-Mas ela não tinha esse direito! – Harry gritou, furioso.
Theodore estava segurando o amigo com força; a varinha balançava na mão de Harry, e ele tentava amaldiçoar madame Pomfrey. Esta, por sua vez, estava pálida e encolhida. Harry acordara a pouco.
-Harry James Potter, pare já com isso! – Daphne gritou, e o amigo a encarou.
-Ela não podia – o garoto falou baixo. – ela não podia me deixar desacordado, enquanto protegia Hermione...
-Você estava se matando! – Daph gritou de novo, ouriçada. Ah, Harry agora a enfurecera. – Inferno, Harry! Você está viciado nessas malditas poções revitalizantes, vai acabar se matando! Madame Pomfrey fez o que era sensato, para de discutir!
-Mas Hermione estava...
-Você acha por um acaso que poderia lidar com o herdeiro de Slytherin com o corpo quase morto? – Daphne perguntou, se aproximando do amigo. Este, por sua vez, se encolheu.
-Eu daria um jeito – o garoto disse baixo.
-Você morreria – a garota disse. – Por acaso acha que gostamos de ver Hermione assim? De saber que ela é um alvo? Não, seu idiota! – a garota falou rosnando, e Harry se encolheu mais. – Nós devemos nos concentrar em protegermos ela, é verdade, mas isso não quer dizer que não devamos descansar também! Não podemos proteger ela se morrermos sem ter nem forças antes para levantar a varinha!
Harry abaixou a cabeça. Seus ombros tremiam, e dava para ver que estava mordendo o lábio inferior. Daphne, então, foi tomada por muita compaixão, abraçando o garoto e Theodore fez o mesmo. Eles entendiam o amigo.
Harry nunca teve ninguém com quem se preocupar; pelo que contara, apenas Joana, e ninguém mais. Ele não tinha experiência; ele não sabe como é querer proteger alguém.
Madame Pomfrey apenas o observou, já recuperada do susto da explosão do garoto. Não iria denunciá-lo; o garoto não merece, já que apenas queria proteger a amiga.
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-Não seja pego – Daph ordenou, enquanto entregava para Harry sua capa.
-Não serei – o garoto disse, sorrindo mínimo.
Ele estava indo na Floresta Proibida; seguiria o conselho de Hagrid.
O gigante certo dia fora visitar Hermione e Catarina na enfermaria. Observou com muita tristeza Harry; ele, embora estivesse dormindo direito e se alimentando melhor, ainda estava muito abatido.
--Harry, eu não deveria dizer, mas – o gigante falou baixinho para Harry ouvir, e olhou de um lado para o outro; só havia os dois na enfermaria. – siga as aranhas, elas podem lhe ajudar.
Então, após enigmaticamente falar, o gigante saiu apressado do local. Harry ia perguntar em outro momento ao homem sobre aquilo, mas quando resolveu ir atrás dele, descobriu que o ministério havia o levado para Azkaban. Ele, é claro, ficou muito furioso, e pode-se dizer que Hogwarts quase perdeu uma das suas salas (em sentido bem literal). Não só isso, também estava muito preocupado; Dumbledore havia sido afastado.
Harry estava muito nervoso; o homem, por mais irritante que fosse, era ainda muito poderoso, e nem por um momento Harry queria se enganar sobre isso. O herdeiro de Slytherin poderia sentir que não tem mais uma ameaça real a si e poderia voltar a atacar.
E não era só esse problema; a tensão entre a Grifinória e Sonserina aumentou muito. Os grifinórios pararam de achar que Adrien era o herdeiro, assim como os lufanos e os corvinais. Eles, então, voltaram os olhares a Sonserina (ao menos Corvinal e Grifinória, já que a Lufa-Lufa havia sido apaziguada por Harry e seus amigos, bem como por Aleister). Harry estava sob tensão constante; sentia que a qualquer momento uma guerra interna estouraria entre as casas, e ele não tinha certeza se ele teria paciência o bastante para não amaldiçoar todos e mandá-los para a enfermaria.
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Nem sempre a melhor escolha
FanficNo dia 31 de outubro de 1981 algo sublime ocorreu: o Lorde das Trevas, Voldemort, caiu perante Adrien Potter. Isso, contudo, não acabou com os problemas; os Comensais da Morte que ainda existiam e eram fiéis a Voldemort atacaram constantemente os...