MEU FUTURO SOGRO havia gostado de mim, ou pelo menos demostrava estar gostando. Estávamos bebendo cerveja junto com ele e meu pai conversando sobre futebol, diferente da filha, o senhor Anselmo não torcia pro Flamengo e sim pro Vasco, confesso que segurei a minha risada e tentei demostrar respeito pra ele não ficar com raiva de mim.
A mãe dela havia falecido desde que ela tinha dezoito anos e depois disso ele nunca mais quis se envolver com alguém novamente.
Mikaella, minha mãe e minha irmã estavam na cozinha lavando as coisa, até me ofereci pra ajudar mas elas me expulsaram de lá e disseram que eu não podia ouvir a conversa de mulheres delas.
Enquanto isso, Giovanna e meus sobrinhos brincavam próximo na gente com o Miguel no colo, sempre olhava pra eles pra verificar de que estava tudo certo, mas Gio conseguia cuidar muito bem de bebês o que me deixou surpreso.
-- esse brasileirão tô achando que o Palmeiras leva -- meu futuro sogro disse virando o copo de cerveja na boca
-- que isso cara -- falei indignado e ele riu colocando mais cerveja no copo
-- prefiro que o Palmeiras ganhe do que vocês -- ele disse coçando a nuca e arregalei os olhos
-- devia tá preocupado com seu próprio time que a cada jogo cai mais -- falei da boca pra fora e ele revirou os olhos
-- Gerson, Gerson -- ele disse negando e gargalhei
Olhei pro lado e vi as mulheres da casa caminharem até o outro lado com um notebook na mão, um aparelho e um microfone na mão
Mikaellaz espelha na parede e coloca na música Fronteira da Ana Castela
Eu não sou muito fã dessas músicas, prefiro me pagode e samba e ela também mas essa música em específico mexia comigo sempre que olhava pra ela.
Acho que ela define bem o nosso relacionamento
-- Não emociona eu, não...cê não brinca comigo -- ela começou a cantar no karaokê -- que meu coração tá quieto, tá longe de qualquer risco, sabe aquela placa de aviso? -- ela perguntou me olhando nos olhos -- cuidado, perigo, cê ultrapassou...então pensa bem nas consequências desse eu te amo que você falou -- me levantei indo até ela -- Acho bom cê não ficar brincando com a expectativa que você criou
-- Cê tá cruzando a fronteira, esquece não, que mais um passo cê abre a porteira do coração -- cantarolei tomando o microfone dela -- vai dar namoro, vai ter igreja
-- você e meu pai tomando cerveja, se quer isso bora, se não nem me beija -- dei um selinho rápido nela e ouço a galera comemorar o que me faz rir baixo
-- eu te amo -- falei baixinho antes de voltar pra mesa e me sentar com meu futuro sogro e meu pai que cochichavam algo olhando pra nós
-- eu te amo -- ela murmurou baixinho e abrir um sorriso gigante
-- se você machucar a minha filha eu quebro isso que você tem nos meios das pernas -- Anselmo disse me chamando a atenção e arregalei os olhos de imediato negando
-- jamais a machucaria, é a minha Azedinha -- falei a olhando se divertir
-- porque você chama ela assim mesmo? -- ele questionou o que me fez rir
-- porque a gente se odiava no começo -- falei e em seguida dou um gole na cerveja -- ela era bem ignorante comigo
-- as vezes ela consegue ser mesmo -- ele disse rindo olhando em direção a sua filha
Agora era minha irmã que cantava desafinadamente uma música do João Gomes
Mikaella veio até mim pegando a latinha de cerveja em cima da mesa, me dando um selinho rápido e saindo até a minha irmã novamente.
Sorri de lado em vê-la alegre e feliz.
eu sempre quero vê-la assim.
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FRONTEIRA - Gerson Santos
Novela JuvenilGERSON SANTOS é jogador do melhor clube de futebol do Brasil, o Flamengo, sempre rodeado de fama, mulheres e dinheiro mas ainda sim, um ótimo pai para sua filha. Em um dia qualquer conhece uma mulher que não é igual as outras, Mikaella é muito difer...