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REBECCA MARQUÊS

Sem sombra de dúvida, isso é uma péssima dupla para mim. Estar em meu período menstrual, já era algo tão desconfortável, e junto a quatro garotos que, em muitos momentos, eram meticulosamente massantes... Tudo parecia se tornar pior a cada milésimo, segundo e minuto.

No momento, estou sozinha dentro do quarto do hotel no qual Gustav disse que eu poderia ficar. Confesso que me assustei ao conscientizar-me da quantidade expressiva de vezes na qual eles mudam de hotel, isso tudo em apenas uma semana. Mas, tudo bem. Eles sempre deixam um bem mais confortável do que o meu quarto de verdade. No entanto, ontem pela noite, me avisaram que passaríamos um tempo em um apartamento. Fariam uma série de shows em Berlim, e seria mais viável ter um lugar fixo.


Escuto passos repetitivos aproximando-se da minha localização atual. Acredito ser Bill, ou até mesmo Georg. Cada um deles, emitem um som específico em seus passos, e eu tenho aprendido isso. O que foi? Nem eu sei ao certo como aprendi.

- Becca, queremos falar com você. - No início, eu senti um pouco de estranheza ao presencialos me chamarem assim. Remoi em minha mente, a possibilidade em mandá-los parar. Mas, com o tempo, percebi que isso era somente mais um trauma da minha vida. E no momento, estou me forçando a superar e amadurecer.

Posicionei o livro que acompanhava o título de "Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban", em uma das estantes que haviam no espaço. Em segundos, deparei-me com dois deles sentados preocupados no sofá, Tom e Georg. Logo sendo acompanhados por Gustav, que sentou-se também.

- Me digam o motivo da cara de morte que vocês estão. - Me manti de pé, se eu fosse submetida a alguma coisa ruim. Seria mais fácil espancalos daqui. - Fala porra! - Aquilo saiu mais bruto do que eu imaginava, mas foda-se.

- Eu sei que você nos conhece dessa forma a pouco tempo, mas sabe que pode contar isso para nós. - Começava Georg, gaguejando algumas vezes.

- Isso mesmo. - Oscilando seu olhar entre mim, e um objeto aleatório. Tom, estava me deixando cada vez mais ansiosa. - Eu sei que eu te irrito, mas eu vou parar daqui em diante. - Meu sangue já fervia, a falta da rapidez em sua revelação, estava me consumindo.

- Sejam diretos. Ou eu juro, que vou impurrar vocês três da sacada. - Minha aproximação a eles, o deixavam cada vez mais reclinados no sofá. Quase o virando.

- É que vimos um negócio no lixo do banheiro sabe? E não foi nenhum de nós, então só pode ser seu. - Gustav era cuidadoso em suas palavras, o que estava me procurando agora. - Você está com alguma doenç... - Sua explicação foi decepada ao meio, assim que Bill, adentrou o hotel.

- Vamos sair daqui amanhã a tarde, já podem começar a arrumar as coisas. - Seu feitio estava confuso quando teve seus olhos focados a situação, entretanto, logo carregavam insatisfação. Nossa que incrível! Não estou entendendo absolutamente nada. - Vocês não disseram isso a ela não foi? Diz que não.

- Como íamos ser egoístas o suficiente para não perguntar que doença ela tem? - Confessa o gêmeo mais velho, discutindo com Bill.

- Que caralho é esse que vocês estão dizendo? - Pergunto.

- Eles viram um absorvente seu na lixeira, e acham que você está com uma doença que irá lhe matar. - Os olhei surpresa, e um pouco assustada. Como eles podiam ser tão burros?

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora