Capítulo 50

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Os Weasley e Harry dormiram apenas algumas horas, e quando acordaram eles trataram de arrumar suas coisas rapidamente. O Sr. Weasley pareceu esquecer da ordem de sigilo, e fez a barraca se contrair usando magia. Andaram rápidos para fora do acampamento, passando pelo Sr. Roberts que estava à porta. O homem, com cara aérea, se despediu deles dizendo “Feliz Natal”.

-Ele vai ficar bem – disse o Sr. Weasley. - Quando obliviamos ou mexemos muito nas memórias de alguém essa pessoa tende a ficar confusa por um tempinho.

Enquanto se aproximavam da área onde estavam as chaves de portal puderam ouvir gritos e reclamações furiosas. Quando chegaram no local eles avistaram centenas de bruxos ao redor de Basílio, o guardião das chaves de portal. Todos gritavam, exigindo que obtivessem chaves para saírem logo dali. Sr. Weasley também discutiu com Basílio, e ele e seu grupo conseguiram saíram antes do sol nascer. Harry viu que os Greengrass, Nott e Lovegood foram embora no mesmo tempo que eles, então não se preocupou com a segurança dos amigos.

Voltaram caminhando por Ottery St. Catchpole, sob a luz fraca do alvorecer, em direção à Toca, em silêncio. A caminhada lhes consumia muito, e todos estavam muito sedentos pelo café da manhã para se preocuparem em conversar.

Viraram a estrada que leva A Toca, e no começo da rua ouviram um grito ecoar:

-Ah, graças a Deus, graças a Deus…

A Sra. Weasley, baixinha e atarracada, estava mais atarracada que o de costume, encarando o grupo do Sr. Weasley se aproximando da casa. Ela estava enrolada em um robe, e ainda calçava pantufas. Caminhava rápida até eles, com um exemplar do Profeta Diário amassado nas mãos. Estava pálida e tensa.

-Arthur… eu estava tão preocupada… tão preocupada…

A Sra. Weasley se jogou em cima do marido, e o jornal caiu das mãos dela no chão. Harry abaixou os olhos e leu a manchete: CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL, e no meio da página havia uma fotografia preto e branco da Marca Negra, que cintilava acima da copa das árvores da floresta.

-Vocês estão bem – murmurou a mulher distraída, soltando o marido e encarando os meninos. —, vocês estão vivos… ah, meninos

Ela, dessa vez, pulou em Fred e Jorge, os abraçando com tanta força e surpresa que eles bateram as cabeças.

-Mãe! Para, a senhora está nos sufocando…

-Eu gritei com vocês antes de partirem! - disse a mãe. - Só penso nisso! E se Você-Sabe-Quem tivesse pego vocês, e se a última coisa que eu tivesse dito a vocês é que não tiveram N.O.M.s o suficiente? Ah, Fred… Jorge…

Harry desviou o olhar.

-Eles estão bem, Molly – Arthur acalmou-a, desvencilhando-a dos gêmeos e levando-a em direção a casa. - Will – chamou baixo. —, apanhe esse jornal, quero lê-lo…

Após entrarem na casa e Gina preparar um chá forte para Molly, com o Sr. Weasley insistindo em pôr um pouco de whisky, Will entregou o jornal para o pai. O Sr. Weasley leu a primeira página, e Percy espiava sobre o ombro dele.

–Eu sabia – disse o Sr. Weasley deprimido. – Ministério erra… responsáveis livres… segurança ineficaz… bruxos das trevas correm desenfreados… desgraça nacional… Quem escreveu isso? Ah… só podia ser… Rita Skeeter.

–Essa mulher vive implicando com o Ministério da Magia! – reclamou Percy, furioso. – Semana passada ela disse que estávamos perdendo tempo discutindo a espessura dos caldeirões, quando devíamos estar acabando com os vampiros! Como se isso não estivesse explícito no parágrafo doze das Diretrizes para o Tratamento dos Semi-Humanos Não Bruxos

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora