00⁶

715 86 36
                                    

BILL KAULITZ

Depois que a banda realmente se tornou conhecida, minha vida tornou-se cada vez mais turbulenta. As coisas estavam mais intensas, e aos poucos eu mal tinha tempo para mim mesmo.

Estávamos em uma entrevista, todos estávamos interagindo de forma tranquila, mas desconfortáveis, já que a apresentadora não fazia perguntas tão agradáveis assim. Era a tal mulher que Tom não queria ser entrevistado, e depois do que esta acontecendo aqui, acredito que não era somente aquilo que o deixava raivoso com ela.

- Tom, sabemos que as últimas notícias sobre você são... Vamos dizer que picantes. Como se sente em questão disso? - Nós últimos meses, havia saído uma notícias relacionadas a coisas particulares de Tom, e até hoje não sabemos como foi parar na mídia. Mas, é importante ressaltar que mesmo compreendendo o fato de que realmente fazemos coisas avançadas para nossa idade, isso não não precisa ser um assunto de ninguém, muito menos para entrevistas. - Vamos Tom, nos conte! - Com um olhar malicioso, ela não permitia que meu irmão ao menos respirase.

- A internet fala muita coisa, algumas são verdades, outras são mentiras escandalosas. Mas no fim, independente de qual for, eu não gosto nenhum pouco. - Vi a mulher se avermelhar, a resposta de Tom foi adequada a situação. O que me surpreendeu de certa forma, meu gêmeo sendo racional? Raro. - Podemos mudar de assunto não é? - Esquecendo o que havia perguntado, como Tom havia pedido, a mulher levava seus olhos ao público, e depois a todos nós.

- Há outra banda que está se tornando muito famosa nessas últimas semanas. Vocês já conheceram as integrantes da Star Card, é tiveram um encontro pacífico e bastante amigável. Não há uma um medo de perderam a fama para elas? - Essa mulher só podia ser uma idiota, que porra de pergunta é essa?

- Já deixamos claro em entrevistas anteriores que não falamos de outras bandas. Mas, para você, irei abrir uma exceção. Já que é tão curiosa.- Georg sempre foi o mais velho do grupo, e não perdeu tempo para responder a apresentadora. - A criação da banda foi sem a intenção de fama, isso não se passou de consequências de nossos atos.  Não a medo em perder nada, nunca tivemos e nunca teremos. E não falo isso por altruísmo ou algo do tipo, mas sim pela certeza de que fazemos pessoas realmente aproveitar o que produzimos, e mesmo que não de forma intensa, sempre estarão nos acompanhando. - O silêncio foi escutado pela plateia, mas escasso por mim, que praticamente surtava pela resposta de Georg. - As Star Card são um grupo maravilhoso, e tem integrantes muito talentosas, e merecem com toda a certeza, o mesmo espaço que nós. - Ela só nos olhou como entendimento da resposta, e logo anunciou o comercial do programa.

...

- Bill, sabemos que seu estilo é diversificado e curioso. Atualmente, está mais que evidente que conquista o coração de qualquer um com essa sua característica. Porém, pesquisamos mais um pouco de sua vida e descobrimos que houve uma época que seus colegas faziam bullying com você. - Havíamos voltado dos comerciais, mas ela provavelmente não escutou o que havíamos falado antes. - Levavam até camisetas e cartazes escritos " Kill Bill ". Como superou, ou como convive com isso? - Esse tópico da minha vida sempre foi difícil para que eu enfrentasse, minha infância e uma parte da minha adolescência sempre foi conturbada. E como uma de suas hipóteses, eu não havia realmente superado isso, somente aprendi a conviver.

REBECCA MARQUÊS

Que problemática, quando aceitei o emprego eu não imaginava que realmente iria ver o rosto de Bill o tempo inteiro, já que para onde ele era convidado, eu estava lá também, sempre segurando um notebook.

Eu já estava trabalhando com o Kaulitz a mais ou menos uma semana, falávamos pouco. Eu perguntava sobre os eventos que ele gostaria de ir, e coisas de seu trabalho, somente o que era necessário para responder os e-mails.

Os observava pela televisão média do camarim, onde eu estava. Eles não estavam felizes e elétricos como na maioria dos dias. Carregavam um sorriso forçado, junto a possíveis sinais de ansiedade. Não que eu me importasse realmente com eles, eu não realmente estava me lixando para o que acontecia com eles, mas esse mulher estava passando dos limites. Perguntas inconvenientes e causar desconforto, era algo que ela estava fazendo com frequência.

Nesse meio tempo de convivência com eles, percebi que esses assuntos que ela insistia em falar, os saturava, e os deixava sem jeito.  Os acessores e empresários falavam diversas coisas sobre isso, o quão isso poderia estragar com a carreira deles se por acaso falassem algo que soasse muito ignorante ou até mesmo ofensivo.

Enquanto eu, comia algumas barrinhas de cereal que havia comprado mais cedo. Até que me senti observada. E eu não estava enganada, todos os membros da equipe olhavam para mim.

- O que vocês querem em? - Gesticulando, eu mostrava minha dúvida, enquanto eles tinham sorrisos maliciosos. - Que caralho, me diz logo o que vocês querem. - Eu não esperava que me pedissem para fazer aquilo, será que eles não tinham nenhuma outra solução?

- Por favor. Se algum de nós formos, vão entender que é pela maneira que a entrevista está acontecendo. Mas ninguém te conhece, eles não vão entender. - Uma das acessoras, me olhava praticamente implorando, que desespero.

- Isso é desencargo de função. - Como disse, ela estava tão necessitada de ajuda, que terminei aceitando. - Eu faço o que? Se acharem que eu sou uma fã louca que invadiu? - Graças aos céus, vim com uma roupa apropriada para aparecer na TV, já que mais tarde, teria uma coisa importante no teatro.

- Já avisamos ao pessoal do programa que você vai entrar, não vai ser presa ou algo assim... Quer dizer, eu acho. Vai que né? - A olhei estranha, eu já não tinha a melhor fama dentro da Alemanha, imagino como seria pior se eu fosse presa ao vivo. - Estou brincando. Vai lá, e fale a Bill que é para irem embora imediatamente, por motivos óbvios, eles sabem como reagir depois disso. - Concordando com o olhar, fui me aproximando do palco. - Depois volte e estará tudo bem. - Eu murmurei debochada o "Tudo bem", e ela riu.

Assim que adentrei no palco senti todos olharem para mim, não era algo novo, pessoas me observam quando estou atuando. Mas, era realmente muita gente. Os olhos azuis da apresentadora se ligaram aos meus, ela parecia estranha, mas alguém falava algo para ela, já que parou de me observar e olhou para a tela que dizia seu roteiro.

Estavam todos eles sentados no sofá do programa, enquanto ela estava em um outro lado. Bill, que era quem eu deveria falar, era o mais afastado dela, já que estava em uma das pontas do sofá. Abaixei o meu corpo o suficiente para alcançar o lado do rosto do garoto, que também me ajudou, se colocando para frente.

- Vamos embora, ou você vai mesmo continuar sendo um idiota e responder sobre aquela situação? - Talvez eu tenha modificado um pouco da maneira da fala, mas ambas carregavam o mesmo sentido.

Fui capaz de sentir que Bill deu um sorriso ao lado do meu rosto, quem não se alegraria em sair de algo assim? Como pedido, me retirei, e segui novamente ao camarim.

__END__

__END__

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora