Capítulo 76

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Música com título meio religioso, mas a letra, se pensar, é pesada ainda.

P.S.: Curiosidade: adicionei hoje uma parte a esse capítulo, porque tinha esquecido de algo que poderia confundir muito vocês e que eu achei meio que necessário. Ele não valia a pena manter "no escuro".

Quando Harry voltou a consciência a primeira coisa que fez foi se inclinar para o lado e vomitar no chão. Em seguida, ergueu a cabeça e limpou com a manga rasgada das vestes o canto da boca. Viu um monte de gente ali, e reparou que estava na enfermaria.

—Acho que ele já está bem – Tom falou, seus olhos voltando do vermelho para o negro. Deu uns tapas no ombro de Harry, que fez uma expressão dolorida. - Não beba por alguns dias. Precisa que o bezoar queime cada gota do veneno de Nagini.

Harry iria falar algo, mas foi soterrado embaixo de seus amigos, que se atiraram sobre ele. Estancou na hora; seus músculos se dobraram de dor.

—Sai, sai, chispa – falou rispidamente, atirando cada um deles para o lado. Nenhum deles pareceu ligar pela falta de sutileza do amigo.

—Seu bastardo, como nos deixou tão preocupados assim? - Daphne perguntou, socando o ombro de Harry. Este fez uma careta. - Ainda bem que Tom apareceu...

—Sim, apareci, me agradeçam depois; Harry, o que houve? - Tom perguntou, agora com uma expressão séria.

Um raio pareceu atingir o cérebro do Harry, quando ele se lembrou do que ocorrera.

—Ele voltou – disse, agora encarando Tom. - Voldemort. Ele voltou.

Snape arregalou comicamente os olhos; madame Pomfrey, que ia levar uma taça com poção para Harry, a deixou deslizar pelos dedos e cair no chão. Todos ficaram em silêncio.

—Como? - Moody rosnou.

—Osso do pai, carne do servo e sangue do inimigo – Harry disse, se sentando na cama com a ajuda de Theodore. - Pegou o osso do pai no túmulo dele, a mão de Peter Pettigrew e meu sangue...

Dumbledore, Harry pôde perceber, arregalou os olhos tanto quanto possível. Fora o único que reparara, porque os outros, com exceção de Snape e de Moody, pareceram se ocupar em reagir horrorizados.

—E depois? O que houve? - Moody interrogou.

—Ele chamou os Comensais da Morte...

—Os perdoou? - o ex-auror perguntou.

—Não... não, ele até usou a Cruciatus em um...

Então, pareceu se tocar de algo.

—Tem um Comensal em Hogwarts! - berrou, assustando a todos. - Tem um Comensal aqui!

—E ele está bem aqui – Tom falou, deslizando para a frente de Moody.

Um silêncio pesado se instaurou, e o primeiro a falar foi Sirius.

—Não, você enlouqueceu... não importa como você está aqui, mas o que você usou te deixou louco... - Black falou, negando com a cabeça.

—Devo dizer que você decepciona como auror, Black – Tom disse, enquanto tirava uma varinha negra das vestes.

Avada Kedavra! - Moody berrou, mirando Tom com sua varinha. Riddle apenas sorriu, desviando o feitiço para a janela aberta da enfermaria com a varinha.

—Sempre tão ansioso... nem espera a farsa cair...

Avada Kedavra! Crucio! - Moody berrou, e Tom quase preguiçosamente desviou tudo.

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora