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eu precisava ficar nervoso? não mas eu tô nervoso? sim

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eu precisava ficar nervoso? não
mas eu tô nervoso? sim

não sei porque tava tão nervoso só porque ia sair com a Mika, parecia até que nunca havia saído com mulher nenhuma.

Me olhei pela mil e oitossenta vez no espelho para verificar se de fato minha roupa estava boa, era uma camisa e uma bermuda branca e meu boné preto na cabeça.

-- vamos pai, já chega -- Giovanna disse puxando meu braço

-- o que foi filha?

-- o senhor não para de se olhar no espelho, parece que tá doido -- ela disse tão expontaneamente que minha única reação foi dá risada.

-- Obrigada pelo elogio, Giovanna Santos -- falei irônico e deixei um beijo em sua testa

-- de nada, papai -- ela disse rindo e ajeitou seu vestido rodado

-- tá linda meu amor -- falei a abraçando -- parece uma princesa -- ela riu novamente me fazendo abrir um sorriso largo.

-- vamos logo -- ela disse me puxando e me deixei ser levado por ela.

-- calma, que pressa é toda essa?

-- porque não vejo a hora de conversar com a tia Mi. -- ela disse dando pulinhos ainda se segurando em mim e sorrir sincero

-- ah é? e sobre o quê vocês vão conversar?

-- coisa de mulher -- ela disse animada e eu gargalhei quase querendo chorar só de pensar que agora esses serão os novos assuntos que minha filha terá com suas amiguinhas e com as minhas amigas.

-- que coisa de mulher, Giovanna? -- parei de andar e cruzei os braços a encarando sério.

-- não posso te falar, papai.

-- porque não?

-- porque é coisa de mulher, papai, o senhor é homem. -- ela disse dando de ombros -- o senhor não entende nada. -- disse colocando as mãos na cintura

-- quem te disse que eu não entendo nada?

-- porque o senhor é homem -- ela disse apontando o dedo na minha cara me fazendo rir e em seguida ouvir sua risada contagiante

-- mas eu sei mais coisas que muitas mulheres por aí, meu amor -- falei pegando na mão dela e fechando a porta de casa.

-- ah pai, tanto faz -- ela disse se desanimando -- eu só quero falar com a tia Mi -- falou dando pulinhos de alegria novamente.

-- já entendi -- falei rindo enquanto abria a porta do carro pra ela entrar. -- vamos passar na floricultura, filha?

-- o que é uma floricultura, papai? -- ela perguntou curiosa e liguei o carro dando partida.

-- um lugar onde vende flores, vou comprar pra tia Mi. -- falei me lembrando da ligação que havíamos tido ontem.

quem diria que conseguimos conversar sem brigar.

FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora