M ● 8

2.1K 114 5
                                    

Pânico, era isso que eu sentia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pânico, era isso que eu sentia.

Parecia que o mundo estava desabando e o chão saindo do lugar, meu coração batia descompassadamente, minhas mãos estavam trêmulas e eu não conseguia fazer parar por mais esforço que eu fizesse, aumentei a velocidade da corrida quando ouvir a voz dele atras de mim.

Ele havia me tocado.

Gerson me tocou e automaticamente eu entrei em desespero.

Foi quase impossível não lembrar de Marcus, dos seus toques.

Dos seus socos, de suas facadas.

Sinto várias lagrimas descerem dos meus olhos e as limpo imediatamente.

Eu sentia que iria morrer, eu me sentia igual aquele dia com a morte batendo na minha porta, com ele me jogando no chão e me socando ate eu vomitar sangue.

Limpo a boca e vejo sangue sair dela.

Tento lembrar das palavras que a psicóloga sempre me falava em suas consultas mas falho quando ouço os gritos do jogador se aproximando e mais tenho medo.

Coloco minhas mãos no ouvido na tentativa de parar com aquela confusão e com seus gritos.

Porque ele ta gritando tão alto?

Ele vai me bater também?

Vejo o sangue da minha boca descer sobre meu queixo e manchar meu vestido rosa, pressiono novamente minha cabeça com minhas mãos tentando parar.

-- isso é a sua inconsciência te faz acreditar que está sangrando e que está morrendo, mas você não está, está tudo bem. você precisa controlá-la, você que está no controle, somente você.

Não preciso ter medo, tá tudo na minha mente.

A minha respiração aumenta e meu estômago revira me fazendo sentir um gosto ruim na boca e jogo pra fora tudo o que havia comido naquele dia, porém a única coisa que vejo é sangue.

Isso não é real.

É uma ilusão.

É a fobia, a Malaxofobia.

Assim que levantei meu olhar vejo Marcus bravo com a garrafa de vidro na mão.

-- você está bem? -- ele perguntou me fazendo chorar alto ao ponto de começar a soluçar.

-- sai de perto de mim, seu desgraçado.

-- calma. -- ele disse se aproximando e recuei para trás

-- como você saiu da cadeia? -- perguntei confusa me sentindo enojada

-- que cadeia? -- ele se questionou confuso

-- não se faça de sonso, Marcus.

-- não sou esse tal de Marcus, sou eu Gerson. -- assim que ele terminou de falar isso rapidamente a imagem de Marcus se transforma na de Gerson me fazendo gerar uma enorme dor de cabeça -- você não está bem, olha me desculpa ter te tocado foi no automático, eu nunca conheci alguém assim é estranho para mim.

FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora