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BILL KAULITZ

O assunto não se passava de baboseiras, coisas fúteis que não nos acrescentam em absolutamente, nada. Estávamos em um período de descanso, depois da última turnê agitada que fizemos. A agitação é cansativa, e costuma me pirar as vezes. Por isso prezo pelo acontecimento desses intervalos, mesmo que breves.

A Alemanha é ótima, e carrego entendimento da minha nacionalidade. E mesmo diante ao seu passado de ideias assombrosos, aprecio minha origem. Mas, sinto-me até um pouco apatriota por isso, mas estabilizei situações que antes me tomavam o tempo aqui nos Estados Unidos. Mesmo que em momentos me aventure pela adrenalina, por pura vontade de ter algo para contar mais tarde.

Mas, como nada pode ser tão proveitoso, e regular em minha vida caótica. Desde que pisei meus pés no território americano, me perdi em seu população agitada, e em seus hábitos diferentes dos meus. O grande fato é que me sinto deslocado na maioria das horas insistentes. Como bônus para compreensão da situação, acredito que a vida sempre acrescentará Gustav, Georg e Tom, para torná-la sustentável para mim.

No entanto, os únicos que me fizeram rir neste período tardio eram Gustav e Georg, que a cada segundos passageiros soltavam brincadeiras idiotas que exploravam diversos temas. Não tenho conhecimento sobre a localização do meu gêmeo idêntico, me recordo da sua despedida apressada, e do som emitido pela porta e fechadura. Tom não costuma sair sem me dizer para onde vai. Digo, não necessariamente, quando está indo encontrar garotas ou fazer algo que eu provavelmente chamaria sua atenção, o de dreads costuma mentir para mim, sobre seu real destino.

- Eu realmente jurei naquele dia que nunca mais olharia para nenhuma janela, sem conferir se havia alguém por trás. - Me surpreendo pelas múltiplas experiências que Gustav cumpriu sem nossa presença, e algumas delas me assustam.

- Esses dias, quando deixamos Tom sozinho. - O assunto tornou-se música para meus ouvidos, vindo de nosso grupo. Provavelmente era alguma confissão vergonhosa. - Não sei se lembram, mas cheguei mais cedo que vocês. - Georg tinha boas conversas, sendo elas rebeldes e cheias de aventureiras. Mas, não tinha ao menos uma gota de facilidade em contá-las. Sempre fugia para um outro algo, decepando o ponto principal. Como se em meio a uma avenida, ela percorre todas as ruas, menos a que deveria.

- Agradeço se me contar o que Tom estava fazendo, para que se possível, eu madrugue revirando a história. - Confesso para o garoto em minha frente.

- Ele estava no banheiro, o som do água era alto. Mas a sua voz reproduzindo as letras das músicas da Britney Spears era bem mais alta. - Soltei uma risada sincera, ao usar a imaginação para formular a cena em minha cabeça. Não que eu esteja julgando o ato, faço o mesmo. Mas, Tom fazer isso... Seria como um filme de comédia para se assistir.

Georg buscou apressado o controle remoto ao seu lado, revirando os canais disponíveis no aparelho de televisão. Meus olhos estão cansados, passei a última noite vidrado na pequena tela do meu notebook. Joguei mais alguns acontecimentos para Gustav, que também não parecia tão interessado assim.

Uma voz fina foi emitida pelas caixas de som que se conectavam a TV, fizemos isso para nossas festas nada aglomeradas, que só eram compostas por nós quatro. A antiga rotina me fez a decora-lá em minha cabeça, cada Tom e melodia emitida por ela. Todos suas intensidades eu sabia de cor, tornando-a única. Presenciei a garota em seus tentativas de alívio mental, gritando para não fazer algo pior. Mas, também a escutei em um tom baixo, inundando meus ouvidos com coisas melosas, e perversas também.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora