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REBECCA MARQUÊS

Lia as solicitações para algum tipo de contato comigo, a maioria constatava que futuras entrevistas e ocupações desnecessárias. Com meus ombros a mesa, descansei minha cabeça sobre a superfície gelada.


Hoje o clima estava gélido, e todos meus pontos mais sensíveis aclamavam ao calor. O tempo mudou-se rapidamente, proveniente aos tempos calorosos que se hospedaram por algum tempo na região.

Levei os macarons rosados a minha boca, fazendo-me explorar seu gosto e sensação que passa. Eu tinha um apego enorme a esse restaurante que me acolheu sem dispensas durante noites. E em oportunidade, fujo para cá.

- Isso é uma loucura! - Explano, ao ler com cautela, os temas que queriam abordar em uma entrevista. - Por que querem saber se sou a favor disso? Porra, isso não tem sentido algum. - O rapaz que servia as mesas a frente, parou com seu tabuleiro, me encarando.

Murmurei reclamações esquecidas, enquanto ainda analisava algumas dessas sugestões que fui proposta. Mesmo que bastante focada em minha obrigação esgotante, meus olhos foram induzidos pela minha mente estimulante. Onde, me vi lendo uma das mensagens que haviam chegado em meu celular.

"Por favor, me ajuda."

O Kaulitz por pouco, mais velho, era o remetente dessa mensagem insólita. Enigmática, franzi meu cenho. Senti um breve desconforto se roçando em minhas veias e artérias, assim que o mais velho não correspondia as mensagens duvidosas que eu enviara para ele.

As chamadas anunciavam um som árido em seu fim, como se rodassem a possibilidade de tranquilizar a pessoa ignorada. Sinto em dizer que não, não funcionou nada.

Livrei-me de alguns palavreados turpilóquios, que nunca somem do meu vocabulário mental, que não para de xingar nem por um minuto. Se era sua intenção, eu não sei. Mas, Tom estava naquele momento, me fazendo deslembrar dos meus preceitos, e me deslocar até sua casa. Lugar que rumino, estar.

- Você tem acompanhamento psicológico? - Interpelava o jovem que me atendia, arrisco que tenha a mesma idade que eu. Era o exato rapaz que a segundos, me observava com depreciação por minhas falas solitárias.

- Não. - Tirei as células da minha carteira, as colocando em cima do balcão. Enquanto o garoto ainda me olhava pelo mesmo sentimento. - Quantos médicos já enfiaram o dedo na sua bunda para fazer exame de próstata? - Questiono ao mesmo. Que olhou-me com agora, a feição mais azeda que já vi. - Ah, pensei que era um jogo de perguntas indiscretas.

Olhei a extensão acinzentada, deixando minha visão mais escura que o normal. Nate era o motorista que em momentos, era titulado como meu particular. O carro que me pertence estava no concerto, quebrei um dos vidros sem querer esses dias. Desde então, o homem está me levando de um canto, para o outro.

- Senhorita, minha filha precisa ir ao médico. - Conta-me ele, enquanto eu acumulava meus pertences em um só canto. - Teria como me libertar? Parece que é urgente. - Eu castigo minha mente ridícula ao sentir inveja de situações como essa. Sei que daqui a algumas horas, estarei me afundando por esses mesmos pensamentos.

- Tudo bem, pode ir. - Me retirei do carro ficando a frente da casa que pertencia ao grupo. Aos poucos, vi o automóvel se distanciar.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora