Um 'pai' ciumento

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Shinobu estava retornando à mansão borboleta depois da última reunião com o mestre dando informações de como ocorreu a missão, Obanai se ofereceu para acompanhar Mitsuri de volta pra casa e a rosada aceitou inocente.

Durante todo o caminho, Mitsuri contava sobre a vida, animada como sempre e Obanai a escutava pacientemente, admirando ela.

Virando a rua até a casa da Kanroji, ouviram Sekido gritar com um dos irmãos como de costume. A rosada se desesperou ao ver Karaku ser jogado de uma das janelas e exposto ao sol.
Ela correu até o clone, tirando seu haori e colocando em cima do oni na esperança de protege-lo.
Ela levou ele para a sombra na pressa, aliviada ao ver o oni se recuperando das queimaduras.

– Kanroji, até você se apegou à onis? – Perguntou Obanai vindo bem atrás dela, vendo que tinha sido enganado por Karaku e seus irmãos.

– Desculpe não ter contado sobre o que eles eram de verdade, Iguro-san! É que tava com medo que você tentasse matar eles. Mas não matam mais ninguém, são do bem agora! – Mitsuri se explicou enquanto dava tapinhas nas costas de Karaku.

– Entendi. Ei, por que seu irmão te jogou da janela? – Perguntou Obanai para Karaku.

– Eu só fiz uma piadinha sem graça e ele ficou bravo comigo.

– Que piada é essa?

– Vindo de você é melhor Iguro-san nem saber. – Contou Mitsuri.

Os dois hashiras entraram na casa, a Kanroji estava sentindo falta já dos filhos adotivos, só tinha se passado alguns dias, mas já foram o suficiente para deixa-la com saudade.

– Okãsan! – Urogi a recebeu dando um forte abraço na rosada.

– Senti sua falta também, Urogi! – Exclamou a hashira, ela dá uma olhada ao redor enquanto era abraçada. Sekido estava com as mãos no rosto, parecendo constrangido. E ao seu lado estava Gyokko com as bochechas coradas. Aizetsu estava no canto dele comendo chocolates e biscoitos.

– Oi, Sekidinho. Tudo em cima? Que nem o G... – Sekido foi até Karaku correndo e deu um murro nele, o clone da raiva estava fortemente corado.

– Dá pra você parar?! – Gritou Sekido cruzando os braços e virando o rosto corado pro lado.

– Foi mal, era só brincadeira.

– Te odeio. – Sekido bufou saindo de perto do clone que parecia chateado.
Mitsuri o confortou junto de Obanai.

Urogi deixou a okãsan em paz e foi pertubar Aizetsu que estava de olho em Gyokko no momento, o clone da tristeza lançou um olhar irritado para o oni alado quando o viu se aproximar.

– Oi, oi, oi, oi, oi! Como cê tá, Aizetsu querido? – Urogi se sentou do lado de Aizetsu que o empurrava de leve.

– Sai de perto.

– Nossa! Tá putinho, tá? – Urogi o provocou. Aizetsu fechou o punho enquanto encarava o clone da alegria.
Urogi continuou irritando Aizetsu e o clone da tristeza perdeu sua paciência e meteu um soco no rosto do oni alado.

– Que isso meu amigo? Acordou puto, foi? – Perguntou Urogi se recuperando do golpe.

– Não. Só acordei mesmo. – Aizetsu o respondeu se afastando dele.

Urogi continuou indo atrás dele, mas Aizetsu passou à ignora-lo, mesmo que a raiva crescesse, se desse corda para o clone ele continuaria. Urogi tentava fazer Aizetsu falar alguma coisa com ele, mas sem sucesso. O oni alado começou à ficar triste ao ver seu irmão o ignorando.

– Aizetsu? Aizetsu, me responde, tô ficando chateado... AIZETSU! Ô Aizetsu... – Urogi cutucava o clone que se recusava à olhar na sua cara.

" Será que tô sendo ruim pra ele? Não, ele merece. " Pensava Aizetsu ouvindo Urogi choramingar pedindo por atenção do irmão.

Dois Lados Da Mesma Moeda (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora