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4 MESES

4 MESES

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Nervosa. Era assim que eu estava para esse domingo, meu coração parecia que ia sair do fora do meu peito me causando grande tonturas e enjoos de tanta ansiedade. Já tem cerca de quatro meses que estou grávida e então resolvemos fazer um chá revelação para saber o sexo do bebê.

Camilla que havia voltado para o Brasil havia planejado tudo junto com Greice, elas estavam no momento em que diz a ultrassom para saber se seria menino ou menina mas a médica só contou para elas duas como combinado.

Queríamos fazer algo emocionante, tanto eu quanto Gerson e por isso estamos agora aqui sentados com uma venda no rosto um do outro.

Miguel e Giovanna seriam os responsáveis por nós pintar com a tinta referente ao sexo do meu bebê, escolhemos as clássicas cores para esse momento, Azul e Rosa.

-- mama -- ele disse tocando no meu rosto com algo gelado, possivelmente a tinta.

-- isso tá muito legal -- Ouço Giovanna falar próximo do pai onde ela possivelmente estaria pintando

-- mama -- Miguel gargalhou e o puxo pro meu colo soltando uma risada, sinto vontade de tirar a venda e ver logo se seria Guilherme ou Elena Valentina mas me contento em só ouvir as risadinhas de Miguel.

Quando eu descobrir a gravidez junto com o meu noivo, eu fiquei surpresa mas também muito feliz e grata a Deus pela oportunidade de poder criar uma vida dentro e fora de mim. Miguel é a minha vida que não veio de dentro de mim mas entrou no meu coração e no coração do Gerson.

Não há distinção com ele e a Giovanna, assim como não vai ter e não sinto nenhuma distinção dele com o neném em meu ventre, é o mesmo sentimento para os três. Exatamente o mesmo. Sim, eu amava Giovanna como se fosse minha filha, apenas nunca disse isso por conta de Greice, não quero que se sinta como se estivesse roubando o lugar dela, porque jamais serei o que ela é para a filha.

Mas amo e sempre vou cuidar de Giovanna como se tivesse vindo de dentro de mim assim colo Miguel, não há nenhuma diferença nesse sentimento que transborda em meu peito.

-- Tia Mi, amo você -- Gigi disse se aproximando passando a tinta no meu peito.

Não me seguro, me deixo levar pela emoção e calor do momento, ela me abraça e limpa as minhas lágrimas e por fim da um beijinho na minha testa

-- amo você meu amor.

-- não chora, tia Mi. -- ela disse preocupada e abro um sorriso gigante

-- tô chorando de felicidade meu bem, por ter todos vocês aqui. Amo você igual amo o Miguel. -- confesso e posso ouvir o seu choro baixinho

-- Amo você como eu amo a mamãe.

Sinto o meu coração errar as batidas e a respiração faltar em meus pulmões. Ela me ama como ama a mãe dela, então... ela me ama como uma mãe?

-- você me faz muito feliz

-- a senhora também, tá tudo bem se no dia das mães eu te de um presente também? Igual eu dou para a mamãe?

Fico surpreso com as suas perguntas e assinto deixando o choro tomar conta de mim, Giovanna me abraça fortemente e ainda coloca tinha na minha testa e na pontinha do nariz

-- pode meu bem, se sua mãe deixar...

-- a mamãe deixou, ela que me incentivou a falar isso para a senhora, tava nervosa achando que a senhora só me via como a filha do seu noivo.

-- claro que meu bem, você é muito, muito e muito importante para mim.

-- a senhora também -- ela disse beijando minha bochecha

-- mama -- ouço Miguel me chamar e logo sinto ele se jogar no meu colo -- mama

-- oi meu amor -- beijo sua testa e ela soltou uma risada gostosa de ouvir.

-- amo vocês -- Gerson disse melando o meu cabelo de tinta

-- Gerson, no meu cabelo não. -- indago nervosa e ele deu risada

-- podemos tirar a venda? Não aguento mais esperar de ansiedade? -- o jogador questionou impaciente

-- vamos fazer uma contagem regressiva! -- Camilla gritou animada e todos os convidados concordaram gritando junto com a uruguaia.

-- DEZ...

-- NOVE...

-- OITO...

-- SETE...

-- SEIS...

-- CINCO...

-- QUATRO...

-- TRÊS... -- coloco a mão em cima da venda esperando ansiosamente para o fim da contagem

-- DOIS...

-- UM...

-- ZERO!

Puxo a venda junto com Gerson, olho para ele que estava melado de tinta na cara, nos braços e na roupa branca.

Tinta...tinta Rosa.

É uma menina

-- é a nossa Elena Valentina -- ele disse me puxando para um abraço.

Aquele abraço que me aquece e me causa paz.
Gerson Santos, para mim, é sinônimo de paz.

Ele foi o único que cruzou a fronteira.

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FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora