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BILL KAULITZ

Acho que carregamos algum tipo de karma diante a nossa última repugnante, entrevista. Se é que posso chamar esse acontecimento dessa forma, talvez "Ironia do destino", seja mais apropriado, e politicamente correto.

Nunca iniciamos qualquer tipo de suspeita de um sentimento negativo pelas Star Card. São uma banda como nós, e na verdade, preferimos ignorar a sua existência. A concorrência existe, e isso é normal. Eu não perderia o meu tempo criando uma rivalidade entre todos nós. E acredito que os garotos também não.

Nenhum de nós foi avisado sobre isso na verdade. Só colidimos com o grupo feminino, e fomos obrigados a aceitar o compartilhamento da entrevista sem ao menos ter o direito de questionar. Lados negativos da fama... Um deles.

Estarei caluniando seriamente ao dizer que elas são garotas insuportáveis ou algo assim. Nos demos bem, e não houve nenhum atrito entre nós, como pessoas. Na verdade, tenho curiosidade de conhecê-las, como um alguém qualquer que aparece na minha vida.

- O último álbum de vocês, "The words of silence", foi um belo exemplo de críticas a sociedade em que vivemos. - Diferentemente da última peculiar apresentadora, essa que perguntava empolgada, era sem sombra de dúvida, mas legal e sociável. - Nós expliquem como vocês conseguem. Porquê, caramba... É incrível! - Não haviam dúvidas sobre isso. Separei um pouco do meu tempo para alimentar meus ouvidos com a música proposta por elas, e com certeza, foi um tempo bastante proveitoso.

- Todas nós nos dedicamos bastante a tudo que é relacionado a banda. Mas, realmente tiramos os melhores de nossos pensamentos... Ideias, em geral, para escrever esse álbum. - Verena era alemã como nós. Porém, era uma moradora atualmente estadunidense. Bom, foi isso que ela acabou de contar.

- Bom... Está claro a pequena diferença entre os estilos de rock tocado pelas bandas. - Nesse momento, meu cérebro suspeitava de algumas possíveis perguntas que a loira poderia fazer. E realmente estive certo em um desses pensamentos. - Realmente não vai acontecer uma interação musical entre vocês. Ou até mesmo uma música em conjunto? Alguns fãs clamam por isso. - Todos nós parecíamos em dúvida diante a resposta de sua pergunta. Era um real sonho de alguns, e não poderíamos negar uma coisa que não temos ideia da probabilidade de acontecer. Vida artística, e especificamente músical, é algo bastante imprevisível.

- Por agora não. - Quebro o silencio constrangedor que se formou com a demora da resposta. Os garotos nao responderiam, estavam focados demais nas integrantes ao lado. - Não temos nenhum tipo de acordo com esse sentido entre as bandas. Isso não depende inteiramente de nós também, então não temos uma resposta concreta para dar aos fãs. Mas, quem sabe um dia. - Soltei um sorriso simpático, junto a risadas satisfeitas. O que deixou a plateia que nos acompanhava afastada, um pouco esperançosa.

- Exatamente isso. Seria um prazer fazer uma participação, ou até mesmo uma música com os garotos. Mas, por agora, estaremos como duas bandas solo. - Era a vez de Susi falar. O que me deixou levemente surpreendido, pensei que ela é Tom estavam tendo um momento de flerte. - Saíram até boatos de que já estamos com um álbum em conjunto pronto, e postaremos daqui a semanas... Não viagem por favor. Pergunto-me de onde vocês tiram esse tipo de ideia. - Temos fãs criativos, somente isso.

- Acredito que a ideia tenha se iniciado depois de um dos últimos shows do Tokio Hotel. - Disse ela, me deixando curioso. - Bill dedicou uma das músicas do álbum a uma garota, e eles cogitaram ser Verena. Já que, ela é cantora e compositora também. - Era uma boa teoria, isso não se pode negar.

- Não... Infelizmente não. Certo Bill? - Oh espera. Verena acabou de flertar comigo? Deve ser algo da minha cabeça. Caralho não é, ela está sorrindo como Tom.

A plateia, soltou murmuros maliciosos. Enquanto eu, claramente estava avermelhando aos poucos.

- Isso sim que é atitude. - A mais velha focava na câmera que a seguia as vezes. Porém, depois de segundos, voltou seu olhar a nós, resgatando a nossa atenção. - Muito, muito obrigada pela participação de vocês. São ícones para o mundo, e merecem ser gratificados por todos. - Ela tinha um sorriso no rosto, e uma música de fundo tocava baixo. - Que eu possa recebê-los mais vezes. Star Card e Tokio Hotel, senhoras e senhores. - Nós levantamos satisfeitos, enquanto uma câmera registrava todos os abraços, e apertos de mão que dávamos entre nós.

...

- O BILL, foi paquerado para toda a rede de televisão alemã. Por essa eu não esperava. - Tom era uma boa companhia... Quando ele queria. E hoje não era um desses dias.

- Por que porra você não respondeu? - Instigava Gustav, se sentando ao meu lado. Por que eu preciso ser o centro de atenção hoje? Eu só queria ficar em paz.

- Porque não iria terminar bem. - Não estou mentindo. Era um dos motivos do meu silêncio, o maior deles eu acho. Um pouco de vergonha também.

- Só não é atacante como eu. - Disse Tom, atirando uma almofada em meu rosto. - Aprende com o pai. - Levantou-se rapidamente do confortável sofá que estávamos. Inflando falsamente seu peitoral, como se fosse o maioral da sala. - Primeiro passo. - Rebecca, estava conosco durante essas semana. Preferi que ela nos acompanhasse, seria mais fácil para ambos lados. E sua concordância, deu continuação a ideia. Realocando, Tom a pegou delicadamente pelo braço, a deixando em sua frente. - Você pega a gatinha, ou chama, depende. Segundo passo, você se aproxima da gatinha e faz rolar um clima entre vocês; terceiro e último passo, voc... - Eu sabia que aquilo não iria até o fim, não com Rebecca.

- Terceiro passo: Você pega o suposto gatinho, e começa deslocando os braços dele, só para ouvi-lo pedir para parar. Depois, quebra a coluna dele. E se não morrer, quebre o seu pescoço. - Eu não sei se amo, ou se me assusto com as respostas que ela sempre parece estar cogitando em fazer.

- Eu juro que dá certo. - Disse meu gêmeo. - Mas a becca é uma gatinha complicada. Mas, dá certo sim. - A garota nos olhou rápida, seguindo em direção ao corredor que mantia os quartos do hotel.

- Vamos ver um filme não quer ver? - Pergunto a ondulada, que nega com a cabeça. Ela estava sei lá... Com uma feição diferente. Não ruim, mas diferente. - Está tudo bem becca?

- Tudo uma porra como sempre. - Disse simplória, movimento seus ombros. - Então normal, não é?

- Se você diz... - Não posso questionar tudo o que ela faz, ou fala. Não devo fazer isso, não tenho esse direito. A vi sair de minhas vistas, e voltei a minha atenção a TV.

- Por que vocês são assim? - Questiona Georg.

- Somos normais. - Presumi que hoje, não será o dia que verei esse filme. Mas sim, responderei um questionário familiar.

- Vai se fuder Bill. Normal... Sei esse normal. - Mesmo que isso tenho sido dito por Georg. Todos continuaram com esse tópico insuportável, pelo resto da noite.

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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora