Viturino😈
Voltei pro quarto com o copo de água que ela pediu, mas quando abri a porta me deparei só com o vazio.
Malandra.
Tomei a água e segui pra fora do hospital indo até a Evoque que parei próximo daqui. Sem dúvida se ela mora no Vidigal algum contato meu conhece ela e eu vou atrás, a mina não mentiu o nome atoa e tem bagulho errado nisso aí.
Entrei no carro e fui pro apartamento onde meu coroa morava com minha irmã e a mãe dela. Meu pai não era da vida errada como eu e meu tio e por isso eu preferia que eles ficassem por aqui.
Iana é meiga, toda sentimental e caladinha na dela totalmente o oposto de mim. Eu e Iana somos irmãos somente por parte de pai, minha mãe sumiu quando eu tinha três meses e desde então meu pai se fechou muito pra esses bagulho de se envolver com alguém e era só eu e ele até eu entrar pro crime e ele ir pra pista. Foi nessa que ele conheceu a Jussara, ela parece ser firmeza e tá com ele até hoje.
Cheguei no pé do prédio cumprimentando o porteiro que logo me liberou. Passei pro elevador e cheguei no apartamento tocando a campainha.
— Vicenzo — Iana abriu o maior sorriso e grudou no meu corpo apertando o que pra ela seria forte.
— fala tu, pequena — entrei junto com ela e sentamos no sofá — como tu tá ? — passei a mão pelos cabelos dela arrumando.
— tô com muita fome — ri dessa esfomeada — minha mãe nem começou a cozinhar e o papai não chegou do serviço ainda.
— tô ligado, só duas horas ele chega — Jussara apareceu na sala com uma bermuda do meu pai e uma blusa dele também com um coque na cabeça — vai assustar quem ?
— o safado do teu pai — puxou um banquinho que tinha perto e sentou — não quero fazer comida, eu tô só o bagaço — choramingou e eu ri.
— relaxa, pô...vou fazer a boa hoje e pedir marmita pra vocês — o olho dela chegou a brilhar.
— e é por isso que tu é meu enteado preferido — disse enquanto vinha beijar minha bochecha.
— ou porque eu sou o único — olhei pra ela de esgueiro e ela me acertou um tapinha na nuca.
......
— fala tu, Viturino — olhei pro lado vendo meu tio com um cigarro de maconha na boca.
— fala aí, Terrorista, tá bem ? — desencostei o pé do muro e me aproximei dele.
— tô tranquilo, precisando levar um papo contigo.
— fala aí, pô.
— Tenente Marques tá na tua cola de novo, o dinheiro chegou na mão do cara mas ele não tá aliviando não.
— filho da puta — meu sangue já começou a esquentar quando ouvi o nome do velho.
Tenente Marques é um velho que não perde a oportunidade de me foder sempre que pode, mesmo pagando um valor salgado pro cara me deixar circular ele insisti em ficar no pé e não para por aí. Mês passado tivemos três invasões com quinze mortes e a maioria não foi envolvido no movimento, foi morador.
— aquele vendido que pega o dinheiro passou essa visão aí, o cara quer tua cabeça a qualquer custo, fica atento — soltou a fumaça pro outro lado e jogou o restinho da ponta no chão pisando em cima.
— tá tranquilo, deixa vir, pô — apertei sua mão e subi pra principal pra resolver o que faltava pro baile.
Fui subindo tranquilo até lá e quando tava chegando vi o PL encostado na moto segurando uma mulher de tava de costas pra mim.
— aê, patrão, brota aqui — olhei pra ele acenando e neguei com a cabeça.
— que porra é essa ? — firmei meus olhos na morena de cabelo cacheado.
Rebecca.
— caô de novo, Rebecca ? — cruzei os braços parando do lado deles e a confusão cessou.
— desculpa, Viturino — abaixou um pouco o olhar envergonhada.
— adianta vir de vergonha agora não, pô. Qual foi do bagulho ? — encarei o Pablo.
— se catando na rua com a Débora por tua causa — apontei pra mim mesmo e ele assentiu.
— tu tem o que comigo, Débora ? — a Rebeca eu realmente já tinha pegado mas pra mim é tudo no sigilo ela explanou e acabou perdendo.
— ela é louca, Viturino, cheia de droga na mente falando merda aí, tava subindo o moro na moral e ela veio tirar satisfação de uma coisa que nunca aconteceu — Débora tava descabelada e outro menor tava segurando ela, cheia de vermelho no rosto e principalmente o formato de cinco dedos no rosto dela.
— PL — ele me olhou — leva a Rebecca pra salinha — ela me encarou desesperada.
— Viturino, por favor, não faz isso — se ajoelhou na minha frente juntando as mãos.
— levanta, porra — disse firme — tu já me viu brincar ? Voltar atrás com a minha palavra ? — ela negou — então levanta e vai sem fazer escândalo.
— visão, faz o que com ela ?
— passa a zero e pode filmar, vai ficar de exemplo — ele assentiu — não quero briga no morro, principalmente por causa de macho.
— Viturino, eu...
— Débora, me te o pé se não vai sobrar pra tu também.
A paz terrível que eu quero deve tá na casa do caralho porque ela nunca chega até mim.
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Entre A Paz E O Perigo [M]
RomanceO que que aconteceu? Tudo mudou quando ela apareceu Tentei escapar, mas a paixão pegou Nossa vibe, nosso beijo combinou, amor Mavi e Viturino