Acordo com Hikaru e o soro de Tamayo

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Kokushibo começou à suar de nervoso ao ver o mestre com aquele sorriso assustador enquanto não largava Gyokko. O ruivo deu um passo à frente e falou:

– M-mestre... Ele n-não tá tendo um bom dia e... Seria m-melhor se o deixasse s-sozinho por um tempo, o que acha?

Muzan o encarou por um tempo, deixou Gyokko e ordenou que Nakime o levasse ao quarto antigo do oni. O ruivo suspirou aliviado, mas o momento de alívio sumiu quando vê Muzan o encarando sério, parando de sorrir como estava antes.

– Kokushibo, me diz. Você lembra de Yoriichi? – Perguntou Muzan.

– Ãããh... S-sim...

– Quer ve-lo de volta? – Sugeriu Muzan em um tom ameaçador.

– O que?! Não! E-eu não quero! – Gritou o ruivo desesperado. O rei oni começou à rir dele de maneira amigável invés de má como o ruivo esperava.

– Você acha mesmo que eu mataria quem mais amo no mundo? – Dizia Muzan sorrindo, Kokushibo o encarava com a cara de tacho.

– Mamãe, eu conto ou você conta? – Perguntou a voz de uma garotinha na mente de Muzan, mas ele ignorou.

Muzan ordenou que Harumi e Hikaru fossem procurar o lírio e dispensou Kokushibo que hesitou um pouco, preocupado com Gyokko.

Assim que os luas presentes saíram Muzan se voltou para onde era o antigo quarto de Gyokko e foi lá com um olhar sério.

O oni peixe estava encarando o seu reflexo no espelho, mexendo nos cabelos. O rei oni o chamou a atenção olhando para ele com um sorriso forçado.

– O que tanto olha, Gyokko? – Muzan fingiu curiosidade.

– Meu cabelo é feio? Essa cor...

– Ora, não. Quem te disse isso? – Perguntou Muzan se sentando ao lado dele.

– O Z-Zohankuten... – Murmurou Gyokko. – Será que... Se meu cabelo fosse como o das outras pessoas... Sabe, normal. Eu ficaria menos feio?

– Ah, Gyokko. Seu cabelo é bonito do jeito dele, não ligue pra Zohankuten. – Dizia Muzan o confortando.

– Mas... Ele...

– Não insista nisso. Ele não te ama de verdade. – Continuou o rei oni com sorriso perverso. – Ele só estava te usando, como todos aqueles seus parentes que diziam se importar com você.

Gyokko ouvia aquelas palavras querendo poder chorar, mas se conteu. Não queria chorar na frente de Muzan.
Uma parte de si dizia para não acreditar no que o rei oni disse, já a outra parte dizia para acreditar.

– I-isso... É mentira! Ele n-nunca faria algo a-assim comigo! – Exclamou Gyokko.

– Será mesmo? Caía na real, Gyokko. Ele não ama você, acha mesmo que alguém que te amasse falaria algo para te ferir? Já está bem claro pra mim. – Disse Muzan, Gyokko não aguentou e caiu em lágrimas.

Ele cobriu seu rosto com as mangas do kimono para que o rei oni não o visse chorando. Gyokko tentava dizer algo entre soluços, mas Muzan não entendia. Muzan olhava o estado do oni sorrindo.

Assim que Muzan saiu, Gyokko procurou no seu armário antigo por algo, tinha muita coisa que ele nem lembrava que tinha antes. Até que ele finalmente encontra o que procurava, se virando novamente para o espelho.
Ele solta seu cabelo logo em seguida, hesitando em fazer aquilo, mas já não tinha mais volta.

Do lado de fora estava Nakime bastante preocupada, já que Daki não voltava ou respondia os chamados do Biwa.

Já faz meses desde a missão no Distrito, mas a albina já não retornava. A oni do Biwa tinha um pouco de esperança já que dias atrás Gyutaro veio e disse que logo retornariam, talvez ela devesse esperar mais um pouco.

Dois Lados Da Mesma Moeda (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora