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REBECCA MARQUÊS

Novamente eu estava no teatro, as pessoas já não estavam mais estranhas. Quer dizer, não totalmente. Haviam se passado alguns dias desde que eu fiquei conhecida pela aparição na TV, mas depois das exatamente vinte e quatro horas, Bill fez com que cada página digital sumisse e que as revistas desmentissem o boato. O mesmo pronunciou-se para os fãs. Uns estavam decepcionados, queriam que o garoto encontrasse um alguém para amar... Mas alguns deles, se alegraram intensamente.

Eu absorvia cada uma daquelas palavras descritas no roteiro. O meu professor, estava executando uma peça teatral, no qual aos poucos convocava atores. Eu sabia do seu planejamento, era uma coisa realmente majestosa. Que ao fazer com dedicação, poderia alavancar minha carreira e a de qualquer pessoa.

Eu estava repleta de pensamentos, e se por acaso eu esquecesse algo do roteiro que eu não puder improvisar? E se eu começar a ter uma crise de ansiedade no palco? Por que minhas pernas tremem tanto? Alguém poderia me explicar por que eu escolhi seguir uma carreira que tem mais chances de dar errado do que certo? Porém, sem tempo, escutei o meu nome ser chamado.

Era uma sala praticamente vazia, haviam além de mim mais três pessoas que escreviam sobre a atuação dos alunos. Fechei meus olhos novamente, regulando minha respiração apressada. Assim que disseram que eu poderia começar, larguei o roteiro em um lugar qualquer. Logo, comecei a fazer aquilo que tanto me cativava.

...

Foi esquisito e aproveitante ao mesmo tempo. Pude atuar, mas meu estômago parecia não parar quieto. Dois deles me olharam positivo, enquanto cochichavam coisas que eu obviamente não conseguiria escutar. Peguei o roteiro do chão novamente, e me livrei da tensão causada anteriormente. Eu ainda teria que ir a casa dos garotos do Tokio Hotel, pedi para trocar de turno por hoje, então daqui a alguns poucos minutos eu teria que estar lá. Mais um dia ouvindo loucuras, Idiotices e coisas que são relacionadas a banda.

Tudo estava levemente escuro, só escutava risadas intensas vinda do fundo. Depois que acordei Bill, ele terminou fazendo uma cópia da chave para mim. Notei que meu notebook não costumava estar no lugar de costume, aquilo era realmente estranho. Segui o som, me deparando com Tom, Georg, Gustav e Bill rindo como loucos, estavam assistindo alguma série que eu não sabia o nome. Tudo isso, no notebook que eu trabalhava.

Normalmente, esse seria o momento exato que eu assassinaria quem estaria utilizando um aparelho que me pertence sem a minha permissão. Mas aquilo era deles, não meu. O que certamente me deixou enfurecida, foi a falta de responsabilidade deles, que pegaram um objeto de trabalho de alguém. Gustav, Georg e Bill, estavam perplexos e apressados em guardar o aparelho, talvez pensam que eu iria brigar com eles... Compreendo. Já o garoto de dreads, ele carregava tranquilidade em seu rosto, acessava até outros sites.

- Tom, desliga essa merda. - Gustav encarava a Tom, o aparelho e a mim, que não falava nada. Somente os observava séria.

- Caralho Gustav! Estava na melhor parte. - Vi o de cabelos curtos puxar o aparelho do amigo, que agora me encarava. - Vocês tem medo da morena aqui? Porra, esperava mais. - Arqueei minhas sobrancelhas ao comentário de Tom. Levei meu olhar a sua alma, a assuntando com minha seriedade. Fazer isso, virou uma espécie do costume para mim.

- É que a televisão do meu quarto estragou enquanto nós assistíamos, meu notebook está carregando então não pude pegá-lo. Foi nesse momento que Tom, inteiramente Tom, deu a ideia de vermos no seu notebook. - Bill aproximava-se aos poucos, e eu o encarava, assim como eu fazia com os outros.

- Eu só preciso de algo para trabalhar, não peçam desculpas a mim. - Curiosos, eles se calavam ao me ouvir falar. - Eu sinto por vocês, que acabaram de me impossibilitar de trabalhar por quase uma hora e vão me pagar da mesma forma, o mesmo valor. - Eu dei de ombros, me aproximando de Tom, que ainda tinha o notebook nas mãos. - Acabaram com a sessão de entretenimento? - O guitarrista me olhou intenso, enquanto eu estava exalando facilidade.

- Espere, em qual episódio paramos? - Georg puxou o aparelho exatamente no momento que ele estava na minha mão e na de Tom. A falta de instabilidade o fez simplesmente, se dividir em incontáveis partes.

- Eita moleque burro da porra! - Depois de alguns segundos necessários para entendermos a situação. Bill, falou de forma impulsiva. Mas que para mim, terminou soando de forma engraçada. Não ri... Não que eles pudessem ver ou ouvir.

- E ela? Vai trabalhar por onde agora? - Gustav me instigava, e a Bill também. Já que o garoto olhava para os lados, a procura de algo que me ajudasse. Ele se aproximou do próprio computador, conferindo os porcentos da bateria. Pela reação, o suficiente para que eu cumprisse minha obrigação.

- Vamos meus problemas eternos, saiam do meu quarto. - Bill os impurrava, mesmo que revidassem a ação. - Pode usar o meu computador Rebecca. Vamos comprar outro. - Já sozinhos, Bill fazia algumas coisas em seu computador, enquanto eu involuntariamente me concentrei nos diversos cd's e coisas que tinha do Tokio Hotel em seu quarto. - São legais né? Pode pegar se quiser ver. - Eu me assustei ao sentir a respiração de Bill ao lado do meu rosto, ele aproximou-se bastante de mim, o que fez com que eu me virasse para olhá-lo.

- Já posso usar o computador? - Executando o assunto anterior, Bill fazia uma espécie de movimento de liberdade, para que eu fosse ao computador. Pude o ver sair do seu próprio quarto, ligava o ar e já ia fechando a porta. - Espera aí Kaulitz! - Não finalizando o que fazia, ele deixou somente sua cabeça para dentro do quarto. - As páginas realmente sumiram, e as notícias também, é Kaulitz, você conseguiu. - O vi sorrir malicioso, rindo na mesma intensidade.

- Eu fiquei com medo de ser espancado por você. - Soltei uma risada, junto a um sorriso sincero. - Caralho, a Rebecca sabe sorrir. Galera, venham ver isso. - Eu revirei os olhos enquanto ele parecia sei lá, satisfeito.

- Já chega, já fui paciente e simpática demais com vocês hoje. - Me virei para o computador, vi os diversos e-mails que haviam ali. - Me deixe em paz Bill Kaulitz.

- Eu sabia, tudo que é bom dura pouco. - Pude sentir meu celular vibrar, esqueci da presença de Bill, eu já havia o dispensado. Ele estava lá por vontade própria.

Henry parecia animado, me contava sobre algumas coisas da escola que estava estudando, e como estava sendo difícil ficar sem a minha presença. Era o melhor amigo que eu poderia cogitar em ter, eu sentia uma imensa saudade de sua presença. Falei com ele por horas, na verdade, pelo resto do dia.

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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora