02⁸

495 63 57
                                    

REBECCA MARQUÊS

Não houve meio de comunicação juvenil que não citasse como maior tópico, o beijo de Verena é Bill. As manchetes repetitivas, eram semelhantes às que foram divulgadas à meses, quando eu era a protagonista oculta, eles não tem criatividade. Fotos, relatos de pessoas partiticipantes do evento, faziam parte de toda a trama que rodeava aquilo. Vi os rostos masculinos, muitas horas depois de suas saídas. Não recordo quantas vezes fui para um lado e para o outro ao estar sozinha por esse longo período.


Quero me atirar do mais alto penhasco que existe nesse planeta arrogante. Tornei-me solitária ao longo o da vida, mas hoje, por algum motivo incuberto por mim, costumo sentir falta das implicações e brigas frequentes. Isso alimenta meu sentido humorístico, e me tira de más sensações. Por isso que eu insisto negar a mim mesma. Como ressaltado antes, tenho medo de coisas, e como elas podem me tirar da minha área de desconforto, mesmo que isso seja o melhor para mim.

Na verdade, esses últimos tempos, costumam me colocar em um labirinto, desconhecendo a minha entrada, e me rodeando da dúvida frequente: Eu vou sair?

- Oh Becca, você está bem? Está olhando para um ponto fixo a uns cinco minutos! - Cutucando meu ombro esquerdo, Gustav me olhava com seus sobrancelhas conjuntas, deixando claro sua dúvida sobre meu comportamento atual.

- Eu estou bem, ou só não posso esmurrar um de vocês. - Fiz meu típico olhar ameaçador, que na verdade não se passa de mecanismo de defesa acessível para mim. Seu efeito funciona com alguns, outros se acostumaram com ele. - Eu estou brincando, só estou com alguns pensamentos idiotas. - Sorri sem mostrar os dentes, meu único objetivo era mudar sua opinião sobre mim, e isso funcionaria.

- Somos pessoas de personalidade duvidosa? Sim, nós somos. - Aglutinando seus goles de refrigerante, junto a sua fala. O baterista levantava do confortável sofá preto, salientando sua fala prévia. - Mas estamos dispostos em escutar seus pensamentos idiotas, e tentar resolvê-los, mesmo que obviamente não tenhamos capacidade disso. - Juntando seus dedos a palma de sua mão, o garoto iniciou a tentativa de retribuição do que rotulamos como: Soco.

Depois de segundos de espera, a possível ideia de que eu não iria corresponder a ação, invadiu sua mente. Já que, seus ombros relaxaram, e sua expressão mudou, além de sua mão, que abaixou de nível. Sorri rápida, enquanto atritei a região macia de nossas mãos. Finalmente, trazendo satisfação a ele.

O aparelho que estava guardado em um dos meus bolsos, insistiu em vibrar em uma quantidade de vezes suficiente para me fazer conferir o recado.

" Sophie Catherine Marquês; depressão severa, desenvolvendo problemas psicológicos durante o processo. Paciente grave, sem hipótese de recuperação.

Espaço não consciente de seus contatos familiares. Sua entrada foi anônima, assim como o paradeiro de alguns do seus documentos. "

- Que porra, de novo isso? - A angústia tomou meus pensamentos prevalentes. A quase um mês, uma mensagem desse tipo havia chego para mim, mas ignorá-la foi a coisa mais cabível que eu encontrei naquele momento, mesmo que a suspeita seja uma palta frequente em relação a isso. - Quem está mandando isso? Que pessoa filha da puta. - O desconforto, brevemente tornou-se raiva.

Levantei-me agressiva, meu plano era surtar, e o local mais apropriado, seria o meu quarto.

Me atirei na cama macia que me atrevo a dormir todos os dias, minha mente formulava possíveis cenários nas quais receber uma mensagem desse tipo, poderia se encaixar. No entanto, confesso que posso ter exagerado.

- Você deixou essa fonte de conhecimento nerd na sala. - Tom, sem nenhum sinal de alerta entrou em meu cafofo.

- Bate na porta Tom, ou eu vou bater ela na sua cabeça. - Atrevido, o de dreads deitou-se esparramado, assim como eu, na cama convidativa.

- Por que sempre está estressada? - Pergunta-me ele. Senti seu cheiro cítrico se espalhar pelo ambiente decorado, e se impriginar em meus lençóis. Vi alguns quadros desalinhados, estragando a harmonia dos outros.

- Não estou sempre estressada, as coisas que são estressantes o tempo inteiro. - Encarei o guitarrista que se colocava sentado no lugar.

- Posso te relaxar se quiser. - Um sorriso malicioso foi imposto em seus lábios. Com a língua, o garoto movia seu piercing labial para frente e para trás, me convidando com seu olhar.

- Onde está seu irmão? - Vendo todo seu encanto ser finalizado, toda a pressão que ele criava em torno de si mesmo.

- Acabaram os sprays de cabelo dele. Então a vida dele está dependendo disso, e ele não quer morrer. - Explica o garoto aproximando-se de mim, enquanto explorava os itens da minha bancada. - Eu aproveitei a festa mais que ele, mas aquele besta terminou melhor que eu.

- Soube que ficou com Janine, ela é linda. Qual o problema? - Não foi somente o pegação de Bill com Verena que tornou-se repercutido.

- Por que ontem mesmo eu descobri que ela namorava, e a três meses. - Malinando meus utensílios de cabelo, e os testando, Tom realmente parecia chateado. - E tipo, eu estou me fudendo para ela namorar. Fui o motivo de separações de várias garotas. Mas Janine começou a fazer sexo com namorado dela na minha frente. - Mesmo com a palta ácida, sua indignação, era motivo de riso. - Porra, olha a consideração caralho! - Finalmente colocando a presilha em seus cabelos, o gêmeo ainda estava vazio internamente.

- É, seu irmão aproveitou mais que você... Mesmo. - Dou de ombros, minha voz, que antes sem alterações, carregava um pouco de... Chateação? Decepção? Confusão? Não sei! Mas não era igual.

- Verena tem atitude, em poucos minutos eles já estavam se pegando no meio de todos. Pensei que Bill ficaria com vergonha, mas não... Meu irmão mudou. Ou só está aprendendo comigo. - Dando de ombros, o acastanhado encheu o peito de orgulho.

- Estou pouco me importando pelas coisas que o seu irmão faz. Podemos falar de outra coisa? Qualquer coisa que não seja ele? - Percebi a mudança repentina de intensidade da minha voz, mesmo sem intenção. - Essa é a minha presilha favorita, pode tirar? - O encurralando, Tom desviava seus cabelos incomuns das mãos que tentavam retirar o item.

Chegamos em um ponto que Tom foi precionado contra a parede. Com mãos experientes, ele retirou a decoração de seus cabelos, posicionando em minha franja rebelde. Escutei a voz de Bill colocada na casa provisória, e cada vez mais se aproximava de onde estávamos. Tom, com a mesma feição anterior, estava pronto para começar o que pensava.

Mesmo com a sua intenção de início, quem começou fui eu. Como eu imaginava, Tom beijava de forma feroz e bruta. Suas mãos, que hora estavam em minha nuca, e horas estavam em minha cintura, pareciam gostar dos movimentos. Não houve medo de sua parte no início, e nem se fala do fim. Seu piercing, em contato com algumas regiões, terminavam consequentemente, me causando arrepios.

- Depois eu volto. - Bill nos encarava levemente assustado, o seu estado corporal era tensioso, sei disso por que já o vi assim antes.

Mas, eu estou solteira porra.

__END__

Agora me matam

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Agora me matam.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora