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-- eu não vou fazer esse teste Greice -- nego mais uma vez

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-- eu não vou fazer esse teste Greice -- nego mais uma vez.

Desde segunda feira ela tentando me convencer a fazer o teste de gravidez, hoje já era quarta e até agora não fiz, tô fugindo disso como quem foge da cruz. Eu tô com medo de realmente tá grávida, e se o Gerson não quiser? A gente nem tá mais junto..

-- porque esta com medo?

-- não tô com medo -- digo observando a caixinha

-- Mi, é só você fazer.

-- e se der positivo? E se o Gerson não quiser? A gente nem tá mais junto

-- Mikaella, o Gerson vai ficar muito feliz se vocês tiverem outro filho independente de vocês estarem juntos ou não, ele vai te apoiar e te acompanhar em cada momento.

-- eu tô com medo

-- não precisa ter.

-- eu...

-- posso entrar? -- ouço a voz do jogador do outro lado da porta e arregalo os olhos junto com Greice.

Escondo o teste em baixo do meu corpo e tento agir o mais normal possível quando Greice abre a porta para ele entrar.

-- oi Gerson. -- forço um sorriso

-- tá se sentindo melhor?

-- tô sim, os enjoos já estão passando -- mentira-- o que veio fazer aqui?

-- hoje é meu dia de ficar com o Miguel e a Giovanna, vim buscar eles.

-- ah é mesmo, eles tão brincando lá na sala, não viu?

-- vi, é que eu também queria saber se você tá melhor

-- eu tô. Tô bem melhor, tô sentindo mais nada, nadinha -- digo nervosa e Greice prende o riso

-- tem certeza? Você tá meio nervosa

-- tenho absoluta certeza, amor. -- arregalo os olhos e ele sorrir largo -- Gerson, eu quis dizer Gerson -- me levanto da cama corrigindo

-- o que é isso aí na cama? -- olho para trás e me jogo em cima do teste

-- uma escova de dente

-- tá e porque você se jogou em cima? -- ele perguntou confuso

-- ah por nada. É mania minha.

-- Azedinha, você tá escondendo alguma coisa?

-- imagina -- nesse momento Greice solta uma gargalhada que parecia que ia se mijar nas calças, reviro os olhos quando ela cai na cama sem parar de rir.

Péssimo momento para rir.

-- o que você tem Greice? Vocês duas tão estranhas.

-- minha barriga tá doendo de tanto rir -- ela disse com dificuldade de parar

-- não é nada Gerson, pode levar as crianças.

-- tá bom, tchau. -- ele disse saindo do quarto com cara de confuso

-- Greice, meu Deus! -- me sento na cama e ela não parava de rir -- que vergonha

-- eu não consigo parar

-- palhaçada.

-- bora Mikaella, nem é tão difícil -- digo para mim mesma encarando aquela caixinha

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-- bora Mikaella, nem é tão difícil -- digo para mim mesma encarando aquela caixinha

E se eu tiver? Como será?

-- fez? -- Greice perguntou do outro lado da porta

Sinto tudo girar e seguro firme na pia, tudo parecia turvo e em preto e branco.

-- tô passando mal.

Foi tudo o que eu consegui dizer, Greice entra dentro do banheiro e me ajuda a sair me colocando na cama

-- o que ta sentindo?

-- ta tudo girando

-- vamos no médico

-- não, não tô me sentindo bem para ir

-- mas é justamente por isso que as pessoas vão ao médico, quando não tão se sentindo bem.

-- eu quero água.

-- eu vou buscar, não sai daí.

Olho ao redor e tudo parecia balançar de uma forma maluca, o meu estômago revirava várias vezes mas não tinha o que vomitar mais.

-- toma -- Greice disse colocando o copo na minha boca e bebo todo o líquido -- já já passa

-- tá tudo balançando

-- vai passar, relaxa.

-- e se eu não tiver grávida e for uma doença?

-- não pensa no pior.

-- todas as hipóteses me deixa assustada -- digo olhando pro teto tentando fazer com que minha visão volte ao normal.

-- o Gerson vai ficar muito feliz se for um filho e se não for estamos aqui com você.

-- não sei se posso ser uma boa mãe.

-- você já é uma boa mãe, cuida do Miguel tão bem

-- mas e quando tiver na minha barriga? Não se cuidar nem de mim mesma, imagina alimentar uma criança dentro de mim. Não consigo comer coisas saudáveis a maior parte do tempo

-- calma, não precisa ficar nervosa. Ninguém nasce sabendo, você vai aprendendo com o tempo.

-- e se eu tiver muito doente?

-- não fala essas coisas

-- tô me sentindo melhor -- digo assim que minha visão ficou limpa e ouço a companhia tocar

-- ué quem será a essas horas?

-- vamos lá -- digo me levantando junto com ela que segura no meu braço -- eu posso andar normal, tô boa.

-- eu sei mas você pode ter outra tontura de repente

Assim que descemos as escadas e abrimos a porta Lucas o cara do barzinho estava do outro lado com um sorriso largo no rosto e um buquê de flores brancas

-- boa noite.

-- boa noite

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FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora