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BILL KAULITZ

Havia uma monótona carga de pensamentos invadindo minha mente pelas mínimas frestas que ali surgiam. Minha atenção estava espalhada por incontáveis pontos, como um líquido escorrido de maneira intencional.

- Billy, está me ouvindo? - Perguntava o velho, com seu cenho franzido fortemente, me encurralando com suas afirmações repetitivas.

Afirmações essas que me cansaram nos primeiros dez segundos que saíram de sua boca para me alertar. Estava deixando de ser somente cansativo, para ser algo muito mais massante e estressante. Mínimas são as coisas que alteram minha calmaria interna, mas isso poderia0 facilmente alcançar este ponto, e encontrar seu ápice.

- Billy! Isso é importante para você. - Sua inconformidade era exposta, e ele nem tentava evitá-la. Por um ponto, compreendia. Sei que sou insistente e imaturo em alguns momentos, ou talvez eu só seja um adolescente.

- Acha mesmo que eu não entendi isso, Jason? Compreendo suas teorias, e como posso ter feito besteira com isso, mas foda-se! Estava feliz em fazer, e ainda estou. - O presenciei ainda mais incompreensívo, seu rosto avermelhara em segundos. - Sei que o seu trabalho é cuidar da estabilidade do meu trabalho, mas, por favor, eu sei bem se é correto beijar uma pessoa ou não. Obrigado pela preocupação! - Os contentamento era escasso em sua cabeça, ou talvez existissem, ele não poderia questionar ainda mais.

Seu corpo se colocou na saída, provavelmente reavaliaria por horas se o seu emprego estava sendo utilizado positivamente, ou que se cuidar de carreiras adolescentes era a pior das suas decisões.

Curiosos, enxerguei Tom andando lento, acompanhado pelos outros meros enxiridos. Criando a sensação de que eu era o mais quieto e coreto do grupo, todos amavam assistir a minha rebeldia incomum.

- Se eu estivesse apaixonado, também agiria assim! - Expressou Georg, avaliando a ida do rapaz enquanto se reencostava no sofá.

- Isso é chatice, acumulo de exagero. Bill tem sua própria vida, por que importa tanto para a imprensa? Não faz sentido, para mim. - Continuou Gustav. Deixou-me supreso pela concordância entre nossos pensamentos.

- Acho que isso é algo mais que o achismo arrogante da imprensa. Talvez Jason tenha receio do que isso pode significar a todos, não só a eles. - Disse Tom. - Nossas pequenas atitudes interferem intensamente no que as pessoas acham de nós. Todos os dias, jorram notícias sobre mim, todas as garotas pensam que eu sou um puta mulherengo, que não tem nem se quer um pingo de fidelidade. Acredito que eles não queiram que isso aconteça com você ou Rebecca, e eu também não quero. - Afirmou o gêmeo, tocando meu ombro coberto, balançando insistentemente a chave do carro, convidando-me para segui-lo.

Tom não era o típico cara das palavras, era justo a isso, que transferia muito mais sua linguagem amorosa com toques, que muitas das vezes, sutíl. Por isso, havia surpresa quando o mais velho espelhava sua experiência em palavriados realmente instrutivos e que liberavam áreas desconhecidas suas.

O caminho era silêncio, nos primeiros três minutos. O guitarrista tinha notícias interessantes, que obviamente me prenderam com correntes imaginárias.

- Eles terminaram dizendo que estavam namorando mesmo, mas era um relacionamento aberto, e que estavam conformados com isso. - Suas informações eram completas, Tom era um bom ouvinte, ou fofoqueiro.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora