Capítulo 44

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Viturino😈

Puto, bolado pra caralho é como eu me sinto...uma semana que a filha da puta da Maria só visualiza minhas mensagens, mas hoje isso acaba e vai ser no cara a cara.

Peguei a pistola em cima da cômoda e desci as escadas em direção a sala. Olhei bem pra Iana que tava toda esparramada no sofá, os pés no encosto da cabeça e a cabeça quase no chão...que porra é essa ?

tá possuída ?

— antes eu tivesse — respondeu abrindo os olhos.

— qual foi ? — sentei ao seu lado sendo acompanhado pelo seu olhar.

— sei lá, acho que tô perdida — fez um biquinho com os lábios e olhei pra ela sem entender — queria muito mandar uma mensagem pro Pablo, tô com saudades.

Eu poderia aconselhar ela de várias maneiras diferentes, mas que moral eu tenho pra dizer "não faz isso" se eu tô indo pro Vidigal pular a janela da Maria Vitória.

— então manda — dei de ombros e ela arregalou os olhos.

— tá me dizendo pra ir atrás dele ? — ajeitou sua postura no sofá me encarando.

— talvez, na verdade não foi bem isso, mas se tu quer tanto assim falar com ele, manda mensagem — ela olhou pra tv desligada e parecia pensar.

Eu apenas levantei pegando a chave da moto e passei pela porta cumprimentando a contenção.

Mavi❤️‍🔥

— esse nome não é bom — Bárbara me mostrou a língua do outro lado e eu dei risada.

A gente tava a mais de trinta minutos tentando escolher um nome pro pequeno serzinho na barriga dela, que aliás é um meninão.

— o Victor gostou de Júlio, mas eu não gostei, sei lá — deu de ombros,

— tu dizia tanto que colocaria o nome dele se tivesse um filho homem — disse me referindo ao nome do pai dela.

— a ideia parecia boa antes — ela suspirou e voltou a falar — mas acho que meu pai estaria decepcionado por eu me envolver com um bandido.

Estava prestes a responder minha amiga quando ouvi um barulho vindo da parte de trás, nada muito chamativo mas foi próximo da minha varanda.

— Bárbara, já te ligo — ela assentiu e eu encerrei a chamada.

Coloquei meu celular na cômoda e aos poucos me aproximei da varanda, quando ia finalmente tirar a cortina da frente me deparei com a figura dele, um pouco suado mas como sempre bonito.

Vi ele passando uma perna e depois a outra pela grade da varanda, a bermuda limita um pouco os movimentos, mas nada que ele não desse um jeito.

— tá fazendo o que aqui ? — direcionei meu olhar para os olhos dele, que estavam numa altura centímetros maior que a minha.

— seu celular quebrou ? — ele pergunta como quem não quer nada, mas sabe bem a resposta.

— não quebrou — ele se aproxima passando a língua pelos lábios carnudos, todo gostoso.

— então por que caralho tu não responde uma mensagem minha ? — me fiz de muda e voltei pra minha cama, me sentei e cruzei os braços.

Aquela muralha de músculo me seguiu e parou bem na minha frente cruzando os braços assim como eu, fingi que nem era comigo e olhei pras minhas unhas enquanto ele me encarava.

O ar de homem que o Vicenzo carrega a era coisa que eu nunca tinha presenciado, tanto que surtiu um efeito em mim que nenhum outro conseguiu, apesar de eu não ter tido contato com muitos.

Ele todo sério, os músculos apertados contra o tecido da blusa branca, uma calça de moletom preta da adidas que deixava ele com uma aparência ainda melhor...não sei como descrever.

— vai negar voz mesmo ? — eu parecia uma idiota perto dele, acho que perdia os sentidos porque ele falava e eu só queria sorrir como uma boba, mas precisava me concentrar — pequena, não faz isso não, pô — ele se aproximou e com aquela mão enorme acariciou o meu rosto, deslizando o dedo maior pelo piercing na minha boca.

Encostei minha cabeça contra sua mão fechando meu olhos e aproveitando o carinho, eu estava chateada e não com raiva. Talvez um pouquinho.

Reparei seu olhar que caia sobre o meu corpo e me lembrei de estar vestida com uma calcinha de renda rosa e um camisão, gostava de dormir bem confortável.

— já tá em si ou vai continuar teu surto ? — perguntei de olhos fechados ainda.

— eu só não confio no cara, e do nada uma foto dele no teu celular — ele falava baixo e eu apenas aproveitava sua voz gostosa de ouvir.

Puxei ele pela mão livre fazendo ele sentar na cama. Me ajeitei em seu colo de modo que minhas pernas ficassem uma de cada lado. Logo meu rosto estava no vão do seu pescoço e eu estava inalando seu perfume, homem cheiroso.

Ele envolveu minha bunda com as mãos apertando levemente enquanto fazia um carinho.

— é pedir muito passar apenas um tempo com tu assim ? — perguntei baixinho no seu ouvido.

— tá tentando me dobrar.

— tô tentando não brigar, mas se vc insiste — fiz um movimento com intenção de sair do seu colo mas ele travou meu movimento.

— não vou falar disso agora não, mas depois tu vai me explicar isso aí, não vai ? — eu neguei e ele bufou — toda gostosa — senti um de seus braços na minha nuca me puxando pra trás.

Ele se aproximou e pediu passagem com os lábios carnudos, um beijo envolvente. Desejo, paixão, já não conseguia me segurar e meu corpo começou a se movimentar sobre seu colo. Ele me ajeitou sobre seu pau e eu sentia ele endurecendo cada vez mais.

Eu pedia mentalmente que meu pai ou qualquer outra pessoa não atravessasse aquela porta, ou veria um quase pornô ao vivo. Mas algo pior nos afastou.

patrão — ouvimos o rádio em conexão e uma voz que eu desconheço surgiu. Ele se distanciou e resmungou pro outro lado da linha — Rebecca tá aqui na boca, bagulho de tá chorando no desespero, dizendo que precisa de tu.

Tudo o que eu não queria ouvir era o nome dela, não sei em que momento eu me iludi achando que Vicenzo trocaria sei lá qual vida ele tinha antes por isso aqui que ele tá tentando ter comigo.

Olá sumidas, tô por cá investindo em uma nova escrita...não esqueçam de votar e interagir nos comentários comigo 💖

Entre A Paz E O Perigo [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora