Nem sempre a melhor escolha

Capítulo 92

Eu tinha esse capítulo praticamente pronto há meses, mas não sabia como termina-lo. Acabei pensando num jeito agora, quando reli um pouco da história - e meio que só deixei seguir. Acabou saindo.

"sheluvme - Tai Verdes" porque é uma das músicas que me fez feliz nesses últimos meses nas poucas vezes que a ouvi. Espero que gostem também.

Harry soube, antes de Adrien e os outros alunos irem para Hogsmeade, que eles estavam indo fazer algo que definitivamente não estaria de acordo com a supervisão de Umbridge. Hermione o havia avisado na quinta-feira que Catarina havia organizado uma reunião no domingo, quando os alunos a partir do terceiro ano estariam saindo para visitar o vilarejo bruxo vizinho. Sabendo disso, ele aproveitou para poder reunir os sonserinos.

- Abra - ordenou a tapeçaria de dois nobres duelando, que estava pendurada num canto da sala comunal da Sonserina. Os fios se retraíram e deslizaram, abrindo lentamente um buraco a partir do meio e mostrando um buraco em forma de arco na parede de pedra.

Os alunos o seguiram pelo corredor obscuro, iluminado progressivamente por sucessivos Lumus que ele lançou exatamente sobre sua cabeça ao longo do caminho. Ninguém abaixo do quarto ano estava entre eles, tendo sido poupados de se envolverem - e Harry se negou a permitir que alguém sugerisse que eles deveriam ser trazidos. Crianças não, porra.

- Sejam bem-vindas, crianças - Morgana os cumprimentou quando saíram detrás de uma porta lateral, no corredor em frente ao seu quadro.

As estrelas rodavam na maquete gigante de planetário juntas dos astros, às costas dos sonserinos. Todos fizeram um monte irregular em frente ao quadro de Morgana, de frente para Harry, parte sentada no chão como o permitido e outra parte em pé. Hermione e Luna estavam entre os sonserinos, esta na primeira fileira junto dos outros quartanistas sentada no chão e aquela perto de Draco, em pé.

- Acho que todos aqui sabem por que Umbridge está em Hogwarts - Harry comentou, encarando os sonserinos. Alguns assentiram, outros grunhiram em concordância. - Acho que também se lembram do que está lá fora, não é?

Houve estremecimentos, arrepios involuntários e desconfortáveis. A sombra de Voldemort era mais do que um pesadelo sobre as cabeças e famílias daquelas crianças - era uma umbra e uma penumbra muito real e visível no horizonte de cada um.

- O Ministério não vai fazer nada contra o Lorde das Trevas - Harry constatou, simples. - E Dumbledore não irá fazer nada expositivo, como posso lhes garantir como um ouvinte de primeira mão dos planos dele. Assim, a partir de agora, estarei os ensinando sobre toda magia que obviamente nos será legalmente proibida de ser ensinada.

Sussurros rapidamente correram entre os alunos, uma mistura de nervosismo e desconforto muito evidentes. Não havia nada de agradável entre alguns setimanistas. Fora apenas um garoto, num tom amargurado, que teve disposição de respondê-lo:

- Um Lorde por outro, não é, Potter?

Os sussurros morreram, fazendo um silêncio absoluto, fora os movimentos do cosmos ao fundo. O garoto pareceu se dar conta do que havia dito, perdendo a cor rapidamente para um tom meio amarelado de branco e crescendo uma expressão assustada. Todos os outros voltaram seus olhos para Harry, muito nervosos. Ele apenas sorriu em resposta.

- Eu não sou um Lorde - Falou calmamente. - Eu sou o presidente deste clube, se esqueceram?

Apontou para o lado do quadro de Morgana, onde havia um estandarte muito grande de um escudo com uma cobra esverdeada com a boca aberta em um sibilar.

- Retire isso do meu lado - Morgana ordenou, tirando algumas risadas.

- Não pretendo forçá-los a lutar. - Harry ignorou a pintura. - Não pretendo fazê-los se juntar a guerra. Não pretendo fazê-los escolher algum lado. Porém, vou garantir que vocês saibam o que fazer para lidar com as coisas quando vierem. Não vou permitir que ninguém consiga lhes retirar o direito de se proteger. Isso não é uma negociação.