À espreita!

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Kaigaku estava em apuros agora. Como ia explicar à Gyutaro? Dependendo da reação dele, o oni do trovão estaria frito. Ouviu os passos do esverdeado se aproximar e ele logo entrar no quarto, vendo que não tinha ninguém lá ,além do loiro que não conhecia, saiu ainda a procura de Kaigaku.

" Ufa... " Pensava Kaigaku antes de bater a cabeça na lateral da cama quando tentou sair, o que chamou a atenção de Gyutaro.

Kaigaku não teve tempo para voltar para debaixo da cama e Gyutaro apareceu na hora, vendo o oni do trovão. Ele começou à suar de nervoso enquanto se levantava e via Gyutaro se aproximar de si.

- Algum deles também te obrigaram à vir? - Perguntou o esverdeado calmo.

- Ãh... S-sim... - Kaigaku mentiu forçando um sorriso. Gyutaro permaneceu neutro, ele levou a mão até os cabelos de Kaigaku e os acariciou.

- Eles te machucaram ou algo assim?

- N-n-não. - Disse Kaigaku com o rosto vermelho.

- Fico feliz em saber. - Gyutaro abriu um sorrisinho com isso, Daki o chamou depois disso e ele teve que deixar Kaigaku.

Nezuko viu aquilo quando ia ver como Kaigaku estava. O oni do trovão parecia envergonhado depois da garota oni perguntar o motivo do rosto corado. No fundo, Kaigaku se sentia mal por ter mentido para Gyutaro, mas pressentia que se falasse a verdade seria uma decisão pior que simplesmente mentir.

Se passaram alguns dias e Kaigaku estava gostando da presença de Gyutaro e de conversar com ele, mesmo que fosse só pra ouvir reclamações do esverdeado sobre o hashira do som e suas esposas sempre quererem mandar nele e obriga-lo, junto de sua irmã, à usar uma mordaça na boca.

Um dia desse, Tamayo e Yushiro vieram à mansão borboleta com o soro anti-Kibutsuji para Kaigaku, Gyutaro e Daki. Ela também tinha vindo ver como estava Nezuko, pedindo mais uma amostra de sangue para estudos. A garota oni achou estranho, mas concordou.

- Pra que é essa agulha? - Perguntou Daki vendo Tamayo tirar a seringa da maleta, já no quarto onde os irmãos onis estavam hospedados.

- Agora que andarão conosco, terão que receber uma dose desse soro. - Explicou Tamayo pedindo que Gyutaro desse o braço para a injeção. - Não vai doer nadinha, prometo.

- Prontinho, viu? Agora é sua vez, Daki. - Disse Tamayo indo até a albina que parecia um pouco nervosa, mas deixou a médica oni fazer o procedimento.

- Perguntinha: Esse soro tem efeito colateral? - Perguntou Daki.

- Não, não o fiz para prejudicar vocês. Agora, com licença, irei para o quarto de Kaigaku. É a vez dele. - Avisou Tamayo saindo calmamente.

- Você confia nela, Oni-chan? - Daki perguntou ainda insegura sobre o soro, mexendo no local onde tomou a injeção.

- Mais ou menos, sei lá, quando ela falou comigo me sentir mais calmo... Mas no fundo, as células de Muzan estava agitadas. Que estranho... - Contou Gyutaro encarando as palmas das mãos.

- Hm...

--------------No Castelo Infinito---------------

As coisas no castelo estavam melhorando, Kokushibo e Muzan tinham finalmente voltado à se falar normalmente um com o outro. Muzan voltou ao seu humor natural, Nakime parecia mais concentrada no seu trabalho, sem receber sermões ou ameaças de Muzan como antes. O rei oni parecia até ter esquecido de tudo que tinha acontecido semanas antes.

Muzan, agora, estava no seu escritório lendo um livro que Kokushibo deu à ele dizendo que podia ler para tentar se acalmar. Estava funcionando um pouco, mas ele continuava bem estressado. Talvez passar horas lendo diminuísse o estresse.

O rei oni voltou os olhos para a porta aberta quando ouviu Kokushibo bater ela, querendo fazer ele ver que estava ali. O ruivo se curvou diante ao rei oni.

- Posso falar com você, mestre?

- Não precisa se curvar. Nem me chame de mestre. Pode me chamar Muzan só. - Disse o rei oni.

" Ah, não! Será que tá doente de novo?! " Pensou Kokushibo, Muzan riu de leve ao ler o pensamento do ruivo.

- Claro que não. Por que meu amor teria que me chamar de "mestre" e ficar se curvando pra mim? - Questionava Muzan deixando o livro na mesa e indo até o ruivo, erguendo a cabeça de Kokushibo e dando um beijo em sua testa.

- Então, o que queria falar comigo?

- Queria saber se... Queria passar um tempo comigo, faz um tempo que a gente não passeia juntos sem mais ninguém. - Explicou Kokushibo virando os olhos pro lado envergonhado com a pergunta.

- Mas é claro! - Exclamou Muzan dando mais um beijo no ruivo que abriu um leve sorriso com a resposta.

-----------Com os clones e Gyokko-----------

Eles estavam fazendo um passeio juntos, Gyokko parecia um tomate toda vez que Karaku agarrava a mão dele e olhava para ele de um jeito estranho.

Aizetsu e Sekido encaravam o clone do prazer com ódio, enciumados por Gyokko. Urogi era bem mais de boa sobre isso, enquanto ficava voando por aí próximo aos irmãos vendo desordem acontecendo.

- Ei, Karaku. - Disse Gyokko ainda envergonhado.

- Sim?

- Eu queria tirar uma dúvida minha que tive há muito tempo. Muito mesmo.

- Manda. - Karaku pediu curioso com a dúvida.

- Existe outros clones que representam outros sentimentos? Tipo... Nojo, amor, inveja... - Perguntou o oni peixe.

- Não, não há outros como eu e meus irmãos. - Disse Karaku.

- Você tem certeza?

- Tenh... Pera... - Karaku passou a mão no queixo pensativo, no fim acabou tendo uma crise existencial no meio do passeio.

- O que ele tem? Pensamento suicida? Normal. - Aizetsu entrou na conversa, Gyokko explicou o que aconteceu e acabou deixando o clone da tristeza igual à Karaku.

" É melhor eu calar a boca. " Pensou Gyokko tentando fazer os clones do prazer e tristeza voltarem ao normal.

Do outro lado, Sekido estava tentando fazer Urogi parar de fazer besteiras durante os seus vôos.

- Ô, Sekidinho! Cuidado aí! - Exclamou Urogi jogando galhos e pedras em Sekido de zueira. O clone da raiva desviou de alguns e outros dava chutes e golpes para impedi-los de acerta-lo.

- Boa, Sekidin... - Sekido jogou uma pedra na cara de Urogi que caiu no chão logo em seguida, acabou que o oni alado não parou no chão, começou à rolar pra longe e Sekido se viu obrigado à seguir o irmão antes que desse algo errado.

- Aí está você. - Dizia Sekido vendo Urogi saindo de dentro de um rio onde caiu e ficou todo encharcado tentando tirar a água das penas. O clone da raiva começou à rir de Urogi.

- Ri não! Não tem graça! - Exclamou Urogi chateado se virando pro lado, notando algo estranho numa árvore.

- É a Daki? - Ele perguntou apontando para um tecido rosado escuro no galho da árvore.

- Que? Não, as faixas dela não são assim... Só pode ser algum oni. - Disse Sekido sério olhando pros lados ao sentir a presença de não um, mas dois onis à espreita.

- Urogi, fique atrás de mim. - Sekido mandou, querendo proteger o oni alado. Sekido tinha certeza que eram onis que trabalhavam para Muzan, a aura deles era mais forte que de um oni comum.

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☆ Espero que tenham gostado☆

Desculpe qualquer erro ortográfico!

Até a próxima ♡♡♡

Dois Lados Da Mesma Moeda (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora