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BILL KAULITZ

Papéis; papeladas; documentos; arquivos; isso não importa. Assinar qualquer coisa com termos burocráticos é terrível. Daqui a um tempo curto que não conto os dias, derreto junto as memórias meus dezesseis anos. Mas, a única coisa que torna essa informação relevante, é ser o motivo das papeladas. Dando a Georg e a Gustav, a responsabilidade (Quase minha tutela), de me acompanhar. Não quero gabar-me ou algo assim, mas eles mesmos admitem que eu sou o mais responsável, ou como me chamam, "Politicamente correto", ou somente, "Sem graça"... Odeio os dois.


Ainda mais, ter tantos pares de olhos curiosos, como fofoqueiras de uma rua sem saída. Em segundos, tinha a real capacidade de deixar-me além de saturado, nervoso. Tenho um bom sentimento ao ser fotografado. Pode parecer egocêntrico, ou egoísta, mas não, não é. Gosto de chamar atenção, ser lisonjeado e coisas assim. Porém, preciso de uma explicação que realmente me convença da necessidade de tirar centenas de fotografias, em um momento que digo tão simples e particular.

- Me chama de pai agora Bill. - Gustav, junto a George, não deixavam a oportunidade perder-se no momento, quando o ação possível era fazer zombarias comigo, e no momento, com Tom também.

- Eu sou bonito, se fosse seu filho, nasceria parecido com um filhote de cruz credo. - Refutei o garoto que todos diziam ser quieto, mas com dias que convivência, modificariam essa teoria.

- Essa eu não deixava passar, muito pesada para mim. - Provocando o baterista que compartilho palco, Georg sabia ser tão irritante quanto ele.

De forma imprevisível, e que não explico bem, não por falta de palavras, mas sim pela euforia que estive vivendo entre os tapas e impurrões nada brutais que retribuimos.

- Últimos dias antes de um período agitado fora, o que acham de uma despedida parcial da Alemanha? - O loiro que sentava-se ao meu lado, com sorriso ladino e vestimenta casual. Contagiando Tom com a ideia festiva.

- Eu escolho desta vez. - Diz Gustav, dando de ombros a todos.

- Mas você escolheu na última vez. - Reclama Tom, deixando com além de palavras, gestos indignados, eu particularmente acho engraçado.

- Não, não fui eu. Foi a becca, Tommy. - Defende-se ele, relevando a ondulada que acredito estar no apartamento nesses momentos.

- Ela não escolheu, sugeriu. Nós fomos, por que concordamos. - Minha resposta foi posta no assunto segundos depois da fala do garoto. Mais involuntário do que eu imaginava, até me assustei com a pressa da frase. - Não a culpem por isso. - Estou perdendo o controle da intensidade da minha voz, na verdade, a sensação que costumo transparecer com ela. Isso saiu mais grosseiro do que eu planejava.

- Podem deixar minha cunhadinha de lado? - Perguntou Tom, de um jeito irônico aos garotos, que riram com a afirmação provocativa. - Meu irmão não gosta que falemos da sua namorada. Não é Bill? - Mais risos que me fizeram revirar os olhos, foram emitidos pelos garotos. Mas, dessa vez, acompanhado de perguntas.

- Enfim Bill, o que você tem com Rebecca? - Questionou Georg curioso, enquanto irritava meu gêmeo, o cutucando no estômago.

- Eu e a Rebecca? Nós dois, é que assim. Eu ainda não.... Olha, falou certo. Bill, e Rebecca. Não Rebecca e os integrantes da banda. - Explico ao garoto, impurrando sua cabeça de leve.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora