envolver com alguém e era só eu e ele até eu entrar pro crime e ele ir pra pista. Foi nessa que ele conheceu a Jussara, ela parece ser firmeza e tá com ele até hoje.

Cheguei no pé do prédio cumprimentando o porteiro que logo me liberou. Passei pro elevador e cheguei no apartamento tocando a campainha.

— Vicenzo — Iana abriu o maior sorriso e grudou no meu corpo apertando o que pra ela seria forte.

— fala tu, pequena — entrei junto com ela e sentamos no sofá — como tu tá ? — passei a mão pelos cabelos dela arrumando.

— tô com muita fome — ri dessa esfomeada — minha mãe nem começou a cozinhar e o papai não chegou do serviço ainda.

— tô ligado, só duas horas ele chega — Jussara apareceu na sala com uma bermuda do meu pai e uma blusa dele também com um coque na cabeça — vai assustar quem ?

— o safado do teu pai — puxou um banquinho que tinha perto e sentou — não quero fazer comida, eu tô só o bagaço — choramingou e eu ri.

— relaxa, pô...vou fazer a boa hoje e pedir marmita pra vocês — o olho dela chegou a brilhar.

— e é por isso que tu é meu enteado preferido — disse enquanto vinha beijar minha bochecha.

— ou porque eu sou o único — olhei pra ela de esgueiro e ela me acertou um tapinha na nuca.

......

— fala tu, Viturino — olhei pro lado vendo meu tio com um cigarro de maconha na boca.

— fala aí, Terrorista, tá bem ? — desencostei o pé do muro e me aproximei dele.

— tô tranquilo, precisando levar um papo contigo.

— fala aí, pô.

— Tenente Marques tá na tua cola de novo, o dinheiro chegou na mão do cara mas ele não tá aliviando não.

— filho da puta — meu sangue já começou a esquentar quando ouvi o nome do velho.

Tenente Marques é um velho que não perde a oportunidade de me foder sempre que pode, mesmo pagando um valor salgado pro cara me deixar circular ele insisti em ficar no pé e não para por aí. Mês passado tivemos três invasões com quinze mortes e a maioria não foi envolvido no movimento, foi morador.

— aquele vendido que pega o dinheiro passou essa visão aí, o cara quer tua cabeça a qualquer custo, fica atento — soltou a fumaça pro outro lado e jogou o restinho da ponta no chão pisando em cima.

— tá tranquilo, deixa vir, pô — apertei sua mão e subi pra principal pra resolver o que faltava pro baile.

Fui subindo tranquilo até lá e quando tava chegando vi o PL encostado na moto segurando uma mulher de tava de costas pra mim.

— aê, patrão, brota aqui — olhei pra ele acenando e neguei com a cabeça.

— que porra é essa ? — firmei meus olhos na morena de cabelo cacheado.

Rebecca.

caô de novo, Rebecca ? — cruzei os braços parando do lado deles e a confusão cessou.

— desculpa, Viturino — abaixou um pouco o olhar envergonhada.

— adianta vir de vergonha agora não, pô. Qual foi do bagulho ? — encarei o Pablo.

— se catando na rua com a Débora por tua causa — apontei pra mim mesmo e ele assentiu.

— tu tem o que comigo, Débora ? — a Rebeca eu realmente já tinha pegado mas pra mim é tudo no sigilo ela explanou e acabou perdendo.

— ela é louca, Viturino, cheia de droga na mente falando merda aí, tava subindo o moro na moral e ela veio tirar satisfação de uma coisa que nunca aconteceu — Débora tava descabelada e outro menor tava segurando ela, cheia de vermelho no rosto e principalmente o formato de cinco dedos no rosto dela.

— PL — ele me olhou — leva a Rebecca pra salinha — ela me encarou desesperada.

— Viturino, por favor, não faz isso — se ajoelhou na minha frente juntando as mãos.

— levanta, porra — disse firme — tu já me viu brincar ? Voltar atrás com a minha palavra ? — ela negou — então levanta e vai sem fazer escândalo.

— visão, faz o que com ela ?

— passa a zero e pode filmar, vai ficar de exemplo — ele assentiu — não quero briga no morro, principalmente por causa de macho.

— Viturino, eu...

— Débora, me te o pé se não vai sobrar pra tu também.

A paz terrível que eu quero deve tá na casa do caralho porque ela nunca chega até mim.

Entre A Paz E O Perigo [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora