REBECCA MARQUÊS
Como havia dito, ontem eu prolonguei minha estadia na casa dos garotos. Eu tentei trabalhar no momento da minha carga-horária. Mas Simone, insistia em dizer que não era necessário eu exercer minha função naquele dia. Então, diante as minhas negações, ela sentou-se ao meu lado, e perguntava diversas coisas enquanto eu respondia os e-mails.
Foi curioso, havia algum tempo que alguém esteve interessado em descobrir coisas sobre mim. Na verdade, as únicas pessoas que queriam em algum momento saber da minha vida, eram os curiosos de meu bairro.
Ela disse que amou me conhecer e pediu para manter contato. Percebi que algumas vezes, os gêmeos ficaram enciumados com a maneira que ela me tratava. Não no sentido de que ela deveria me deixar de lado, mas provavelmente queriam um pouco da atenção para eles também.
- Porra! Que susto do caralho. - Eu estava concentrada em um dos meus livros, até que fui capaz de sentir as mãos geladas de Bill nos meus dois ombros. Intrometido, ele sentou-se ao meu lado, quase me impurrando para caber ali.
- O que está fazendo? - O olhei seriamente, enquanto ele parecia de fato curioso.
- Lendo Kaulitz, estou lendo. E você não acredita! Eu quero entendê-lo, e você perto de mim me impossibilita de cumprir com isso.
- Quer dizer que sou tão surpreendentemente encantador que até a garota que é hater de qualquer homem se desconcentra? - Ele tinha um sorriso ladino em seus lábios, enquanto não tirava os olhos de mim.
- Até parece Kaulitz. Se enxerga emo, eu não fico desconcentrada, eu fico incomodada, é diferente.
- E eu fico feliz com sua presença depois da sua tentativa de roubar a minha mãe? Ela só faltava te guardar em um potinho, de tantos adjetivos que ela te deu. - Ele tinha a mesma cara de ciúme daquele dia.
- Não posso fazer muita coisa se a sua mãe gosta de mim. No mínimo, você precisa compreender que ela me disse que entre você e o Tom, eu sou a que ela mais gosta. - Obviamente ela não havia dito isso, só era bom ver a decepção em seu rosto.
- Há, eu havia esquecido de pedir isso desde quando começou a trabalhar lá. - Eu estava curiosa, eu tinha certeza que minha ficha estava completa. - Pode me passar seu número? Posso precisar falar com você qualquer dia, eu juro que não mando tantas mensagens assim. - Revirei os olhos, voltando ao que fazia. - Você é difícil para um caralho, puta que pariu. - A frase pode ter soado grossa, ou até mesmo estressada. Mas não, ele ria enquanto a pronunciava.
Escutei o alarme praticamente estremecer meus ouvidos, guardei o livro que antes eu tentava ler. Não havia tempo para despedidas, olhei rápida para Bill, que também se despediu da mesma forma.
BILL KAULITZ
Vi a silhueta da garota ir se afastando aos poucos. O lugar que antes estava, tinha um pequeno papel. Quase a chamei, talvez fosse algo relacionado a escola, que ela precisasse. Mas a curiosidade me consumia, eu iria entregar para ela. Mas, depois que eu lesse.
" Eu sabia que iria ler antes que me entregasse. Sua mãe me disse que é curioso desde criança.
+4969359376.
Lembre-se que eu posso desligar quando quiser.Ass: Rebecca. "
Me peguei sorrindo pelo seu bilhete. Era curioso ela ser assim, sempre estava com uma resposta na cabeça. E em que momento do caralho ela escreveu isso?
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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.
FanfictionA carioca não foi presenteada com a sorte da família perfeita. Perguntava-se se ao menos poderia chamar aquilo de família. Explorando seu mar de azar, a garota é despedida do seu serviço, e se encontra obrigada, a encontrar outro. Só não imaginava q...