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Pego mais uma cerveja de não sei quantas que já tomei hoje e viro um gole na boca, um pagode alto tocava na área externa da casa

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Pego mais uma cerveja de não sei quantas que já tomei hoje e viro um gole na boca, um pagode alto tocava na área externa da casa. A maioria dos casais dançavam juntos alegremente com um sorriso gigante no rosto. Enquanto eu apenas admirava pela greta da cozinha.

Eu tô me sentindo um pouco sozinha, a minhas amigas estão de casalzinho e os meninos solteiros conversam sobre futebol sentando em frente a uma mesa grande de madeira cheia de carnes e bebidas.

Gerson está entre eles, na verdade eu acho que não ter o jogador mais como meu namorado estava me deixando um pouco carente e por isso tô aqui enchendo a cara.

-- preciso esquecer você -- mordo o lábio inferior -- porque é tão difícil?

Uma lágrima solitária escorre e logo trato de limpa-lá assim que sinto a presença de mais alguém na cozinha, não levanto o meu rosto para olhar, porque eu sabia quem era somente pelo o perfume.

Eu posso reconhecer ele até de longe

Seu olhar desce por todo o meu corpo e só então lembro que ainda estou de biquíni, com a parte de baixo efiada no c..bem, vocês sabem. Uma latinha de cerveja na mão com o corpo inclinado para olhar o pessoal do lado de fora

-- o que está espionando, Azedinha?

Azedinha.

Aquele apelido balançava as redes do meu coração e entrava lá dentro parecendo um gol perfeito que o jogador fez.

-- não é da sua conta -- digo grossa parando de olhar pro lado de fora, ajeito a minha postura e encaro o jogador que abre um sorriso largo cogalte como Giselle havia apelidado.

-- esse biquíni ficou ótimo em você -- ele mordeu o lábio descendo o olhar por todo o meu corpo e se aproximando do meu

Quanto mais ele andava em minha direção mais passos eu dava para trás, posso sentir minhas costas bater na parede gelada e engulo em seco.

Ferrou.

-- para de me olhar, otario.

-- qual é gatinha, eu conheço bem esse corpinho -- ele abre um sorriso cretino.

-- você é um..-- procuro adjetivos ruins para o definir -- babaca! -- ele se aproxima ainda mais deixando apenas poucos centímetros de distância entre o seu e o meu corpo -- não toca em mim.

-- você sempre gostou dos meus toques -- ele disse colocando as mãos no meu ombro e beijando o meu pescoço. Jesus cristo, me ajuda! -- dos meus beijos.

-- m...mas ag..agora eu não gosto mais.

-- porque você tá gaguejando mô? -- ele provocou mordendo o lóbulo da minha orelha e fecho os olhos

-- eu..é...e -- limpo a garganta e abre os meus olhos encarando os seus -- você me traiu! -- afasto o seu corpo do meu o empurrando

-- eu juro que não fiz isso, Azedinha. Eu nunca faria isso com você porque eu te amo e muito

-- aquelas fotos dizem o contrário, Gerson! -- digo um pouco mais alto que o normal -- eu confiava tanto em você.

-- eu juro que não fiz nada daquilo por favor confie em mim, acredite em mim.

-- Gerson, por favor -- choro passando as mãos no meu cabelo -- confessa que me traiu, é até melhor para você e para mim.

-- eu não vou confessar isso, eu não fiz isso Azedinha.

-- e aquelas fotos? Vai me dizer que são montagens? -- debocho

-- não é

-- e ainda quer que eu acredite em você? -- uma lágrima desce entrando dentro da minha boca -- quer mesmo que eu acredite em você Gerson?

-- quero, eu não lembro dela. A gente acordou juntos na mesma cama mas eu não transei com ela, eu juro.

-- Gerson, por favor. Para!

-- eu acho que me doparam.

Arregalo os olhos assustada com o que acabei de ouvir.

-- Gerson, pelo amor de Deus! Você tá sendo ainda mais canalha inventando essas coisas só para que eu possa te perdoar! -- o olho com nojo e ele nega rapidamente

-- não, mô! Eu não tô inventando.

-- Gerson, mentir só para tentar ter o meu perdão já é demais

-- Azedinha, me escut...

-- GERSON, PELO O AMOR DE DEUS -- grito perplexa -- vira homem e para de agir igual criança, o que você tá dizendo é algo muito sério, não precisa mentir e tentar sair como vítima para que a gente volte.

-- mas mô, eu tô falando a verdade, eu acho que me doparam eu só não sei quem.

-- não foi por esse homem que eu me apaixonei.

Saio brava da cozinha em direção ao banheiro mais próximo fechando a porta com tudo e soltando a respiração que nem sabia que estava prendendo.

Saio brava da cozinha em direção ao banheiro mais próximo fechando a porta com tudo e soltando a respiração que nem sabia que estava prendendo

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FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora