BILL KAULITZ
Os ponteiros do relógio, escolheram não esperar a renovação de minhas energias já que, o resto da madrugada, e a rápida porção do dia, passaram em uma velocidade que eu não pude compreender.
A moradia que nunca esteve em real ordem, parecia mais desorganizada diante a nossa longa tentativa de nos prepararmos para o evento que fomos gentilmente convidados.
Atravessei cada um dos corredores bem iluminados do espaço, terminei me perdendo na empolgação ao renovar o penteado dos meus fios, que no momento, estavam realmente extravagantes. Os alemães que participam frequentemente da minha vida, não paravam de notificar a minha demora nem por um segundo se quer.
- Que bom que eu te achei. - Me escorando nas laterais da porta, suspirei aliviado ao finalmente encarar o rosto familiar. - Onde estava? Porra eu te procurei embaixo da cama do Tom! Pense como me arrisquei. - Tornando as páginas comprimidas, Rebecca posicionava um dos livros da saga: Harry Potter.
- Por que eu estaria embaixo da cama do Tom? - Confusa, a brasileira acompanhava minha aproximação ainda oculta.
- Já encontramos uma garota embaixo da cama dele... Ele queria a esconder de mim. Mas ela ficou presa e começou a gritar. - Era uma coisa esquisita no momento, mas tornou-se motivo de risadas. - Tom não consegue ficar sem nenhuma mulher por muito tempo, principalmente em turnês muito longas. - Relembro, já que havia uma grande possibilidade do conhecimento do fato.
- Por que isso é estranhamente uma coisa que Tom faria? - Impugnava ela, enquanto franzia seu cenho. - Bem que ele fez não é?! - Mais vozes reclamonas foram claramente chamativas. Eu estava sendo obrigado a me apressar.
- Pode me ajudar? - Questiono as possibilidades de resposta, como sempre, Rebecca é imprevisível.
- Depende do que vai me pedir. O que é? - Pelo menos, isso não é um "Não".
- Eu faço minha própria maquiagem a tanto tempo, mas hoje... Caralho, esse porra de sombra filha da puta, não esta dando certo! Eu estou ficando cego. - Entrego o produto da marca que mais me agrada a Rebecca, que analisava a embalagem sutíl. - Tem milhões de pedaços de algodões no meu banheiro, de tanto que eu já recoloquei essa porra.
- Minha terapia grátis é ver você bravo, é engraçado. - Balbuciava ela. - Mas tudo bem, eu solto um palavrão a cada cinco palavras e costumo agir dessa maneira o tempo inteiro, então... - Suas mãos que antes quietas, acompanhavam o movimento rápido dos seus ombros. - Como eu participo em seu surto atual? - Pergunta-me a garota.
- Pode fazer a minha sombra? Só isso eu juro. - Meus olhos estavam avermelhados pelas tentativas, e eu não estava satisfeito com a ideia de errar novamente. - Por favor becca. Eu te dou dez euros.
- Eu não quero a porra de dez euros. - Reclamava a ondulada, desmistificando a minha teoria. - Eu ainda não te ajudei por que eu não quero, eu não sei maquiar não. Principalmente com sombra preta. - Explicava ela.
- Prefiro que fique esquisito feito por você, do que feito por Tom, Gustav ou Georg. - Dá última vez que eu pedi isso isso, eu estava próximo a semelhança a uma pessoa que passou dias sem dormir.
Suas mãos macios foram levadas aos meus dois ombros, me guiando a sua cama. Segurando levemente minha mandíbula, Rebecca começou a dar pequenas pinceladas em uma das minhas pálpebras. Mesmo sentado, havia uma diferença de altura entre nossos corpos. O espaçamento entre a cama e o chão, onde ela estava, me deixavam ainda mais alto.
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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.
FanfictionA carioca não foi presenteada com a sorte da família perfeita. Perguntava-se se ao menos poderia chamar aquilo de família. Explorando seu mar de azar, a garota é despedida do seu serviço, e se encontra obrigada, a encontrar outro. Só não imaginava q...