BILL KAULITZ
Minhas mãos roçavam contra o corpo curvado da garota, o atrito esquentava a região tocada por mim. Percebi que te-lá desnuda por cima de meus quadris é milhões de vezes mais proveitoso do que vestida.
Estivemos possuídos pela luxúria, e confesso que gosto de cometer esse pecado. Rebecca tornou-se mais que um alguém qualquer, converteu-se a um dos meus maiores desejos, sendo eles inúmeros.
Perco as contas de quantas vezes meus pensamentos a tiveram como protagonista, mesmo que eu tenha coisas que rotulam mais relevantes. Mas, diferente disso, a ondulada me deixou-me perdido de tanto prazer, em todas as áreas imagináveis.
Não digo que sou desconhecido sobre isso, mas não mergulho em muitas relações sexuais. Somente duas, ou três. No entanto, nossos nomes brigavam sem pausa, as vezes mais baixos, as vezes mais baixos. Mas, independente de sua intensidade, jorravam o prazer estridente que sentíamos.
Rebecca não mudou no ato, agressiva, bruta, e fazia questão de assegurar que eu ouvia seus xingamentos sem intervalos. Parecíamos sedentos por sangue, ou até mesmo por uma joia preciosa, mas na verdade, aquilo nos levou a algo bem mais interessante. Algo que antes não pude experimentar, não me prolonguei o suficiente para alcançar o nível desse jogo próprio.
Senti todo o seu corpo, seu gosto e habilidades também. Beijei todas as áreas da escultura que diz ser corpo, até que se tornassem escassas. Comprovei a teoria de que a garota é realmente sádica, e a fiz explorar o seu fetiche. Coxas avermelhadas, junto a suas nádegas também... Porra, elas encaixam tão perfeitamente em minhas mãos, que pareciam feitas para ser apalpadas por mim o tempo inteiro. A vagaresa ao te-lá dentro de mim, não a agradou. O ritmo foi acelerado, como uma festa de música eletrônica, que eu simplesmente aproveitei a noite inteira.
Não tinha a possibilidade de não ser, fizemos isso outras vezes. Em outros lugares é claro.
- Fique com minhas luvas, realmente não sei onde as atirou. - Disse a garota, com leves gotas de água por seu corpo bronzeado. - Não tenho tempo para procurá-las. - O cheiro de seus produtos de banho, me faziam querer senti-la novamente, mas duvido que permita-me agora. - Eu preciso ir agora, até... Mais Kaulitz. - Segurou em seus mãos o presente dado por mim, enquanto me espancava com seu sorriso simpático.
- Sei que tem suas malas, eu vou ajudar a levá-las até a porta. - Me retirei dos lençóis que carregaram nossa vontade. Senti a brisa colidir com meu peitoral ainda nu, mesmo que estivesse coberto por baixo.
As malas branquelas foram dadas à mim, enquanto eu as arrastava sobre os corredores. Mesmo que sem o apito inicial, estávamos em uma corrida lenta, onde ambos sabíamos que havíamos perdido. Sem mesmo saber nossa colocação. Tudo parecia tão... Injusto para mim.
- Vou de elevador, posso levar sozinha. - Balbuciava ela. - Provavelmente vai causar tumulto se for. - Com os dentes cobertos pela boca, a brasileira em minha frente deu três tapas leves no meu ombro. - Sou péssima quando o assunto são despedidas, não tive muitas oportunidades de fazê-las.
- Podemos não se despedir então. - Digo.
- Não, melhor não. - Largou suas mãos da mala que segurava, para melhor debater comigo. - Vamos ser realistas, vivemos em realidades diferentes. Não vai para um estado ou cidade diferente, nem sequer é um país. Outro continente é longe demais Kaulitz.
- Porquê é tão egoísta quando quer? - Vi seu cenho franzir, enquanto seu olhar era confuso. - Por que parece não querer sentir nada? Já compreendi que realmente não consegue controlar, mas tenta. Só um pouco, mas tenta.
- Meu egoísmo não adentra eu ir embora, não tem nada haver. - Seus ombros se moviam para cima e para baixo, evidenciando sua indignação.
- Literalmente, tudo o que você faz vem diante aos seus defeitos. - No momento, eu realmente estive satisfeito em falar aquilo. Foi... Libertador, nas dolorido.
- Não é perfeito também, só não preciso relevar seus defeitos por que não é necessário, mas vejo que pensa diferente. - A tristeza agora invadia outra área. Um espaço vazio, disfarçado por sua beleza, mas repleto de dinamites fervorosas para explodir.
- Talvez seja necessário para você. - Tudo que eu anotei mentalmente para hoje, não tinha essas palavras anotadas.
- Você está dessa maneira por que estou sendo realista? - Sua voz era firme como um grave, sem alterações. Mas, firme.
- Não. Gosto da realidade, mas quando eu posso modificá-la, eu faço isso. - Refuto a garota.
- E o que você acha que eu posso fazer Kaulitz? Impedir que vocês se mudem para outro lugar? Porra, compreende que não tem como. Se tivesse, você acha que eu não tentaria? Eu gosto de você para um caralho.
- Gosta mesmo? - Meu peito doía, como uma ferida sendo explorada. E cada palavra solta por mim, me fazia senti-la ainda mais.
- Por que dúvida?
A falta de reposta foi péssima. Mas, talvez se prolonga-se o dito, tudo ficaria ainda pior. Seus olhos reviravam apressados, enquanto encarava-me de cima.
- Que seja retribuído por tudo que me possibilitou. Eu aprendi a gostar de vocês, como eu nunca havia feito. Saí do meu mundo que só existia eu, e Henry. Mas, enfim... Adeus Kaulitz. Boa carreira. - Não pude respondê-la por sua pressa ao sair, mas também, eu não iria fazer isso se continuasse em minha frente.
...
Ainda escuto seus passos apressados para fora do apartamento, as últimas palavras. E a grande incógnita que terminei deixando naquela noite, que iniciou-se como uma fogueira potente, e terminou fria, como as noites de inverno. Lembro-me de não conseguir dormir, me revirei de um lado para o outro. Além dos pensamentos mostruosos que me assombravam, o cheiro da garota se impregnou em meus lençóis.
- Olha Tom, seu irmão está brizando na Rebecca novamente. - Gustav apontava para mim, enquanto ria, junto a Gustav. Os garotos não foram impedidos de ter conhecimento sobre o assunto, não todo ele, mas uma bela parcela. Não tenho dúvida sobre o erro disso, não pararam de tirar sarro de mim nem um só dia.
- É sério isso big Bill? - Tom, cansado do assunto trazido como uma onda do mar em dias agitados, revirava os olhos para mim.
- Isso atrapalha vocês em alguma coisa?- Algumas almofadas foram atiradas em mim por todos eles. Bufei raivoso, isso me irritava. Esse assunto era cansativo, e prefiro me cansar sozinho.
- Supera Bill, faz seis meses. - Disse Tom, balançando-me por trás.
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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.
FanfictionA carioca não foi presenteada com a sorte da família perfeita. Perguntava-se se ao menos poderia chamar aquilo de família. Explorando seu mar de azar, a garota é despedida do seu serviço, e se encontra obrigada, a encontrar outro. Só não imaginava q...