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REBECCA MARQUÊS

O lugar carregava centenas de pessoas concentradas em um só ponto. A maioria era falsa ao afirmar o conforto, e provavelmente clamavam voltar para suas imensas e nada sobrecarregadas mansões. Também havia um pouco disso em mim, mas a afobação e ansiedade, cobriam meus olhos desse sentimento.

Os lugares eram separados por especializações das áreas artísticas, estive rodeada por outros colegas de trabalho, que carregavam grandes currículos, não só de trabalhos, mas principalmente de histórias. Alguns disputando contra outros, alimentando uma rivalidade que não sei o que os levam a pronlongar, tudo por prêmios que já são fartos. Esse não era o meu caso, quando fala-se de cinema, sou uma simples caloura. Mas por hoje, me imaginava receber o mais glorioso troféu somente por expor um grande nome.

Citando isso, o evento soava em nossos ouvidos a boas uma hora e meia, que pareceram escorrer mais rápido pela falta de intervalos silenciosos, alguém sempre estava a frente emitindo suas habilidades. Mas, isso não é relevante, não por agora. A mulher alta e delicada, tocou-me aos braços de maneira pomposa, alertando sobre o assustador e intimidante momentos posteriores. Era ligeiro, agiam impressionantemente cooperativos, em minutos, tive a instrução do que ocorreria, e como eu deveria agir diante a ela.

Em minhas palmas, apalpei o ganhador do melhor álbum, desse ano, me frustrei ao descobrir que nem espiadas eram permitidas antes da hora, no entanto, poucos eram os minutos que faltavam. Elis sorria de orelha a orelha, se orgulhando do avanço singelo, já eu, muito pouco expressava.

Senti calafrios a cada palma que cada um deles frisava com suas mãos, meu estômago certamente estava a ferver em altíssima temperatura. Batalhei para não tremer minhas pernas assim como meus dedos tremiam com o papel, não estava em meus planos cometer alguma idiotice catastrófica a frente de todos. A meiguice do sorriso foi incrível para me acalentar um pouco. Nada evitara, eu teria que agarrar a coragem, assim como em outros momentos que não são assim tão assistidos.

- Bom, é uma honra estar aqui. Já que me avisaram que seria extremamente deselegante soltar algum palavriado impróprio aqui, vocês nunca serão consciente do meu real nervosismo. - Expressei, arrancando risadas do todo. - Fiquei lisonjeada ao ser convidada, não só a isso, mas a todo o apoio que recebi nesse último ano, principalmente a minha carreira, e alguns, em minha vida. - Novamente, reverências eram criadas. Tudo aquilo era novo, e me sentia como uma criança ansiando por um novo brinquedo. Um dos primeiros ensejos onde tiveram uma real eu, repleta de alegria.

Analisei o telão que me cobria por trás, expondo os artistas em questão. Joguei minhas sobrancelhas para cima em um momento, buscando a atenção novamente ao objetivo do grande evento.

- Entre milhares de incríveis musicista que temos a dádiva de compartilhar esse espaço, quatro deles nos presentearam com as músicas mais aclamadas pelo público, e a imprensa. Mas, no fim, não há questionamento, todos são espetaculares no que fazem. - Admito que carreguei mentira em minhas palavras, de todos os concorrentes, eu escutava as músicas de só um deles. - Vamos relembrar seus feitos.

Cada uma das cenas passadas, revelavam um pouca da trajetória de cada um dos artistas, e um pouco de cada single, que brevemente aconteciam. Mas, meus olhos se inundaram de interrese quando um dos possíveis ganhadores era o Tokio Hotel. Não pude tê-los em minha vista antes, ou até mesmo me esbarrar com eles.

Na verdade, nem era conhecida da sua participação, qualquer um deles não compartilhou comigo, o que por segundos, irritou-me. A curiosidade levou minha atenção dos anúncios. Logo, os altos e facilmente pelas roupas, estavam a minha vista. O sorriso animado e com pitadas de malícia me fizeram a quase derreter por ali, previsível quem os teria o mandado. Ao seu lado, estavam Tom, Gustav e Georg, que a cada segundo, faziam sinais positivos com suas mãos. Minha real intuição, era revirar os olhos para eles, pela brincadeira, invés disso, continuei com minha função negando a vontade.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora