Capítulo 10

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Mavi❤️‍🔥

Ele me olha nos olhos, sem se quer desviar e levanta me sustentado. Minhas pernas estavam bambas, meu coração extremamente acelerado e minha respiração ofegante, mesmo que um pouco a minha testa suava.

— teu gosto é uma delícia, Maria — uma de suas mãos segura minha cintura e a outra ajeita minha calcinha do lugar fazendo um carinho.

Eu ainda sinto o calor pelo meu corpo todo, aquilo que ele fez com a língua é realmente bom, aliás é maravilhoso.

Suas mãos ajeitam minha saia ao meu corpo e ele deixa um beijo e um cheiro no meu pescoço me causando cócegas.

— tá quietinha, qual foi ? — seu semblante muda pra preocupado mas ele percebe o prazer em meu rosto.

— não quero esperar até os dezoito pra...— fico sem graça em terminar a frase.

— pra fuder ? — assinto sentindo meu rosto queimar — sempre muito vergonhosa não é ? — me puxa pra si enfiando o nariz nos meus cabelos — cheirosa.

— não vamos esperar, né ? — levanto a cabeça pra olhar em seus olhos.

— meu papo não faz curva, pequena, quando tu faz dezoito ? — penso um pouco em que dia é hoje e quanto tempo falta.

— um mês e alguns dias, mas não quero esperar — ele dá um selinho demorado e vai até o painel pegando a chave do carro.

— vamos, vou te deixar com seus amigos — ele estende a mão pra mim e eu apenas olho.

— não quero ir, não quero esperar mais — olho pra ele confusa, será que desistiu ?

— eu não vou fuder você — ele diz um pouco mais sério e ali eu sinto vergonha.

Me senti uma idiota como uma adolescente mimada fazendo birra pra conseguir o que quer. Mas não se tratava de um objeto ou de um presente, se tratava do meu corpo e da minha primeira vez, que eu estava cogitando ter com um cara que conheci a uma semana e que acabou de me fazer gozar.

— tudo bem, não precisa me levar, eu...eu vou indo e aviso eles — tentei passar, mas ele entrou na minha frente me encarando, segurou meu rosto com as duas mãos depois de colocar a chave no bolso.

— qual foi, pô ? Eu só quero fazer o bagulho certo contigo — ele tentou me dar um selinho mas me afastei.

— não, tu tá certo. Foi ridículo o que eu fiz, deveria me entregar assim pra alguém que eu confie, alguém que me queira também.

— caralho, como tu é complicada, cara. Eu quero tanto quanto tu, até mais, mas não assim — assenti olhando em seus olhos.

— abre o carro pra mim, preciso pegar minha bolsa pra ir embora — ele se virou suspirando e fomos pra garagem.

Olhei pra ele andando de costas e admirei ele por completo. Músculos marcados, calça jeans, tênis, corrente, relógio, enfim, um conjunto de coisas que aprimoram a beleza desse homem que dá dois de mim.

— entra no carro — ouvi ele dizer assim que destravou as porta indo para o lado do motorista.

— não vou entrar, disse que só precisava da bolsa — ele me encarou sério como quem diz "eu não peço, eu mando", mas arrisquei e firme meus passos abrindo a porta do passageiro e pegando minha bolsa.

— mandei tu entrar no carro — disse com certa pausa e num tão severo.

— e eu disse que não vou, abre o portão, Viturino.

— caralho, que teimosia, não pode só entrar no carro e deixar eu te levar ?

— não, não posso — fechei a porta com força sentindo meu nariz arder.

Toda porra de vez que eu me sinto como uma idiota ou sinto raiva eu quero chorar, não são lágrimas de tristeza, mas de ódio.

— eu me sinto uma ridícula por me oferece como uma carne de açougue pra tu, então só abre a porra do portão e me deixar ir embora.

Ele veio na minha direção e abriu a porta do passageiro, pegou no meu braço sem muita força e me puxou pra dentro do carro. Ele se agachou perto da porta e alisou minhas pernas fazendo carinho.

Escondi meu rosto nas mãos tentando evitar as lágrimas, deve ser essa porra de tpm que me deixa assim.

— pequena, para com isso, pô — ele afastou minhas mãos do rosto — só deixa o bagulho acontecer, não apressa nada — agora sua voz era suave e calma.

Ele não entendia que eu simplesmente queria.

eu já entendi que tu quer, mas na primeira raiva tu ia jogar na minha cara o que jogou lá na sala, que não me conhece, que não confia em mim — senti meu celular vibrando na bolsa e deixei tocando imaginando ser a Bárbara.

— tudo bem, vamos logo — virei o rosto respirando fundo e contendo as lágrimas.

Ele deu a volta e entrou no carro dando partida. Enquanto o portão subia resolvi ver as chamadas da Bárbara e avisar que já estava voltando, mas pra minha surpresa o dragão acordou e descobriu que a princesa não estava na torre.

eu quero saber em que porra de lugar tu tá que tu não tá na tua cama, Maria Vitória. (Bandidão)

Tinham várias ligações perdidas.

Bárbara, Victor, mamãe e o mais assustador: GS.

— sua fudida, seu pai tá ligando pra mim, ele descobriu que saímos. (Amiga fuleira)

— Maria, teu pai acordou no meio da madrugada e viu que tu não tava na cama, corre pra casa, filha. (Rainha)

Entre A Paz E O Perigo [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora