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BILL KAULITZ

O silêncio era quase prevalente naquele quarto congelante se esquecessemos dos pássaros que nos observavam pela janela. Confesso que a dormência dos olhos queriam me atacar novamente, de novo, e de novo, principalmente pela atração convincente que formamos ali.

Seu desespero foi minucioso, e por extremo, complicado de conter. A escutar perdida pelo que sentia era matante, a garota simplesmente não encontrou a calmaria. Não lembro-me de quantas vezes expressei que tudo estava bem, mesmo que não houvesse adiantado muito.

Seu corpo tornou-se perdido quando adentrei seu imenso apartamento, a única coisa emitida capaz de me levar até ela, eram seus gemidos doloridos e soluços chorosos, ao menos com isso, pude achá-la, e logo te-lá em meus braços.

Não era dos seus maiores prazeres, ter alguém grudado em si, havíamos papeado sobre isso. Mas, Rebecca passou boa parte do tempo lacrimejando sobre meu peito, falando, jorrando, gritando o que tanto lhe feria.

A algumas semanas que não contei, a mais nova contou-me que havia sido diagnosticada com ansiedade depois de passar por outro evento semelhante. Levando em conta o que vivemos, não é tão insano assim.

Lembro-me de passar longas horas ressaltando sua evidente importância.

- Porra! Que horas são? - Previamente, eu estava levemente acordado, não desperto, mas bom ouvinte. Já Rebecca, tinha suspiros baixos de tão presa em seu sono, aparentemente confortável.

- Nada tarde, só são quase seis da noite. - Vi seus olhos levemente arregalados, mas logo se aconhegaram novamente, como se dispensassem seus pensamentos anteriores.

- Perdi três reuniões, e uma sessão de fotos. Acha que vou levar um sermão muito demorado? - A revelação era possível, não existia tanta surpresa ali, o que existia era uma profissional preocupada com seu trabalho.

- Você está melhor, isso que importa. Depois pensamos em Elis, se é que vamos pensar nela. - Continuou, a vi finalmente demostrar seu típico olhar marcante.

- Estou com fome, você está? - Ainda deitada, becca aguçou um bom ponto recorrente em meu estômago.

- Sim, darling. Comi antes de vir para cá. - No mesmo momento em que a frase bordeou seus ouvidos, a morena levantou-se curiosa.

- Por que não comeu algo? Sabe que eu não iria falar nada. - Percebi que sua feição raivosa, e indignada ao mesmo tempo, era certamente um ótimo entretenimento.

- Por quê não é todos os dias que você me deixa dormir junto com você. Eu aproveitei a nada recorrente, oportunidade. - Largando finalmente seu corpo da cama, a atriz, com cautela, observou-se no espelho visível de sua suíte, enquanto fiz questão de analisá-la em seu pijama convincente.

- Vem comer logo, caso contrário, seu irmão fica falando que eu não cuido de você. - Em passos quase lentos, Rebecca deixou-me ainda no quarto, mesmo que, em minutos eu repeti seus exatos atos anteriores. - Prefere essa comida industrializada, ou essa outra comida industrializada de procedência claramente duvidosa. - Disse ela, expondo duas embalagens desconhecidas para mim.

- Ambos tem procedência duvidosa, amor. Vamos preparar algo que provavelmente não nos dará câncer daqui a três anos. - Audacioso, guardei suas propostas no armário, enquanto outras coisas a invadiam a bancada da cozinha.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora