Capítulo 19

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Mavi❤️‍🔥

Me sentei na cama assim que a porta bateu. Eu não entendi pra quê esse estresse todo, coloquei o piercing pra ele e escolhi uma joia linda. Um coração cravejado na cor prata. As zircônias chamavam muita atenção e eram lindas.

Passei meus olhos pelo seu quarto que eu nem tinha chegado a entrar da outra vez e percebi que era bem espaçoso. As paredes num tom de cinza queimado, cortinas brancas mas com blackout. A cama era alta e era acompanhanda de duas cômodas pequenas na cor preta, que ornavam bem com a decoração do quarto.

Eu não queria brigar e odiava quando isso acontecia, não só com ele, mas com qualquer outra pessoa. Sou do tipo que luta pra não entrar numa discussão, mas quando entra também não quer sair tão cedo.

Respirei fundo sentindo o ar adentrar pelos meus pulmões como se todo peso fosse sair de dentro deles. Me deitei na cama encostando a cabeça no travesseiro macio com a fronha na cor branca.

Fechei os olhos tentando relaxar, mas logo escutei um celular tocando e procurei pelo quarto. Fui até a escrivaninha que estava ali e olhei percebendo que não era o meu e foi apenas uma notificação.

Rebecca.

Senti meu peito apertar e parecia que seria esmagado aos poucos. Como uma curiosa e fuxiqueira que sou pressionei meu dedo sobre a tela bem em cima da mensagem.

"Tô te esperando no lugar de sempre pra estrear a homenagem que  fiz pra tu"

Eu queria me enganar mas eu tava lá, eu sabia bem de qual homenagem ela estava se referindo e aposto que já tinha mandado uma foto.

Meus olhos já queriam arder, mas eu não iria chorar. É idiotice porque não somos nada e essa situação toda é ridícula.

Uma burra, é isso que eu sou.

Sai do quarto e fui até a sala pegando minha bolsa, eu sabia que não deveria ter vindo. É isso que dá teimar com meu pai e tentar enganar ele, arrumei um maluco de nem transou comigo e pensa que manda em mim.

Senti o vendo gelado bater em meu corpo e reparei que a porta da área externa estava aberta. Resolvi ir logo antes que ele entrasse e não me deixasse sair mais.

Procurei por minha rasteirinha que nem sei em que momento foi tirada do meu pé. Fui até o quarto e não estava lá, olhei perto da cama e então voltei pra sala vendo que também não estava ali.

— tá procurando isso ? — ele apareceu pela porta da área externa segurando o par da rasteirinha em suas mãos.

Seu semblante sério como se fosse me matar a qualquer instante, um cigarro de maconha entre seus dedos e o exato momento em que ele solta a fumaça, extremamente atraente.

— sim, pode me dar ? — ele negou com o semblante ainda sério — ótimo, vou descalça — me virei de costas indo até a porta.

O cheiro da maconha era forte e já tinha impregnado a casa, meu único problema com isso é ficar tonta e levemente enjoada, até por isso meu pai evitava fumar em casa.

Tentei girar a maçaneta mas como eu esperava a porta não abriu. Bufei frustrava e olhei pra ele que ainda estava sério.

— Viturino — senti minha vista embaçar por ter me virado tão rápido e ele logo se aproximou.

A maconha ainda estava em seus dedos, e quando ele se aproximou o cheiro ficou ainda mais forte. Meu corpo quase não reagia, apenas ia adormecendo aos poucos.

— Maria, qual foi ? — senti ele me ajudando a sentar.

— eu só preciso ir embora — meus olhos estavam perto de fechar, sentia eles pesarem.

— vai embora nada, tu vai dormir aqui comigo — ele insistiu.

Foi a última coisa que eu ouvi antes de fechar os olhos por completo.

Booooom, cês não bateram a meta mas vida que segue né.
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Entre A Paz E O Perigo [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora