GERSON SANTOS é jogador do melhor clube de futebol do Brasil, o Flamengo, sempre rodeado de fama, mulheres e dinheiro mas ainda sim, um ótimo pai para sua filha. Em um dia qualquer conhece uma mulher que não é igual as outras, Mikaella é muito difer...
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-- Mikaella Souza e Gerson Santos -- a psicóloga chamou e nos encaramos, ele entrelaça as nossas mãos me dando força e entramos no consultório.
A gente de fato iríamos fazer terapia de casal, o espaço era branco com pequeno detalhes em azuis, um sofá grande no meio e uma poltrona média onde uma mulher de cabelo vermelho estava anotando algo. A psicóloga se sentou em uma mesa um pouco mais afastada, e nos sentamos de frente pra outra mulher no sofá grande.
-- boa tarde, eu me chamo Aline e sou terapêutica -- ela disse deixando o caderninho dela de lado e nos olhando atentamente -- junto com a psicóloga Clarice vamos fazer uma terapia de casal com vocês, é a primeira vez aqui?
-- sim -- falei me sentindo nervosa
-- qual o motivo de vocês estarem aqui?
Me senti frágil com sua pergunta e aperto forte a mão de Gerson que percebe meus olhos lacrimejados.
-- eu tô com você, não precisa sentir medo ou vergonha -- ele disse baixinho pra mim e concordei suspirando e apertando forte os meus olhos que desce algumas lágrimas.
-- meu ex marido tentou me matar, ele me deu várias facadas, me fez comer vidro e tentou me esquartejar, fiquei em coma por dois anos...acontece que é muito difícil pra mim tocar, beijar e transar com alguém hoje em dia. -- falei abaixando minha cabeça olhando pro chão -- demorou muito pra eu conseguir abraçar o Gerson e tocar nele mas eu não sei se consigo ir além com ele nisso...
-- entendo, vocês estão namorando?
-- ainda não -- Gerson respondeu e sinto o meu coração palpitar mais forte -- estamos indo com calma e aos poucos.
-- ele parece ser bem compreensível com você, fico feliz por isso -- ela disse e levanto minha cabeça pra olhar-la e concordar
-- sim, ele é. -- o jogador abre um sorriso tímido o que era raro, ja que sempre era animado ou com deboche.
-- vou pedir para que vocês se sentem de frente um do outro por favor -- ela disse e assim fizemos, dobro minhas pernas e Gerson faz o mesmo me encarando atento -- Gerson, pode começar falando tudo o que você sente ou imagina pra ela, por favor.
O jogador suspira várias vezes antes de começar possivelmente nervoso.
-- quero te falar que tô aqui com você, respeito totalmente o seu corpo e jamais vou fazer algo que você não queira ou não se sinta confortável, que sempre vou perguntar se posso ou não posso, que te acho a mulher mais forte desse mundo e espero te ajudar sempre a superar seu traumas.
Sinto uma lagrima descer e ele se aproxima limpando elas imediatamente o que me faz sorrir
-- Mikaella, quer falar alguma coisa? -- a terapêutica perguntou e aceno positivamente.
-- obrigada por ser assim, de verdade. Você me faz muito bem.
-- você também Azedinha.
-- Azedinha? -- a psicóloga que estava na mesa anotando algumas coisas questionou
-- é -- ele riu baixo -- vocês acreditam que a gente se odiava? Por isso Azedinha, porque ela sempre foi grossa comigo
-- eu? -- perguntei indignada e ele confirmou
-- você mesmo
-- ah tá né Gerson, você sempre me estressou
-- eu? Eu não te estressei.
-- está me estressando agora mentindo na frente delas
-- mas eu não tô mentindo -- ele disse se auto apontando revoltado -- entenderam o porque Azedinha? Muito estressadinha ela
-- Gerson! -- o repreendi e ouço riso dos três na sala o que me faz revirar os olhos -- cara, eu te odeio.
-- liga não, nosso te odeio na verdade é nosso eu te amo -- ele disse pra terapêutica que estava com a sobrancelha arqueada confusa
-- meu eu te odeio é sério -- falei firme e ele revirou os olhos
-- nem você acredita nisso -- ele disse rindo baixo e acabo fazendo o mesmo
-- bom, vocês nunca se beijaram então?
-- não -- falei engolindo em seco
-- só selinho -- Gerson disse me encarando sério
-- entendi, fico contente que ele tá te ajudando -- ela disse anotando algo no pequeno caderno preto aparentemente de couro -- qual parte pra você é mais difícil de ser tocada?
-- minha coxa, o beijo, minha bunda, e...
-- entendi -- ela disse rindo baixo entendendo e fiquei envergonhada -- quero que vocês façam um teste em casa tá? Vocês vão se tocando aos poucos, e sempre perguntando se pode ou não pode, se você se sentir confortável vai marcar aqui e se não vai marcar desse outro lado -- ela disse me entregando uma folha -- você vai anotar aqui em baixo tudo o que você sentiu com o toque e se não tiver toque o que você sentiu, você sentiu medo do toque dele? receio? Nojo? Você vai anotando tudinho e semana que vem trás
-- obrigada -- falei olhando pra ela
-- vocês conseguem se abraçar né isso? -- ela questionou e concordamos -- pode se abraçarem agora por favor -- faço o que ela pede, Gerson se aproxima de mim e me envolve em seus braços me sentindo leve. -- o que você tá sentindo?
-- Paz. -- digo sentindo uma lágrima quente rolar do meu olho.
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