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-- larga de ser safado, Gerson! -- falei batendo na perna dele que riu baixo no meu ouvido, socorro meu Deus

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-- larga de ser safado, Gerson! -- falei batendo na perna dele que riu baixo no meu ouvido, socorro meu Deus.

-- já chamei uma equipe pra vim consertar sua porta, não se preocupe -- Gabriel disse aparecendo na porta do quarto -- Gerson, tu paga viu? A gente já tá indo, melhoras Mi -- ele disse se despendido o pessoal fez o mesmo indo atrás dele deixando eu e Gerson sozinhos com o Miguel

-- enfim, a sós -- ele disse se jogando na cama ao meu lado

-- você tá muito folgado -- falei batendo no ombro dele o fazendo rir

-- eu? Que nada -- ele disse piscando e desceu seu olhar sobre meu corpo, eu vestia um baby doll preto de renda e de seda -- essa roupa ficou boa em você

-- isso é um baby doll, Gerson!

-- então, ficou bom -- ele disse me encarando -- vermelho e preto combina com você -- sorriu safado -- aliás, por que você desmaiou?

Ele me viu de Lingerie, meu Deus!

-- para de ser assim tarado -- falei me deitando ao lado dele mas deixando uma distância razoável ente nos -- eu tava pensando no meu ex marido e...

-- para, para -- ele disse indignado negando com a cabeça e fechando a cara -- não pensa nesse cara ele só te faz mal, pô. Olha só como ele te deixou, totalmente traumatizada, ele não merece mais ocupar o seu coração. -- ele disse sério olhando dentro do meu olho

-- eu sei -- falei desviando o olhar pra porta do banheiro -- ele não tem mais espaço no meu coração

-- será que não tem mesmo? Ei, olha pra mim. -- faço o que ele manda e encaro seus olhos que carregam uma imensidão -- quer me contar o que aconteceu?

-- quero -- falei me sentindo melancólica

-- posso segurar na sua mão? Pra você se sentir segura. -- ele perguntou me fazendo lacrimejar os olhos

-- pode -- falei observando ele pegar na minha mão e entrelaçar me fazendo arrepiar por inteira mas tento disfarçar, observo Miguel dentro do berço pequeno que havia no meu quarto dormindo feito um anjo e me viro pra frente encarando o teto e posso perceber de canto de olho que ele faz o mesmo e suspira

-- quando quiser começar estarei aqui.

-- era um dia normal no nosso casamento, as vezes ele me tratava mal mas nada demais sabe? Quer dizer teve até alguns dias que eu não tava afim de transar e ele me forçava mas nós éramos casados, isso é nor...

-- isso não é normal, independente de ser ficante, namoro ou casamento, não sempre será não, Mikaella -- ele disse me interrompendo e virando o rosto pra me encarar mas continuo olhando fixo pro teto

-- bom -- coço a garganta tomando coragem pra prosseguir -- eu estava bem no início da faculdade e estava muito preocupada com algumas atividades extracurriculares para entregar mas fiz almoço e faxina tudo certinho e na hora que ele chegou eu estava terminado de alimpar a cozinha as presas porque precisava enviar o trabalho pro professor mas mesmo assim eu estava fazendo bem feito, ele entrou na cozinha sujando tudo e pegou um refrigerante na geladeira pra beber, ele acabou derrubando o copo e caiu no chão molhando tudo e ele disse que eu não sabia fazer a coisas bem feitas dizendo que eu sujei a cozinha toda

Sinto lágrimas descerem dos meus olhos e Gerson segura firme a minha mão tentando me passar tranquilidade o que me faz sorrir de leve

-- ele pegou um detergente de vidro que tinha na bancada da cozinha, quebrou no chão e enfiou na minha boca -- me deixo ser levada pelo choro e o jogador aperta com mais força a minha mão mas sem me machucar -- eu acho que ele me fez engolir aquilo tudo, eu vomitei sangue e comecei a sentir tontura sentindo aquele negócio dentro de mim cortar, ele começou a me socar, dava chutes e cuspia em mim, eu implorava pra ele parar mas ele simplesmente não parava, pegou uma faca e...

-- esse homem é um monstro -- ele disse bravo socando com a outra mão o colchão

-- ele pegou uma faca e começou a enfiar no meu peito e aí eu desmaiei perdendo totalmente a consciência ficando em coma por dois anos, só fiquei esse período lá porque a Luíza sempre pagava o hospital acreditando que um dia eu acordaria, ela me contou que ele tentou me esquartejar mas não conseguiu porque a faca estava cega e ela chegou junto com a Mylla antes dele me deixar em uma estado pior, ele me cortou no peito, na barriga várias vezes, nas coxas e no pulso, ele fugiu mas a polícia conseguiu pegar, ele tá na cadeia pegou pena máxima de 9 anos.

-- desgraçado! -- ele disse alto irritado soltando a minha mão e socando o travesseiro

-- calma -- falei tocando no braço dele com cuidado e percebo sua respiração voltando ao normal

-- eu sinto muito, ele vai pagar pelo o que ele fez -- ele disse olhando dentro dos meus olhos e assentir

Me sinto leve

eu choro sempre que lembro dessa história, infelizmente é um caso real que aconteceu a um tempo atrás (não foi comigo, não se preocupem

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eu choro sempre que lembro dessa história, infelizmente é um caso real que aconteceu a um tempo atrás (não foi comigo, não se preocupem.) e por favor denuncie qualquer tipo de violência.

todo o meu apoio a todas as mulheres que já passaram ou passam por isso, vocês não estão sozinhas e nunca estarão.

Juntas somos mais fortes.

Disque 180

FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora