Capítulo 35

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Harry estava furioso. Não tanto quanto esteve outro dia, quando Duda tentou roubar um dos doces que comprara, mas ainda assim muito furioso.

Era fato de que Hermione era sua amiga. Uma de suas melhores amigas, sendo mais preciso. Então, podem imaginar o quão preocupado ele ficou ao ver a garota chorando em um canto no pátio de Hogwarts, e o quão furioso ele ficou quando soube o porquê.

A garota era simplesmente uma tarada por conhecimento; Harry sempre brincou sobre como ela não havia ido para a Corvinal no lugar da Grifinória. Uma prova dessa tara dela por conhecimento é o fato dela ter se inscrito em todas as aulas oferecidas para os alunos do terceiro ano.

Ela fora chamada no escritório de Minerva McGonagall, a vice-diretora de Hogwarts e chefe da casa Grifinória, justamente por isso. Não só ela, mas Catarina Black também fora. Minerva, com um rosto bem rígido e com voz séria, falou para elas:

-Vocês duas se inscreveram em muitos cursos para esse ano – disse a professora de transfiguração. Hermione estava muito nervosa, mas Catarina estava meio que bem relaxada, brincando com seus cabelos. – É raro isso acontecer, então infelizmente somente uma de vocês poderá seguir com todos os cursos.

Hermione prendera a respiração; olhou para Catarina, mas a garota não se alterara nem um pouco.

-Após sorteio foi-se decidido que a Srta. Black poderá seguir com o aprendizado de todos os cursos. – McGonagall falou de forma rígida, mas podia se notar um leve sorriso no canto de seus lábios.

Catarina abriu um largo sorriso feliz, e agradeceu Minerva, mas logo se acalmou. A professora se virou para Hermione.

-Srta. Granger, aqui está o formulário com as matérias que pode cursar – disse Minerva, entregando uma folha de papel para a outra grifinória. – Só pode escolher até três, mas não menos que uma. Suficientemente claro?

Hermione não respondeu, apenas balançou a cabeça assentindo. Minerva a dispensou, e a garota saiu da sala. Contudo, antes de sair conseguiu ouvir, bem baixinho e abafado pela porta, Catarina dizer:

-Obrigado, tia Minnie.

Harry estava furioso, chutando várias vezes a parede mais próxima.

-Filha da puta tendenciosa, hipócrita do caralho, vadia despeitada – xingava rapidamente, e quem estava perto se assustava com as palavras.

-Harry, se acalme, vai acabar abrindo um buraco na parede assim – Daphne pediu desesperada, enquanto via o sapato do amigo começar a estragar e a parede a se rachar.

-Eu quero abrir um buraco naquela...naquela...naquela grifinória idiota! – Harry falou, muito raivoso.

-Acalme-se! – Daphne ordenou, puxando com forças as bochechas do amigo. O garoto resmungou, e virou o rosto, com as bochechas vermelhas.

-Que tal irmos para nossas aulas? – Theodore sugeriu, enquanto ajudava Mione a levantar.

Eles seguiram para suas aulas, com Harry ainda muito furioso. Subiram para a sala de Aritmancia, da professora Minssy. Foram os primeiros a chegar.

Como não há concordância entre as matérias selecionadas, há vários alunos das quatro casas ao mesmo tempo em cada turma das disciplinas elegíveis. Agora, estavam seis sonserinos, oito corvinais, quatro lufanos e três grifinórios na mesma sala. Os grifinórios se resumiam a Catarina, Hermione e uma garota que, se Harry não se engana, é uma das gêmeas Patil.

A professora Minssy entrou na sala e caminhou no meio dela de forma muito elegante. Era uma mulher por volta de quarenta ou cinquenta anos, pouco acima do peso. Não apresentava sinais de envelhecimento em sua pele branquinha, a única coisa que poderia sugerir seriam seus não muito naturais cabelos brancos. Tinha olhos de duas cores diferentes, um azul e outro verde. Usava vestes azul-turquesa, com uma capa de mesma cor que tocava o chão. Tinha um chapéu de mesma cor com uma pena de pavão nele sobre a cabeça.

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora