FRONTEIRA - Gerson Santos

G • 182

Assim que terminamos o jogo contra o Audax por 4 x 0 geral foi tomar banho para poder pegar o voo pros Estados Unidos e mais uma vez estávamos no avião.

Meu coração batia mais rápido toda vez que eu lembrava o que a minha Azedinha disse antes de desligar a ligação. "Não esquece que eu te amo." Como eu poderia esquecer?

Ela continua me amando.

Havia perguntado se podia ligar para ela por chamada e acabou aceitando me fazendo abrir um sorriso largo

-- você foi incrível no jogo

-- obrigada, mô. -- mordo o lábio vendo o decote do seu babydool

-- o Miguel já tá sentindo sua falta, tava chorando chamando por você.

-- cadê ele?

-- agora ele tá dormindo, amor.

Amor. Foi inevitável disfarçar o meu sorriso e sei que ela percebeu quando mordeu o canto da boca mas ao contrário das outras vezes, ela não corrigiu.

-- que bom que agora ele tá descansando, ele te deu muito trabalho hoje?

-- acredita que não? Ficou quietinho. -- ela disse rindo descendo as escadas indo direto para a cozinha

-- o que vai fazer? -- questiono assim que ela apoiou o celular na bancada

-- minha janta

-- mò, já são quase uma da manhã e você ainda não jantou?

-- não, tava tentando resolver o caso e acabei deixando a janta de lado -- ela disse tirando um pedaço de pizza da geladeira

-- pizza não é comida saudável

-- para mim é -- ela disse enquanto colocava dentro do microondas

-- tem que se alimentar direito, Mikaella, você anda passando mal.

-- não gosto quando me chama de Mikaella

-- é o seu nome -- dou risada

-- parece que tá brigando comigo

-- mas eu realmente tô, tem que se alimentar direito.

-- relaxa amor, já tô melhorando dos enjoos

-- você precisa vê isso logo, tem que ir no médico -- passo a mão pelo o pescoço nervoso

-- Gerson, relaxa que não é nada demais

-- Mikaella, quando eu chegar eu vou te levar pro médico nem que seja amarrada

-- exagerado

-- é sério.

-- tudo bem Gerson.

-- não gosto quando você me chama de Gerson