BILL KAULITZ
O clima gélido do quarto, junto a confortável cama que a garota tinha o direito de dormir todas as noites, estavam cada vez mais, me deixando levemente sonolento. Admito que descansei algumas vezes, mesmo com a falatória de Rebecca.
Passar a madrugada intacto não é uma tarefa que me dificulte. Mas, eu estive em pé por horas, e me esforcei bastante no show feito a horas atrás. Não tive tempo antes, estarmos respondendo e-mails durante esse horário não foi falta de responsabilidade da ondulada. Mas sim minha, que insisti para isso acontecer nesse horário.
- Esse aqui está perguntando qual o modelo de carro que vocês querem para personalizar. - Sua fala acontecia de forma cortada em meu consciente, mas tenho certeza que ela falou claramente. - Vocês vão personalizar um carro? Que foda. - Mesmo que minhas costas roçassem contra a cabeceira da cama da garota, era uma posição tão confortável. - Porra Kaulitz, acorda emo. - Alguns toques foram deixados em meu ombro descoberto, me obrigando a despertar.
- Não me chama de emo filha da puta. - Um olhar mortal foi entregue para mim, sem nenhuma cerimônia se quer.
Não, eu não me ofendo nenhum pouco ao ser chamado de "Emo", só queria xingala. Não necessita a estranheza, ela me xinga a todo o momento e eu permaneço com o silêncio, ou com respostas que a fazem não ter mais o que falar. Trate a arrogância com gentileza, assim, ficaram seu palta para dizer absolutamente, nada.
- Bill Kaulitz, o emo cabeludo do Tokio Hotel. - Largando o notebook em um canto insignificante da cama, Rebecca fazia questão de me encarar sínica. Expressão comum depois de um tempo em seu convívio. - Caralho isso doeu. - Com uma de suas mãos a cabeça, a brasileira reclamava insatisfeita, após eu capturar uma almofada macia da cama, e de forma certeira, ter atirado na região acariciada.
- Você é forte, por favor não pega pesado. - Diferente de mim, a mais nova me atingiu com uma das almofadas que ela dormia. Que triplicava o tamanho da que eu peguei.
Sem nenhum início previamente dito. Como duas crianças que nunca tiveram a mais confortável infância do mundo, começamos uma intensa discussão com a utilização de objetos macios. Acredito que os garotos estavam provavelmente escutando, e receio a possível interpretação deles. No entanto, a única coisa que me preocupa no momento é Rebecca está quase me sufocando com uma almofada.
- Vai devagar becca, por favor! - Segurei a cintura da garota, dando leves apertos ali mesmo.
Assim que fui permitido novamente para respirar, notei a situação peculiar em que estávamos. A acastanhada estava literalmente, em cima de mim. Seus joelhos cobertos pela calça de moletom macia, se atritavam com a cama, enquanto seu quadril estava descansado em mim. Me sinto péssimo pelos pensamentos impróprios que minha mente insiste em fazer, mesmo que isso seja errado.
Eu acho.
- Acho que você realmente tem sadismo- Saindo da posição, Rebecca tinha suas bochechas semelhantes a cor de maçãs em sua época de colheita, mesmo que, sua pele bronzeada, impedisse a aparição por completo. - Quase me matou, sem brincadeira.
- Foi mal. - Resgatando o notebook prateado, a vi se envergonhar. Foi curioso vê-la assim, sempre tenta bancar a braba que não sente nada, além de rancor.
- Não se preocupe becca, isso não vai sair daqui. Não vou contar aos garotos, tem minha palavra. - Revirando seus olhos, eu estava consciente que esse era o maior problema para ela.
- Só sobraram alguns e-mails, podemos deixar para depois? - Confirmei breve, a acompanhando guardar seu utensílio trabalhista. - Acho que eu vou falar com meu pai. - Disse séria, nenhuma expressão era prevalente ali.
- Isso é algo bom... Digo, é algo bom? - Não posso afirmar nada, sou desconhecido do motivo de seu interesse repentino.
- Sim e não, depende do contexto. - Ligando um de suas luminárias, becca perambulava pelo quarto. - Ele me odeia, e de forma nada surpreendente, isso é recíproco. Mas, no fundo eu preciso falar algo. Faz parte da natureza humana eu acho. - Arrumando algumas peças atoas, becca mesclava seu olhar
- Não, não é isso. - O fim do período na cama confortável havia chego para mim. - A questão é que você não o odeia, e ele provavelmente, também não. - Sim, isso é uma fato. Não precisa de muito para perceber.
- Eu sei do que eu sinto Kaulitz, e não, isso não é amor. - Disse ela. - Quer saber Kaulitz? Já ficou aqui tempo demais. Até amanhã, boa madrugada. - Me arrastando para fora do quarto, a garota estava ficando raivosa. E novamente, comprovo a teoria de que para fazer perder as estruturas, é só usar gentileza.
- E o beijo de boa noite becca? - Pergunto debochado. Estou me arriscando bastante hoje, talvez eu acabei com a cota do mês inteiro.
- Vai se fuder Bill. - Foi a última coisa que eu escutei ser dita pela garota naquele dia. A porta não foi fechada brutalmente, somente pelo fato de que ela não é dona disso. Mas, por mim, tanto faz.
Rebecca é especial, e não estou falando em um sentido carinhoso ou algo assim. Suas características de personalidade são comuns, mas vieram de um lugar diferente. Tem um sentido diferente, coisa que eu estou me empolgando para descobrir... É interessante. Gosto de pessoas complicadas, elas exigem tempo, é isso bom... Ou seja estranho. Quem sabe?
Era tarde, ou cedo não sei. Meu quarto claramente inferior ao da garota, estava aos poucos, sendo produzido e decorado por mim. Me fazendo defini-lo como meu oficialmente. O notebook ao lado, tinha algumas mensagens. O que terminou, aguçando meu forte lado curioso.
" Eae Bill? Então, eu vou lhe mandar mais especificamente, a localização da festa. Não só eu, mas todas as meninas querem a presença de vocês. Digamos que vocês são curiosos, e gostamos de enigmas. São bem-vindos aqui no apartamento, tudo bem?
Principalmente você Kaulitz. Seu irmão é bonito eu sei, mas você... Porra, sua mãe estava inspirada.
Ass: Star Card, mas principalmente, Verena. "
Saber que Verena flerta comigo em todos os momentos é cansativo, mas de certa forma, alimenta o meu ego. Ela é uma garota linda, por completo, sem nenhuma exceção. Gosto de pessoas seguras de si, que defendem uma ideia e vão até o fim por elas. Se Verena começar esse jogo, não vejo nada para me impedir de jogar.
Eu estou solteiro porra.
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A hora... Me perdoem.
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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.
FanfictionA carioca não foi presenteada com a sorte da família perfeita. Perguntava-se se ao menos poderia chamar aquilo de família. Explorando seu mar de azar, a garota é despedida do seu serviço, e se encontra obrigada, a encontrar outro. Só não imaginava q...