Problemas familiares...

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Keibetsu ficou a noite toda descontando a raiva nos móveis daquela cabana, enquanto Suri tampava os ouvidos encolhido no canto. O oni de olhos rosados se cansou disso e se levantou rapidamente.

O oni do desprezo parou quando ouviu Suri abrir a porta com um olhar inseguro, Keibetsu sentiu sua raiva mudar para preocupação assim que viu o irmão desse jeito.

– Aconteceu algo, Suri?

– Desculpe ser inútil... – Keibetsu arregalhou os olhos ao ouvir isso, ele envolveu os braços em Suri de forma reconfortante.

– Não diga isso, por favor. Você não é inútil. – Keibetsu mandou apertando o abraço.

– Mas você está com raiva porque não conseguimos nos vingar...

– Não é porquê perdemos deles que vou trata-lo como Sekido nos tratava... Eu prometi que sempre ajudariamos um ao outro... E que nunca te abandonaria como eles fizeram. – Keibetsu o lembrou da promessa que fez há anos atrás.

– Agora vai lá dormir. Vou ficar de vigia caso apareça algum caçador. – Ele mandou, Suri concordou um pouco mais calmo.

-----------------Na Casa Kanroji----------------

Assim que Urogi e Aizetsu voltaram com Gyokko sem consciência, Mitsuri e Karaku foram até em casa. O clone do prazer tinha certeza que Sekido voltou pra lá, ele não abandonaria seus irmãos, abandonaria?

Chegando lá, Sekido estava na porta de casa, ele parecia mal. Mitsuri tentou conversar com ele, mas foi ignorada rudemente pelo clone que apenas se trancou em seu quarto.

Mitsuri o deixou lá, sabia que o dia parece ter sido difícil, mas decidiu que outra hora tentaria puxar assunto com ele, na tentativa de entender ele.

Os dias tinham passado e Sekido continuou à ignorar Kanroji, Karaku continuava se corrigindo toda vez que falava "okãsan" em vez de "Mitsuri". Aquilo estava incomodando a rosada e a deixando chateada, se perguntando no que aconteceu naquela noite para Sekido estar tão distante e Karaku não olhar pra ela da mesma forma.

Ela estava fazendo o almoço naquele dia, pensativa, observava Karaku no tamanho de uma criança escondido nos móveis a encarando de maneira insegura. A rosada não aguentou aquele clima na casa e decidiu falar:

– Aconteceu alguma coisa para vocês terem ficado assim comigo?

– Hm? – Karaku percebeu que a pergunta era para si. A rosada olhava pra ele com um olhar triste.

" Por que ainda vejo o rosto da okãsan nela? Não faz sentido... Por que são tão parecidas? " Pensava o clone hesitando responder.

Karaku saiu de onde estava e foi cautelosamente até a rosada. O clone do prazer voltou ao seu tamanho normal assim que ficou de frente para ela, queria desviar o olhar, não queria fazer contanto visual com ela, não queria ver ela. E Mitsuri percebeu que Karaku estava desconfortável por estar à sua frente.

– Você não é Yasu, não é a okãsan... Não é? – Karaku se entristeceu mais ainda por dizer tais palavras.

Os olhos de Mitsuri se abriram espantada, com o tempo a rosada queria que os clones nunca descobrissem essa verdade, era um desejo egoísta, mas ela estava começando à ve-los como filhos mesmo há muito tempo e não queria que fossem embora. Talvez, agora que sabem, vão deixa-la e nunca voltarão.

– Olha... Eu... – A voz de Kanroji vacilou, ela olhou de relance para a cara do clone novamente, procurando um jeito de explicar isso.

– Por que... É tão legal com a gente? Mesmo sendo onis... Por que trata a gente da mesma forma que a okãsan nos tratava?

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⏰ Última atualização: Aug 06, 2023 ⏰

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