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REBECCA MARQUÊS

O caminho inteiro, fui vítima das brincadeiras e zombarias de Tom. Toda aquela mudança que eles, e eu de uma certa forma, fizemos. Causou uma provável dose de adrenalina em seus corpos, os deixando extremamente elétricos.

Avalio e reavalio a minha decisão, sobre tecnicamente, "Morar" com eles durante esse tempo. Não tenho um condicionamento psicológico nem para me auto aturar, fantasie aturar eles. No entanto, todas as noites, quando tento realocar todos os pensamentos que bagunço pelo dia. Reflito na forma em que eu levo a vida, e como sou obrigada a vivê-la dessa maneira se eu for para casa.


- Não vai dar nós cinco nesse elevador. - Bill impedia minha visão total dos garotos, já que, de todos eles, eu fiquei um pouco mais afastada. A aproximação intensa, muita das vezes, me deixa um pouco áspera.

- Vai sim. - Georg sabia manter sua ideia intacta quando queria. Não só em situações simples como essa, mas na maioria dos momentos em que o vejo se assegurar em algo. - É só a gente ficar junto, ae todos vamos dar. - O garoto de longos cabelos, forçava Tom para os cantos da caixa de aço, o que estava o deixando com raiva, em busca desse tal espaço que ele afirmava existir.

- Isso além de ter um péssimo duplo sentido, e ser gramaticalmente incorreto. Estamos carregando os instrumentos, tem certeza que cabemos? - Meus olhos não paravam quietos, as portas do elevador, insistiam em se fechar, mas sempre, algum deles impedia a prolongação do ato.

- O peso máximo é duzentos e cinquenta quilos. Não sejam burros, não vai dar. - Exibi a minha voz, que antes estava sem nenhuma aparição. - Mas, se quiserem, podemos tentar entrar. Deixando no total, mais de trezentos quilos no elevador, contando as coisas que estamos levando, além de nós é óbvio. - O silêncio que antes eu carregava, no momento, estava sendo exercido por eles...Gosto disso. - Quando se passar dez segundos, a corda que segura o elevador, que antes grossa, se tornará fina. Vai simplesmente...Se partir. Assim, o impacto, vai terminar nos matando. Os objetos, provavelmente vão perfurar nossos corpos, nos dando uma morte trágica de ver. Eae? O que acham? - Eu tinha um sorriso irônico estampado, enquanto eles, provavelmente, estavam pensando na situação proposta.

- Quer saber? Vão de escada. - Tom impurrou Bill, na tentativa de o afastar do elevador. Porém, ele terminou jogando o garoto em cima de mim.

Eu realmente me desequilíbrei, tudo culpa do impacto que ele terminou causando em mim. No entanto, o garoto em minha frente, impossibilitou que eu realmente caísse. A pele que era exposta pela média camiseta que eu utilizava, foi capaz de absorver o frio que acompanhavam as mãos de Bill. O garoto manteu um sorriso meigo, porém, malicioso em seus lábios, ao notar o momento em que estávamos.

- Sai porra! - Admito que, brutalmente, eu o impurrei para trás. Aquela proximidade... Sei lá, não era comum.

- Queria que eu lhe deixasse cair? - Pergunta-me o mais velho, enquanto retirava as grandes mãos de mim.

- Óbvio que não. Mas, simplesmente era o mínimo. Eu só iria cair porque você se bateu em mim, então, tinha a obrigação de me segurar. - Dou de ombros, enquanto presencio o garoto rir. Ele tem um palhaço introduzido na garganta?

A existência de elevadores, é claramente necessária. Como algo pode ter tantos degraus? Minhas pernas, que nunca foram as melhores fisicamente, doíam aos meus passos. Porém, eu sentia sem ao menos demostrar, diferente de Bill, que reclamava a cada um minuto.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora