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-- bom dia -- falei divertida assim que Gerson apareceu na cozinha com cara de sono coçando os olhos

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-- bom dia -- falei divertida assim que Gerson apareceu na cozinha com cara de sono coçando os olhos.

Ele estava só de bermuda preta, aparentemente a mesma que eu havia entregado ontem para ele vestir que achou "feia".

-- bom dia, mô. -- bocejou

-- o short não era feio? -- arquei a sobrancelha e ele puxou a cadeira se sentando na minha frente com cara de confuso

-- an? -- perguntou cruzando o cenho

-- não lembra das coisas que você fez ontem? -- debochei vendo ele abrir um pão

-- mô, o que eu fiz? -- perguntou preocupado

-- você cantou para todo mundo completamente bêbado

-- meu Deus, que vergonha -- disse passando a mão no rosto e seguro o riso

-- te levei para tomar um banho e você queria que eu visse o seu -- desço o meu olhar -- pau.

Ele arregalou os olhos e coçou a nuca nervoso

-- eu fiz alguma coisa sem sua permissão?

-- não, fica tranquilo -- rir baixo -- você queria ficar nu na minha frente como eu disse que não ficou me provocando e depois disse que esse short que você está vestido é feio, dormiu só de cueca que você mesmo vestiu assim que sai do banheiro.

-- te dei muito trabalho?

-- um pouquinho só -- falei rindo -- mas estou brava com você. -- fechei a cara

-- o que eu fiz?

-- você bebeu estando machucado. O hematoma do tiro ainda tá muito sensível!

-- isso não dá em nada -- ele deu em ombros e joguei um guardanapo nele -- aí sua agressiva

-- não vai beber no natal e nem no ano novo

-- Mikaella!

-- não adianta Gerson, eu quem mando. -- falei séria e ele concordou suspirando -- falando em natal você lembra do que conversamos sobre isso?

-- lembro, ainda estava sóbrio. Mô, vamos passar me família, tudo bem? -- assenti soltando a respiração que nem sabia que estava presa -- não quero que se sinta pressionada a fazer algo. No seu tempo, se você quiser e se sentir confortável podemos passar o ano novo juntos sem nenhuma intenção a mais a não ser passar juntos tá? A gente não precisa transar.

-- desculpa...sei que a gente já havia combinado e...

-- Azedinha -- ele disse pegando na minha mão e passando a outra na barba -- você não precisa pedir desculpas, eu te entendo mô. A gente havia combinado mas você não é obrigada a fazer nada, eu tô aqui para cuidar de você e respeitar o seu tempo.

Gerson se levanta da cadeira e me abraça forte. Choro nos seus braços me sentindo mal por não conseguir fazer algo que toda mulher comum consegue.

-- você vai se cansar de mim -- falei entre o choro

FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora