Capítulo 16

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Viturino

eu só...

— tu só o que, Iana ? Passei a visão que queria tu em casa — apontei pra ela nervoso mas mantendo o tom de voz — e tu ? Se fazendo pro meu lado, PL ? — olhei sério pra ele.

Pra deixar mais claro, tava eu e o Jorginho na barreira passando a visão de um proceder pros vapores quando peguei a Iana na surdina tentando entrar no uber.

Não deu outra, arrastei ela pra casa e chamei o corno do Pablo que não sabe fazer um bagulho simples de deixar ela em casa.

E ela ainda vem de caô que dormiu na casa de uma amiga, sendo que Pablo tava igual ela, com cara de sono e só o bagaço.

Bandido sim, burro não.

já falei que dormi na casa de uma amiga — ela desviou o olhar do meu e olhou pra baixo.

— passa teu papo de homem, Pablo, porque se eu souber de outra maneira tu vai levar o teu — ele me encarou e deu de ombros.

Eu conhecia muito bem os dois e sabia que ambos estavam mentindo, mas eu esperava que Pablo fosse homem de assumir que tá pegando minha irma antes que eu descobrisse e levasse ele pro desenrolo.

— é isso aí que tu tá pensando, eu e Iana tamo ficando já faz uns dias — ela arregalou os olhos na direção dele e deixou o nervosismo transparecer.

Passei a mão pelo rosto um pouco nervoso. Porra, Iana tem só dezesseis anos e o Pablo tem vinte e oito. Isso devia tá errado, mas eu ia falar o que ? Tô amarrado numa mina de dezessete anos que eu nem comi ainda, fascinado no mel dela.

— vocês transaram ? — as bochechas dela coraram na hora e ela olhava pra todo canto menos pra mim.

Pablo que ainda me encarava apenas confirmou com a cabeça.

— tudo no respeito e com consentimento, com proteção e...

— porra, tá bom...quero ouvir mais nada — olhei pra ela que ainda não me encarava — Iana, tá tudo bem — eu não tava bem, mas queria tranquilizar ela.

Ela é nova, mas provavelmente ele foi o primeiro e eu vou fazer o que ? Tem meninas com a vida sexual mais ativa do que a dela e são mais novas. Pelo menos ela usou camisinha.

— Vicenzo — ela fez uma pausa e seus olhos encheram e eu fiquei sem entender — não queria te decepcionar, mas eu gosto do Pablo e escolhi ele pra ser o primeiro, porque é um sentimento diferente, não sei...só sei que eu estava confortável e feliz — ela olhou diretamente pra ele e um sorriso brotou em seus lábios.

— tu não me decepcionou, mas teria se não tivesse se cuidado porque eu já troquei esse papo contigo — vi as orbes dos seus olhos serem tomadas por um resquício de alegria e sorri pra ela — marca tua médica desses bagulhos e conversa com a Jussara — ela assentiu e abraçou o Pablo dando um selinho nele.

— essa parada aí na minha frente não — encarei os dois sério — ela é moça direita, Pablo, leva pra casa que já deu a hora já.

......

cheguei bem

Essa foi a resposta. Quase cinco horas esperando e ela me manda uma frase, duas palavras. É de fuder com o vagabundo.

Tinha algum bagulho nela que me atraía, até antes de provar o gosto dela eu já tava intrigado e talvez seja isso, um bagulho bobo e passageiro.

Só sei que eu preciso ver ela hoje, preciso saber se ela tá bem de verdade ou de só falou aquilo pra me tranquilizar. Sai da conversa com ela e acionei o AK.

qual foi, AK.
— tô precisando de um bagulho.

— vou começar a cobrar.
— passa a visão.

Disse pra ele o que eu precisava que fosse feito, não queria dar margem de erro pro pai dela pesar na dela de novo, então o bagulho vai ser na calada.

Entre A Paz E O Perigo [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora