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A FALTA DO CORPO pequeno da minha namorada na cama às três da manhã me fez abrir os olhos assustado

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A FALTA DO CORPO pequeno da minha namorada na cama às três da manhã me fez abrir os olhos assustado.

-- Azedinha? -- a chamei preocupado -- mô?

Bati na porta do banheiro esperando que ela me respondesse mas não emitiu nenhum som, caminho em direção ao closet ficando mais nervoso por ela não me responder. Abro o closet e vejo minha namorada em um cantinho encolhida com a cabeça entre os joelhos. Ela estava chorando baixinho e isso me deixou de coração partido.

Vou até ela e me sento do seu lado em silêncio, a puxo para um abraço e choro dela aumenta. Não precisava ser nenhum gênio para entender o porque. Tomara que aquele demônio queime no fogo do inferno.

-- a culpa não é sua, mô -- falei beijando o topo de sua cabeça

-- eu me sinto tão nojenta. Se você quiser terminar comigo tudo bem -- peguei em suas mãos e acariciei

-- eu não quero terminar com você, Azedinha. Tudo o que eu quero é cuidar de você.

-- desculpa, desculpa! -- ela suplicou entre o choro

A abracei mais forte suspirando fundo.

-- mô, tá tudo bem -- falei com o nó na garganta

-- eu não sou o suficiente para você -- ela disse abaixando o olhar

-- claro que é, você é mais do que o suficiente. --falei dando vários beijinhos na sua bochecha

Seu olhar vazio e com dor me partia ainda mais o meu coração, engulo em seco e levo minha mão até o seu rosto o alisando

-- tem tantas mulheres melhores -- nego com a cabeça

-- mas eu só quero você, só você -- sussurrei no seu ouvido -- só você me faz feliz depois da minha família, só você me causa desejo, só quero beijar você, só quero tocar você.

Ela me abraça apertado e uma lágrima solitária desce do meu olho

-- você não sente nojo de mim? Eu tô toda machucada..ele me estrupou várias vezes

-- não, tudo o que eu sinto é ódio daquele cara -- falei firme a apertando mais contra mim -- eu ainda te desejo azedinha, e muito -- falei divertido e ela abriu um sorriso fraco

-- obrigada por ser assim -- logo em seguida me dá vários selinhos

-- vamos voltar pra cama? -- murmurei com a voz falha e ela concordou.

Me levanto e a ajudo se levantar, seguro na sua cintura fechando o closet com a outra mão. Me deito na cama e ela faz o mesmo, a puxo mais para mim a envolvendo entre os meus braços.

-- sobre o natal..

-- eu já te disse o que penso sobre isso, tá tudo bem se não acontecer

-- eu quero te dizer que quero deixar as coisas acontecerem com calma, eu não sei se vou conseguir ou não

FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora