FRONTEIRA - Gerson Santos

G • 56

-- esse gato é um tarado, ele já mordeu até na minha bunda -- ela disse se sentando no sofá e colocando ele no colo e sento ao seu lado.

Ela está apaixonada por mim e saber disso me deixava mais nervoso do que já estava.

-- ele tá fazendo as coisas que eu gostaria de fazer -- falei safado e ela se engasga com o própria saliva o que me faz gargalhar alto.

-- você é um safado -- ela disse ligando a Netflix

-- sou nada -- falei dando de ombros e observei ela mais uma vez, está com um short jeans curto e um cropped branco -- você ficou linda nessa roupa.

-- Gerson -- ela disse virando o rosto pra me encarar e riu -- é uma roupa normal de ficar em casa

-- e? Tá bonita pô! Posso elogiar mais não? Tá gostosa

-- eu posso tá no saco de lixo que você vai tá me chamando de gostosa -- ela disse rindo voltando a encarar a televisão.

-- é porque você é gostosa pô -- falei pegando o gatinho da sua mão e colocando na minha

-- para de falar essas coisas, fico com vergonha -- ela disse colocando o controle na perna e prendendo os cachos em um coque

-- mas é a verdade -- falei rindo me aproximando dela e dou um selinho -- o Wesley tá de olho em tu, não to gostando disso -- falei fechando a cara me lembrando que mais cedo no jogo ele evitou até de trocar passes comigo -- até no jogo ele nem sequer passa a bola pra mim, parece um moleque imaturo

-- relaxa pretinho, tô nem aí pra ele

Sinto o meu coração errar as batidas com o apelido, minhas mãos soam e tremem mas tento disfarçar o máximo possível.

-- Pretinho, é? -- perguntei sorrindo me aproximando mais dela

-- gostou? Você tem que ter um apelido só nosso também

-- eu amei, Azedinha -- logo após falar dou um selinho nela novamente que revira os olhos ao ouvir o apelido

-- porque esse apelido ridículo?

-- porque você é Azeda -- falei simples dando de ombro e ela lança uma almofada em mim me fazendo gargalhar e jogar de volta pra ela

-- eu sou um doce, devia ser docinho -- ela disse sorrindo largamente inclinado a cabeça pro lado deixando ela fofa.

-- você é o meu docinho azedo -- falei rindo, faço menção de que quero colocar minhas minhas mãos na cintura dela que acena positivamente e assim fiz -- ainda bem que eu amo coisas azedinhas

-- ah é? Ama? -- ela perguntou divertida

-- é, amo coisas azedas....pessoas azedas -- falei divertido e ela encarou os meus olhos fixamente.

Ficamos em silêncio e observo atentamente cada detalhe da mulher morena. Seus cabelos cacheados, com alguns fios intricados, dançam ao redor do rosto que irradia uma beleza única. Os olhos castanhos, profundamente expressivos, revelam tantas emoções indescritíveis enquanto sorrimos reciprocamente, como dois bobos apaixonados, e realmente estávamos.

Faço sinal de que quero tocar na sua coxa e ela concorda acenando positivamente, colo minha sobre a sua coxa e aperto firme o que faz ela arfar, ela se aproxima um pouco mais de mim e cheiro seu pescoço, deixo um beijo atrás da sua orelha o que faz ela se arrepiar. Subi minha mão mas não muito percebendo que ela ficou mais nervosa, olho pra ela com cuidado que aos poucos vai ficando mais calma

-- tá bem? Posso continuar com a mão aqui? Você quem manda.

-- você é incrível -- ela disse acariciando a minha barba e fecho os olhos com o toque -- obrigada por sempre perguntar e me respeitar

-- o respeito é a base de qualquer relacionamento -- falei colocando um fio de cabelo pra trás da orelha dela

-- então você pensa em um relacionamento comigo? -- ela perguntou com os olhos brilhando e abro um sorriso largo

-- você ainda tem dúvidas, mulher?

-- não -- ela disse rindo -- mas é sempre bom confirmar -- disse divertida

-- somos iguais a Rapunzel e o José Bezerra -- falei rindo me lembrando de uma trend do tik tok -- eu sei qual a pergunta que você quer fazer...se eu e a Mika vamos namorar? Fico feliz em dizer que depois de muito tempo pedindo, pedindo, pedindo...eu finalmente disse sim!

-- Gerson...

-- tá legal, o pedido foi meu -- falei dando um selinho nela rapidamente que riu

-- mas tá faltando uma coisa...

-- o quê? -- perguntei curioso

A morena apontou pra mão direita e mostrou o dedo sem nenhuma aliança e mordeu o lábio inferior envergonhada prendendo o sorriso.

Isso foi um sinal verde?