Tae-hyung
A minha vida toda, eu senti que o tempo passava em câmera lenta.
Meus dias passavam em câmera lenta, assim como tudo que eu fazia. Eu podia olhar pra qualquer coisa, pra qualquer pessoa, sem me preocupar com o tempo, porque eu sabia que ele sempre estava ao meu favor. Eu sentia que devia aproveitar cada coisa ao meu dispor, porque, em algum momento, as coisas mudariam. Era a calmaria antes da tempestade, e eu acho que sempre senti isso. Quando eu fui embora de Seul, achei que minha vida se descontrolaria e começaria a me assustar, mas isso não aconteceu, e tudo só pareceu mais devagar.
Parecia que a minha vida tinha entrado em pause depois de eu fui embora. E eu odiei aquela época.
Quando voltei pra Seul, senti que o play tinha finalmente sido apertado novamente, porque senti que eu tinha voltado a viver.
E eu acho que beijar Jung-kook, foi a aceleração que eu sempre procurei. Ele fazia eu me sentir mais vivo.
Assim que ele termina de falar todas aquelas coisas, eu travo, e assim que entendo que ele disse com todas as letras que queria me beijar de novo, não porque ele simplesmente queria, mas porque gostava de mim, e que achava que eu gostava dele, eu eu sinto que nunca mais vou me mexer.
Mas eu me mexo, porque quero tocar nele, e coloco minhas mãos no pescoço de Jung-kook.
Haviam tantas coisas que eu gostaria de contar à ele, mas não posso. Não posso ser honesto como ele foi, porque ele não pode saber sobre os meus sentimentos agora.
Ficar calado nunca foi tão difícil pra mim.
— JK... — é tudo que consigo fazer sair da minha boca.
— Você pode me dizer que eu posso beijar você logo, por favor ? — ele pergunta com a voz falhando, ainda naquela adrenalina sincera.
E eu falo sem hesitar — Você pode me beijar.
Mesmo ele tendo me pedido, acho que o pego de surpresa na rapidez da minha resposta, porque ele nem reage de imediato. Ele demora cerca de três segundos pra parecer processar o que eu disse, e quando entende que eu quero isso, que sim, eu sempre diria sim á ele, ele responde colando minha boca na dele, deixando de lado a necessidade de falar qualquer outra coisa.
É só um selinho, algo simples e breve, mas é o suficiente pra me deixar zonzo.
Ele me deixava zonzo só de chegar perto de mim.
Jung-kook se mexe, e me puxa pela cintura, me fazendo deslizar pela cama até esbarrar minhas pernas nas dele, nos juntando o máximo possível. Nós rimos juntos, olhando um pro outro enquanto nós dois nos sentamos direito, e então ele coloca uma das mãos na minha nuca, puxando meu rosto pra perto dele de novo. Jung-kook me dá outro selinho, e outro, e no terceiro, eu abro meus lábios contra os dele.
Beijar ele sempre parecia uma primeira vez.
Porém, diferente da primeira vez que nos beijamos, eu não sentia aquele medo todo, aquela incerteza. Agora, nesse momento, tudo que eu sentia era o meu coração batendo descompassado e Jung-kook nas minhas mãos.
Isso era tudo que importava agora.
Como da última vez, eu faço o que ele pede, e tento esvaziar minha mente e fazer o que eu quero. É bem mais fácil agora, porque eu conheço ele, e eu sei o que fazer. Eu sei onde quero segurar ele, como quero sentir o rosto dele nas minhas mãos, e sei como quero responder aos gestos dele. Sei que quero fazê-lo sorrir entre um beijo e outro, e sei que só quero parar quando eu estiver sem fôlego.
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Almas Gêmeos - Taekook
FanfictionAlmas gêmeas precisam mesmo serem exclusivamente românticas ? Algumas pessoas costumam se referir a elas como "irmãos de almas" em questão de amizade, ou "caras-metades", no quesito romântico, sabemos, mas isso tudo precisa ser tão preto no branco a...