Entre A Paz E O Perigo [M]

Capítulo 37

Mavi❤️‍🔥

Ótimo, ele é esperto o suficiente pra saber que Cadu não estava apenas conversando sobre um piercing comigo, mas me perguntando quando colocaria um na minha buceta.

E se eu de alguma maneira digo isso ao Vicenzo ele iria atrás do Cadu sem pensar duas vezes.

— sim, foi apenas isso — não foi e eu estou mentindo pra salvar a pele do cara, mas se fosse ao contrário eu não gostaria — tá, talvez não tenha sido, mas vamos deixar pra lá. O baile tá tão tranquilo — passo a mão por seu braço e ele logo desvia, bufo frustrada e encaro seu olhos.

— qual foi, pô...não te levo no caô, tá fazendo isso por que ?

— porque sei como tu é, vai querer chegar no cara pra tirar satisfação.

— e eu não tenho razão pra isso ?

— Viturino, por favor.

— responde, pô — ele me olha tão intensamente que chego a me arrepiar.

— Cadu não sabe que eu fico com você, depois que eu coloquei o piercing não vi mais ele — fui sincera, realmente não encontrei o Cadu depois daquilo.

— tranquilo, e o que ele queria ? — nessa pergunta eu me tremi toda, como diria isso ?

— perguntou se eu ainda pensava em colocar o piercing na buceta — disse rápido e bem abafado.

— Maria, fala direito — ele segurou meu rosto em suas mãos, repeti a frase ainda rápido mas não o bastante porque ele compreendeu.

— então aquele filho da puta queria furar a porra da tua buceta ? É isso, Maria — sinto seus braços desvencilhando do meu rosto e tento segurar, mas é em vão.

— Vicenzo, olha pra mim — ele para por segundos quando seu nome sai pelos meus lábios, eu sei o quanto ele gosta disso — ele não queria furar, eu queria — digo isso me lembrando da conversa que ouvi entre Rebecca e sua amiga, uma idiotice.

Ele volta seu olhar pra mim, seu maxilar trincado ouvindo minhas palavras, sei que está nervoso e se controlando pra não arrumar uma briga.

— foi uma idiotice minha, já me arrependi da ideia — passei minha mão por seu rosto acariciando e ele, mesmo tentando, não tirou e apenas aproveitou o gesto.

— porra, tu brinca muito, Maria. Que bagulho foi esse, ideia errada...— eu tava com tanta saudade que ele falava e falava e eu só conseguia perceber o quão gostoso ele ficava com raiva.

Suas mãos pararam na minha cintura apertando de leve, ele aproximou o rosto do meu e depois enfiou o nariz no meu pescoço, inalando meu perfume. Uma de suas mãos subiram até minha nuca, e ali ele apertou puxando um pouco os fios.

Estava tão entregue que se ele apenas subisse minha saia e quisesse me fuder aqui mesmo eu não negaria. Ele me deixa desnorteada e sem rumo quando está perto, sinto meu corpo corresponder aos seus toques de maneira automática. Inexplicável.

Viturino😈

— quando eu te pegar tu se prepara — murmurei perto do seu ouvido.

Ela tinha esse poder. Me deixava fora de controle...eu tava puto, claro que tava. O cara chega nela pra perguntar se ela quer furar a buceta, a minha buceta, e eu vou ficar tranquilo ? Lógico que não.

— tô doida pra isso, vou dormir contigo hoje só pra acordar te sentindo dentro de mim, estocando fundo — caralho...como me atiça, filha da puta.

Ela passava as unhas bem gostoso embaixo da minha camisa, me deixando mais afim de levar ela daqui. Senti ela tentando me afastar com os braços pequenos e encarei seus olhos.

— tá acontecendo alguma coisa, olha lá — me virei olhando na mesma direção que ela.

Senti minha respiração pesar aos poucos quando meus olhos bateram na Iana. Ela discutia firme com outra menina que parecia mais velha e que com certeza era mais forte, quebraria ela em segundos.

— ela parece um pinscher — ouvi a voz da Maria bem atrás de mim e apenas virei na sua direção.

— péssimo momento pra apresentar vocês — murmurei pra mim mesmo.

Estava me aproximando das duas observando bem e procurando a porra do PL que devia tá de olho nisso.

— tá achando que só porque é amante do PL tu pode cantar de galo ? Eu sou a preferida dele — ouço a loira falar pra ela quando chego perto, tudo isso por causa daquele porra.

— quem é amante aqui ? Se manca, garota...tô curtindo meu baile de boa.

A única condição que eu impus pra que ela estivesse em um lugar como esse é que o Pablo cuidasse dela, mas ele não tá aqui e isso me faz questionar se o bagulho que ele quer com ela é sério.

Sinto a presença da Maria pertinho de mim, seu perfume em meio a tanta gente ainda é o mais marcante.

— tá tudo bem ? — ela pergunta tentando chegar próximo do meu ouvido e eu apenas confirmo.

— Iana — chamo por ela percebendo seu corpo vacilar — cadê o PL ? — seu corpo bem menor que o meu, quase da estatura da Maria se aproxima de mim.

— também não sei, eu tava esperando por ele até aquela mulher aparecer — sei que está chateada e cheia de dúvidas, quer confiar nele mas tá insegura — é verdade o que ela disse ? — vejo quando desvia o olhar pra cima, tentando conter as lágrimas.

Meu sangue ferve, sinto uma raiva tomar conta de mim quando penso que alguém faz minha irmã chorar, e eu sou o culpado. Eu deixei que ele entrasse na vida dela e ela só tem quinze anos, mas isso não vai ficar assim.