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BILL KAULITZ

Como três seres humanos poderiam ser tão irritantes assim? Tudo bem, em certos momentos, eu tinha essa característica tanto quanto eles. Mas, esses brutamontes pareciam carregar isso o tempo inteiro. O que eu realmente odiava.

- Para porra. Eu preciso terminar essa merda. - Gustav fazia questão de tocar sons desconcertados na bateria. Atrapalhando minha tentativa de enviar um simples e-mail, fazendo com que meus ouvidos praticamente sangrassem pela falta de ritmo.

- Por que está tão concentrado? Deixe eu ver. - O gêmeo feio, no caso meu irmão. Arrancou o notebook de minhas mãos, me impossibilitando de finalizar o que a minutos eu tentava fazer.

- Eu não quero ir nessa entrevista Bill, não gosto dessa entrevistadora. - Lendo cada uma das palavras escritas por mim, Tom me olhava com negação. - Você vai cancelar não é? - Eu iria pegar o aparelho, já que Tom estava quase me entregando. Mas, era a vez de Georg vir me perturbar.

- Por que não quer participar? Já sei. Ela negou uns beijinhos seus não é Tomtom? - Tom soltava fumaça pelas narinas. Enquanto justificava seu pensamento que todos ali, já sabiam que era verdade. Meu irmão não aceita muito bem ser rejeitado.

- A pergunta é quem não negaria uns beijos do Tom! Se alguma garota conviver mais de vinte quatro horas com ele... O encanto vai todo embora. - Gustav ria como se nunca tivesse feito aquilo antes, Georg foi contaminado com aquilo. Enquanto Tom os observava raivoso.

- Nossa, vocês são perfeitos! Tem tantas garotas querendo ficar com vocês né? - Irônico, eles estavam começando uma discussão. Enquanto eu já estava surtando internamente.

- Parem com isso, ninguém está se lixando para a quantidade de garotas que cada um de nós pegamos. - Com o tempo, percebi que minha altura não os intimida. Já que, esses idiotas nunca me ouviam.

- Cala boca Bill. Fala isso por que pegou o que? Dez garotas desde quando deu seu primeiro beijo? - Tom é o azar que nasceu junto a mim. Penso muitas vezes se é certo contar coisas constrangedoras sobre mim para ele, sempre termina assim.

- Faz isso por que? Tem gente que daria a vida para beijar você. - Georg ignorou a briga anterior, assim como Gustav. Agora eu tinha três fofoqueiros para lidar. - Lembra quando uma garota foi na mala da Van só para te ver? Tudo isso por um emo. - Eu não tenho amigos, eu tenho haters disfarçados.

- Porra vocês três, sabe quantos e-mails eu tenho para responder? Claro que não sabem... Pois eu digo. Trinta e sete, trinta e sete e-mails em que cada um contém mil palavras, e nenhum de vocês me ajuda a responder. Então Georg, devolve esse caralho desse notebook para mim, e calem a boca de vocês por um minuto. - Dificilmente se calavam depois de um sermão meu, costumavam pedir para que Tom começasse uma "Lutinha" comigo por sermos irmãos. Mas, dessa vez, eles absorveram meu pedido. Confesso que desconfio de suas reações, conheço esses pestes.

Já dentro do meu quarto, percebo o quão atolado entre mensagens eu estou. Elas eram todas de trabalho, o que me obrigava a respondê-las, mesmo que me enjoasse olhar para cada frase escrita pela mídia. Lembro-me que um dos meus acessores havia me sugerido a contratação de alguém, para que fizesse esse trabalho para mim. Inicialmente neguei, mas vendo minha confusão, eu irei cogitar o assunto.

Tudo estava tão silêncio, coisa que literalmente nunca era executado por nós. Abri minha porta e me deparei somente com o vazio e a leve escuridão. Acredito que eles tenham saído para se livrarem de mim, fizeram bem. Já era quase noite, fui fazer o que já era minha rotina, eu sempre fechava as janelas por que a Alemanha faz um pouco de frio. Mas, previsivelmente os garotos ainda estavam raivosos pelo meu sermão. Fui atingido por um balão de água assim que meu rosto tornou-se visível na área.

- Filhos da puta, eu lavei meu cabelo hoje. - Eu lamentava a destruição do meu penteado, que tanto demorava para ficar pronto. Enquanto os garotos, riam de forma profunda e contínua.

- Estávamos te esperando Bill, sobraram alguns balões aqui. Vamos nos divertir. - Tom com um sorriso convidativo, foi capaz de me convencer a me vingar deles, e até mesmo sentir um pouco de diversão. Quando a porta foi aberta por mim, vários balões se colidiram com o meu corpo.

- Eu espero que isso seja água da torneira, que vocês pegaram limpa. - Limpando meu rosto, e carregando alguns balões, eu tentava os acertar.

- Eu peguei daquela água que os ratos mijam, só para ver vocês com leptospirose. - Mentindo, Gustav apontava para uma pequena poça na frente da casa.

Passamos horas ali, como quatro crianças inquietas que não podiam passar uma hora sem aprontar. A única coisa que ainda me desfocava era a ideia da resposta dos e-mails, mas logo jogavam um balão em mim, as tirando da minha cheia mente.

...

Haviam se passado algumas horas desde que todos nós já havíamos saciado a vontade da baderna. Agora, estavam somente eu e a praga da minha vida, Tom Kaulitz. Conversávamos sobre tudo, e sobre todos, como costumamos fazer. Ele é um bom irmão, chato; insuportável; praticamente só me trás problemas o tempo inteiro, mas também é a única pessoa que sempre está comigo, independente do que estivermos vivendo.

- Eu fiquei com medo. Um soco dela me desmaiava, e eu não estou brincando. - Contando suas experiências com garotas possessivas, eu não conseguia ficar um minuto sem rir.

- Tom, acho que preciso contratar um segurança para te acompanhar todas as horas do dia. - Se aproximando, Tom se esparramava em minha cama. Mas seus olhos foram ligados a outra coisa.

- Quando vai entregar isso a ela? - Com o caderno nas mãos, o mais velho parecia curioso. - Eu até tentei falar com ela, mas aquela garota simplesmente ignorou minha existência. - Indignado, o moreno absorvia a tese de que ele não era o sonho de todas as garotas.

- Ela não curti falar com garotos. - Não entendi o real motivo, haviam rumores sem sentido e nada convincentes, sobre essa sua característica. - Eu tentei falar com ela naquele dia também, mas Jonathan a deixou ainda mais enojada com o gênero masculino. - Ríamos ao lembrar das respostas certeiras que ela tinha, e a cara de desargumentos dele.

- Ela é sei lá... Meio esquisita. - Diferente de mim, Tom não sabia conter seus pensamentos. Mesmo que fossem desnecessários, mas isso tinha um motivo também.

- Não Tom, ela não te achar o maior gostoso do colégio não a faz esquisita, e sim mais normal. - Ele estava inconformado, havia acertado o real embasamento.

- Mas eu sou tão lindo... - Tom Kaulitz praticando sua personalidade egocêntrica.

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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐄𝐗𝐂𝐄𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍 | 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻.Onde histórias criam vida. Descubra agora