Obs.: Capítulo editado.
Duas semanas antes do fim do trimestre, o céu clareou de repente até atingir um branco leitoso e ofuscante, e os terrenos enlameados da escola amanheceram, certo dia, cobertos de cintilante geada. No interior do castelo, havia um rebuliço de Natal no ar.
Flitwick, o professor de Feitiços, já enfeitara sua sala de aula com luzes pisca-piscas que, quando foram ver, eram fadinhas voadoras de verdade. Os alunos estavam satisfeitos discutindo planos para as férias de Natal. Harry estava na biblioteca escondida, escrevendo alguma coisa em cima de uma das mesas. Estava sozinho no lugar, junto a Morgana.
-Há quanto tempo está nisso? – a pintura perguntou, curiosa. Havia uma pilha de papéis ao lado de Harry, e o garoto seguia escrevendo.
-Um ano, talvez – o garoto disse, pensativo. Continuava escrevendo.
-Já está acabando?
-Ainda falta um pouco – o garoto admitiu, fechando o livro que lia enquanto escrevia. Na capa dele estava “Ramos do Tempo”. – Antes do verão eu devo terminar.
-Por que está tão interessado em fazer isso? – Morgana perguntou, curiosa. – Sabe, não faz realmente diferença.
-Talvez não – Harry comentou, parando de escrever e tampando a caneta. – Mas quem sabe? Ainda é útil.
O garoto, então, ajeitou os papéis, colocando a folha em que acabara de escrever no final da pilha.
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Harry estava alheio aos problemas de sua casa; Flint estava furioso com tudo e com todos por algo, e pelo que Harry ouvira, estava relacionado ao fato de Adrien ter uma Firebolt – um modelo muito moderno e rapidíssimo de vassoura. Ele a ganhara após o jogo da Grifinória contra a Lufa-Lufa, onde o garoto fora atacado por um grupo de dementadores e acabou tendo sua vassoura voando para o Salgueiro Lutador.
O atual líder da Sonserina reclamava aos quatro ventos sobre o desastre que a Firebolt seria para o time das cobras. Ele ordenara que os treinos triplicassem. Draco e os outros membros do time estavam assustados com o capitão.
Harry conseguiu se manter longe do caminho destrutivo de Flint. Aparentemente o líder das cobras nem lembrava dele – embora ainda conversassem. O garoto de óculos redondos achava isso estranho, mas não comentava nada.
Ele subiu as escadas e chegou no banheiro da Murta Que Geme. Ele se moveu para lá em silêncio, movendo-se pelas sombras. Escapou de Filch por pouco certo momento.
-Ah, o que faz aqui? – Murta perguntou, curiosa. A fantasma estava apoiada na parte de cima da porta de um dos boxes.
-Vim conversar com um amigo, e ver sua beleza, jovem garota – Harry falou galanteador, e viu Murta ficar esbranquiçada.
Rindo baixinho, murmurou para que a entrada se abrisse, o que aconteceu. Jogou-se dentro do buraco, e dessa vez conseguiu apreciar o passeio pelo largo cano. O frio que batia em seu rosto era muito prazeroso.
Desembocou do cano e caiu em uma pilha de ossos. Gemeu baixinho de dor – um osso cutucara suas costas – e se levantou, limpando a terra das roupas. Observou o seu entorno; a pele estava um pouco mais decomposta no final do túnel, e jazia partida – aquele desmoronamento provocado por Gilderoy partiu o corpo oco. Ainda haviam algumas pedras espalhadas, e o túnel parecia mais estreito.
Seguiu andando pelo lugar, iluminando seu caminho com um Lumus fraco na ponta da varinha. Logo chegou na entrada da Câmara Secreta; o imponente portão com serpentes estava lá, com seu brilho verde lhe encantando.
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Nem sempre a melhor escolha
FanfictionNo dia 31 de outubro de 1981 algo sublime ocorreu: o Lorde das Trevas, Voldemort, caiu perante Adrien Potter. Isso, contudo, não acabou com os problemas; os Comensais da Morte que ainda existiam e eram fiéis a Voldemort atacaram constantemente os...