Entre A Paz E O Perigo [M]

Capítulo 38

Viturino😈

Observo ele passando pela entrada do camarote, meus olhos batem no homem todo de preto. Relógio destacando no pulso e corrente no pescoço.

Iana ainda respira fundo, percebo isso pelo seu peito subindo e descendo. Ele se aproxima de nós e ela vira o rosto pro lado oposto. O semblante dele parece confuso, mas meu ódio só aumenta querendo dar um retão na cara dele, caralho.

— tava onde porra ? — me aproximei frente a frente com ele, esperando só ele abrir a boca, mas mantendo meu tom de voz.

— os menor acionou falando que teve um b.o lá embaixo — desviou o olhar pra Iana e tentou se aproximar — qual foi ? Por que ela tá assim ?

— Pablo, se tu tiver brincando com a Iana tu vai arranjar um problema grande comigo...segura tuas putas porque se alguma delas se aproximar da minha irmã de novo eu quebro tua cara todinha.

— tá me tirando pra moleque caralho ? Dei meu papo de homem pra tu, qual foi da parada ? — me virei olhando Iana e Maria conversando, ela tentava acalmar minha irmã.

— tuas puta jogando deboche pra Iana, se liga no teu papo porra — ele se afastou indo até a Iana e cumprimentando a Maria.

Ela veio pra perto de mim enquanto eles conversavam e Iana gesticulava, tava nervosa pra caralho, chorando, mas não abaixou a cabeça.

— ela voltou a ser um pinscher — olhei pra ela que se aproximou se encaixando na minha frente. Tô bolado com ela ainda, esse papo desse comédia quando furar a porra da buceta dela não tá legal.

— Iana é minha irmã — ela me encarou, talvez surpresa e assentiu.

— ela se parece com você, principalmente quando franze as sobrancelhas e a veia da testa fica marcada — sim, Iana se parecia muito comigo, aliás...nós dois éramos parecidos com meu pai, poucos são os traços que tenho da mulher que me gerou.

— tô ligado — virei meu pescoço na direção dos dois vendo a discussão comer firme ali — ela tá muito bolada.

— quem não ficaria ? Lidar com uma situação dessas é difícil, nem sei o que faria no lugar dela — encarei seus olhos, ela parecia distante, parecia pensar...meus pensamentos foram por segundos na Rebecca, se ela tentasse peitar a Maria eu nem sei do que seria capaz.

— qual foi da tua ideia de por um piercing lá, pequena ? — minha voz apesar de firme estava calma, sem neurose.

— caralho, esse assunto não vai morrer ? — me olhou bolada e cruzou os braços, de imediato já neguei maneando a cabeça.

Não sei o que passou na cabeça dela, mas parecia querer me surpreender com algo diferente e na moral, ela não precisa de nada diferente...ela assim já é tudo no bagulho. Perfeita pra caralho.

— se tu fosse esperto tava me levando pra casa, pra furar minha buceta do jeito que tu gosta, mas tá aqui ainda com esse assunto, porra — curvei meus lábios num pequeno sorriso ouvindo essa putaria sair da boca dela, o jeito que ela fica quando tá bolada.

Já percebi que ela bate o pé e cruza os braços, devia o olhar pra não te encarar mas sabe que te domina só na pose. Marrenta.

Sem muita enrolação arrastei ela pra fora do local e fomos de encontro ao meu carro, quando me posicionei do lado de fora a contenção já ficou em alerta se posicionando pra sair junto comigo.

Tirei a chave do bolso destravando o alarme e indo até a porta do passageiro, abrindo a porta pra ela. Tava bolada e calada, mas essa marra dela eu tiro na pica.