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BILL KAULITZ

Me pergunto onde Tom consegue organizar um evento como esse tão rapidamente. Estávamos em uma casa, que não era familiar para nós. Porém, acredito que o espaço costuma realizar eventos. Levando a diante, seus equipamentos para suportar festas.

Haviam muitas pessoas, uma quantidade exagerada posso afirmar. Tantas eram elas, que ficar no meio do espaço, era uma prova dificultosa. E eu não faria a mínima questão de tentar resolvê-la. A ondulada estava ao meu lado, assim como na última festa. Mas, estava em todos os momentos, conferindo o celular. Provavelmente procurava um sinal de vida do amigo, que ainda não tinha vindo para cá.

- Relaxa Rebecca, ele vai vir. - A garota levava suas mãos a cabeça, salientando sua preocupação. Era engraçado ver o seu papel preocupado na vida de Henry.

- Ele não costuma pensar bem antes de fazer as coisas, e isso me preocupa. - O par de olhos pronfundos foram levados a mim, mesmo que seu rosto estivesse difícil de visualizar, devido às luzes do espaço. - Tenho medo que ele morra, ou sei lá, o sequestrem por exemplo. - Genuinamente, soltei um sincero riso. Pela situação inusitada que ela cogitou, e um pouco pela sua expressão.

- Pensei que ele era seu namorado. - Senti os olhos de Rebecca, transmitindo a maior estranheza do mundo.

- Caralho, você viajou muito. O Henry é gay. - Eu ainda não tinha digerido essa ideia totalmente. Não que isso fosse algo negativo, nunca. Mas, isso era inédito.

- Não me julga, vocês são extremamente conectados. - Dei de ombros, enquanto a garota arrumava sua roupa. - Eu vi vocês na rua naquele dia. Ele te abraçou, e começou a fazer carinho na sua cintura. E hoje mais cedo, acariciou suas pernas. E vocês se tratam... Não sei, não era algo que eu imaginava você fazendo então estranhei. - Aquilo foi uma espécie de desabafo, não que tivesse sido intencional. Mas, eu fiz.

- Não tem que imaginar nada sobre minha vida Kaulitz. - Tudo bem, isso doeu. Entretanto ela estava correta, eu nem deveria me importar com isso. - Eu e Henry somos amigos, e a muito tempo mesmo. O que ele faz, tem meu consentimento. Mesmo levando em conta que aquilo não se passa de carinho. Isso é óbvio. - Minha pergunta tornou-se mais intensa para a garota, tornado suas palavras duras, porém, certeiras. - Te contei aquelas coisas por que me senti pressionada no momento, e as vezes questiono a minha ação. Sei me cuidar, infelizmente tive que aprender a fazer isso. Escute o que eu digo; não se envolva minha vida, no que eu faço ou deixo de fazer. - Não tive muita reação, na verdade, eu não tenho uma. Muitas informações, e pouca capacidade de absorção delas.

- Desculpa. - Era a única coisa que eu podia fazer. Além de cortar qualquer tipo de contato visual com ela.

Não obtive resposta, tive que me contentar com o silêncio perturbador que a garota fazia. Me senti o maior idiota, e novamente. Me envolvi em um espaço que não era a minha área, e que não terei voz para opinar. Compreendo sua tese, eu realmente não deveria ter agido daquela forma tosca quando os vi junto. Não compreendi o motivo da minha reação. Porém, confesso que o jeito que ela me tratou, terminou me deixando raivoso com a ondulada. Acima de tudo, sou um ser humano que tem sentimentos. E no meu caso, eles são extremamente aflorados.

A garota pediu uma bebida qualquer do cardápio, enquanto parecia determinada ou até mesmo rancosa, porém estava presa pela prepotência... Eu estou perdido caralho, ela não tem uma expressão definida tudo bem? O clima se aproxima a um de enterro, mesmo que a maioria das pessoas ali, estivessem na maior adrenalina. 

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora